29/02/2016

Broken Frame: Capítulo 20 • Problems



UM DIA DEPOIS
LOS ANGELES, 08h45 A.M

          Selena estava na cozinha preparando o café da manhã preferido de Nicholas, ela dançava ao som da banda The 1975 e ria de si mesma. Ela vestia uma das camisas de Nick que em seu corpo mais parecia um vestido! Ele chegou de forma silenciosa, sentou-se num dos bancos que ficavam próximos ao balcão e assistiu o pequeno show. — Meu Deus! — Selena exclamou — Você me assustou, Nick. 
— Eu adorei o seu pequeno espetáculo. — Ele se levantou e aproximou-se dela — Bom dia. — Nicholas sorriu. 
— Bom dia. — Selena o beijou e em seguida voltou-se para as panquecas — Dormiu bem? Você parecia um pouco inquieto ontem. 
— Eu tive um pressentimento, não sei explicar. 
— Sobre quem?
— Joseph, eu acho que está acontecendo alguma coisa com ele. — Selena suspirou. O telefone principal da casa tocou, ele se retirou da cozinha para atender. Segundos depois voltou com uma expressão difícil de ser decifrada e sentou-se novamente sob o olhar atento de Selena. 

— Alô. — Denise havia dito que alguém queria falar com ele, mas não imagina que seria Joe. 
— Joseph?
— Sim, sou eu. — Ele disse indiferente. 
— Como você?
— Não é como se eu estivesse falando com você por livre e espontânea vontade, então... — Alguém lhe deu um tapa no braço e Nick o ouviu resmungar, provavelmente Kevin fizera isso. 
— Eu imagino que sim.

— O aniversario do Samuel é em dois dias e nós vamos fazer uma pequena comemoração em família. — Nicholas sorriu largamente — Mamãe pediu que eu convidasse você, o que me diz?
— Com certeza estarei ai, melhor dizendo... eu e Selena estaremos. — Ele afastou o telefone do ouvido e disse para Selena: — Aniversario do Sam. 
— Então, vocês reataram?
— Sim, nós reatamos.
— Cuide bem dela, Selena não merece o que você fez com ela três anos atrás.
— Era só isso mesmo? — Nick o cortou irritado. 
— Sim, apenas isso. — Joseph revirou os olhos e surpreendeu-se ao não ter retorno do outro lado da linha, ele havia desligado o telefone em sua cara!

— O que foi? — Selena perguntou servindo-lhe as panquecas — Você parecia tão animado e de repente... — Ele interrompeu Selena sem ser grosseiro. 
— Fiquei animado pois vão comemorar o aniversário do Sam, mas Joseph me provocou e eu achei melhor desligar para evitar confusão. Ele é patético! — Nick deu uma garfada em suas panquecas e levou até sua boca. Selena sentou-se de frente com ele e também se serviu das panquecas. — Não quero que você vire um cabo de guerra entre mim e ele, mas deve admitir que ele passa dos limites. — Ela apenas assentiu — Sinceramente, não sei de devo ir. 
— É seu sobrinho, você não pode deixar de ir por causa de um desentendimento com seu irmão.
— Eu não sei o que se passa naquela cabeça, ele age como se... como se Samuel... espera um pouco, ele acha que o Sam pode ser meu filho?!
— Você está pensando demais nisso. — Selena riu — Isso foi realmente muito louco!

— Nunca parou para pensar nisso?
— Joseph nunca demonstrou isso perto de mim, nunca!
— Você está certa, estou pensando demais em algo que não devo. — Selena concordou e segurou uma de suas mãos.
— Não coloque algo tão absurdo na sua cabeça, o.k? Se Joseph pensa assim, ele provavelmente está muito transtornado. Kevin está lá e tenho certeza de que vai ajuda-lo com qualquer coisa.
— Obrigado.

***

          Ir até o centro da cidade parecia ter sido uma boa ideia, mas logo Demetria já arrastava um certo numero de pessoas atrás de si. Ela estava com Denise, Sabrina e Danielle. Os fãs tiravam fotos e faziam perguntas, eles estavam histéricos! — Acho melhor irmos embora. — Danielle comentou enquanto pagava o presente do sobrinho. Ela havia comprado um kit de pintura com telas e tintas de diversas cores, Denise havia garantido que o garoto gostaria. — A cada minuto parece chegar ainda mais pessoas e será complicado para sair depois, não acham?
— Eu não sei como você conseguiu chegar sem ser notada. — Denise comentou e tomou um pouco de água. 
— Digamos que meu estado estava deplorável, ninguém seria capaz de me reconhecer! — Demi riu e ajeitou seus óculos escuros na cabeça. 
— Estão perguntando sobre meu pai, veja aquela garota segurando um cartaz. — Sabrina apontou e Demi olhou para sua fã. A garota segurava um cartaz e nele estava escrito: 
"Você sabe onde Joseph está? Por favor, traga-o de volta para nós." 
— Ele deveria ao menos ter se dado ao trabalho de postar algo para elas, isso é realmente trite. Elas o amam! — Suspirou — Concordo com você, Dani. Melhor irmos embora, vocês acham que compramos tudo? 
— Decorações, copos, pratinhos, ingredientes para o bolo e presentes. — Sabrina conferiu uma pequena lista que havia feito no celular e sorriu — É isso mesmo, terminamos. 

          Sair da loja foi uma tarefa difícil, os dois seguranças da loja tiverem um pouco de dificuldade para afastar algumas fãs que tentavam puxar Demi ou até mesmo tocar nela. Mesmo com tudo empurra empurra, ela conseguiu autografar alguns CDs e tirar algumas fotos. Sabrina também não escapou das fãs e tirou algumas fotos. Quando finalmente entraram no carro, Demi dirigiu rápido e passou por algumas ruas sempre atenta no retrovisor para garantir que ninguém estava lhe seguindo. Elas não demoraram a chegar em casa, Sabrina desceu do carro e verificou se Samuel não estava por lá. Voltando rapidamente até o carro, ela e as outras levaram as compras para dentro. Danielle guardou os ingredientes do bolo na dispensa, Denise colocou parte das decorações em cima do armário, Sabrina e Demi guardaram os presentes no quarto onde as próteses de Joe ficavam. Ao sair, Demi trancou e guardou as chaves em seu quarto. Ela caminhou até a varanda e sorriu vendo Samuel no barco com Joseph e Kevin. Eles pareciam estar se divertindo bastante! — MAMÃE! — O garotinho gritou e acenou. 
— SAM! — Ela gritou, sorriu e acenou de volta.
— Onde ela estava papai?
— Saiu com sua vó para repor alguns alimentos. — Ele assentiu e viu Demi sumir de suas vistas. 

— Está gostando do passeio? — Kevin perguntou ao sobrinho. 
— Sim. — Samuel sorriu — Você já tinha passeado por aqui antes papai?
— Desde que vim morar aqui? Não, está é a primeira vez. — Joe ajeitou o boné na cabeça e os óculos escuros, não queria arriscar ser visto por algum turista ou qualquer outra pessoa desconhecida. — É bom estar fora daquela casa, mesmo que seja apenas para respirar um pouco de ar puro aqui no lago. — Ele sorriu.
— Poderíamos fazer isso mais vezes. — Samuel sugeriu — É legal! — Ele levantou as mãos agitando-as no ar e riu.

— Esse momento merece ser registrado. — Kevin retirou o celular do bolso e resolveu tirar uma foto deles — Vamos lá, cadê o sorrisão? — Ele perguntou de uma forma divertida. 
— Cuidado com esses remos, não vá solta-los. — Joe o alertou. 
— Os remos não iram a lugar nenhum, relaxa. — Samuel riu do tio — Sorriam! — Kevin disse novamente e tirou a foto. 
— Deixa eu ver como ficou? — Joe pediu já esticando o braço para segurar o aparelho. 
— Espera, vamos uma foto de nós três! — Ele virou o celular e deu um jeitinho de se juntar com eles. Depois de tirar a foto, Kevin sentou-se novamente fazendo assim o barco se movimentar. 
— Como ficou? — Samuel perguntou sorrindo. 
— Ótimas! — Ele mostrou — O que achou, Joseph?

— PORRA KEVIN, ONDE ESTÃO OS REMOS? — Joe esbravejou. Kevin olhou para os apoios de canto do barco e viu os remos boiando longe!
— EU TE AVISEI, NÃO AVISEI?!
— José relaxa!
— NÃO ME CHAMA DE JOSÉ! — Ele respirou fundo tentando manter a calma e viu que Samuel tampava os ouvidos com suas pequenas mãozinhas.

— Veja só o que você esta fazendo. — Kevin murmurou passando uma das mãos pelos cabelos. 
— Samuel. — Joe tocou uma das mãos do garoto chamando sua atenção para si — Desculpe-me, eu só fiquei um pouco alterado. 
— Um pouco?
— Para de testar meus limites, idiota! — Joseph tomou o celular de Kevin e discou o numero de casa. — Droga, só espero que papai já tenha saído daquele sótão!

— Alô.
— Demi, sou eu.
— Oh sim, algum problema? — Ela perguntou estranhando aquela ligação repentina.
— O idiota do Kevin deixou os remos escaparem. — Demi conteve o riso, mas Joe pode senti-lo — Isso não é engraçado, o.k? Estamos presos aqui. 
— Desculpe-me, eu vou providenciar um resgate. 
— Meu pai está no sótão, peça para ele nos ajudar.
— Vou chama-lo, fique calmo e não apavore seu filho.
— Ele não está apavorado. — Joe olhou para o garoto nos braços de Kevin, ele parecia apavorado — Definitivamente não está, ele é um Carpenter. 
— Tudo bem, vou desligar agora.
— O.k. — Ela desligou. 

          Demetria subiu rapidamente os degraus da escada ignorando as perguntas que lhe foram feitas, ela caminhou apressada no corredor e chamou pelo sogro: — Paul!
— Estou aqui, querida. — A cabeça dele surgiu do teto e Demi sorriu — Algum problema?
— Joseph está preso no lago, ele disse que Kevin deixou os remos irem embora. — Ele riu — Disse que deveria te chamar para resgata-lo. 
— Oh sim. — Paul sumiu, ele posicionou uma escada e desceu. Sua camisa estava cheia de pó e Demi o ajudou a limpar rapidamente. — Obrigado. — Ela apenas sorriu e o acompanhou. 

— Ainda rema bem?
— Acho que não é uma boa ideia.
— Eu vou precisar de ajuda. — Ele olhou para Demi brevemente e ela acabou cedendo. 
— Onde vocês vão? — Denise perguntou. 
— Joseph está com problemas no lago e nós vamos lá para ajuda-lo. — Danielle e Sabrina apareceram.— Podem esperar aqui fora, vamos voltar logo. — Paul disse enquanto descia as escadas com Demi ao seu lado. 

          Juntos eles arrastaram um barco de madeira até a margem do lago, Paul entrou primeiro e em seguida ele ajudou Demi. Ela agradeceu-se mentalmente por ter trocado de roupa pois molhou-se um pouco. Foram cerca de quinze minutos de remo até eles conseguirem chegar onde Joseph, Kevin e Samuel estavam. Os braços dela tremiam, não se lembrava de ter que remar tanto! Na verdade a única vez que ela havia remado foi quando estava interpretando Mitchie Torres em Camp Rock 2. — Vamos lá, garotos! — Paul sorriu. 
— Vocês estão bem? — Demi perguntou um pouco ofegante. Samuel ainda estava nos braços de Kevin, ele não havia gostado de ver Joe tão bravo com o tio. Ele sabia que não havia sido de proposito! — Samuel?
— Estamos bem. — Joe respondeu. 
— Bem— Samuel enfatizou e deu de ombros. 

— O que você fez?
— Não temos tempo para discussões! — Paul olhou para os dois — Kevin venha primeiro, sente-se aqui atrás. — Ele ofereceu um dos braços para que o filho mais velho se apoiasse, logo Kevin já estava com eles. 
— Samuel, venha aqui. — Sam se levantou com cuidado, segurou nas mãos do tio e passou para o outro barco. Joseph suspirou levantando-se com cuidado, aquela maldita prótese não facilitaria sua vida!
— Demi se levante e o ajude, o.k? Precisamos equilibrar o peso do seu lado também. — Ela revirou os olhos, entregou os remos para Paul e se levantou. 
— Venha, você consegue. — Demi sentiu a necessidade de encoraja-lo. Joseph segurou nas mãos dela, apoiou um dos pés no barco do pai e por ultimo tentou passar sua perna esquerda, aquela que ele usava a prótese, mas Demetria não aguentou seu peso e eles acabaram caindo no lago. 

— MÃE! — Samuel gritou desesperado. Não demorou muito para que os dois emergissem na superfície tossindo. Eles se olhavam de uma forma indescritível, Demi queria gritar com ele e Joseph queria gritar com ela! Mas ao invés disso, eles riram. Joe tinha uma folha na cabeça, os cabelos cruzados na testa e as bochechas um pouco avermelhadas. Ele se sentia envergonhado, sabia que era culpa sua!
— Você está muito engraçado, desculpa. — Demi riu novamente e Joe jogou água nela, rindo em seguida. 

— Crianças, vocês vão subir? — Paul arqueou uma das sobrancelhas. 
— Melhor não, nossas roupas vão encher o barco de água.
— Você sugere que devemos nadar? — Demi fez uma careta, seus braços não aguentariam!
— Tem ideia melhor? — Ele não teve dificuldade para tirar a prótese e entrega-la ao pai. 
— Nos vemos do outro lado. — Dito isso, ele começou a nadar. 

— Você vem, Demi?
— Ele tem razão, melhor não. — Ela respirou fundo e começou a nadar também. 

— Kevin diz pra mim que você não planejou isso. — Paul lançou um olhar reprovador ao filho mais velho. 
— Eu não planejei nada, juro. — Ele suspirou. 
— É o destino vovô, ninguém pode interferir naquilo que já está escrito para acontecer. E mesmo que alguém interfira, uma nova pagina é escrita e tudo pode mudar! — Samuel agarrou-se na blusa de frio e deu de ombros. 

          Joseph nadou como um verdadeiro atleta, suas braçadas fizeram com que ele chegasse primeiro que Demetria na margem. Paul e Kevin o levaram para dentro, Demi chegou mas não conseguiu ficar de pé! Sentia-se esgotada, seu peito subia e descia por causa de sua respiração que estava descompassada. Samuel estava olhando para ela, mas suas vistas estavam se embaçando... nada era muito nítido. As vozes chamavam seu nome. Sabrina estava dando leves tapas em seu rosto e Denise gritava por Danielle!
Adultera, adultera, adultera! - a voz feminina soou em seu ouvidos e a risada maligna se ecoou em seus ouvidos. 
— CALA A BOCA! — Demi gritou com toda a força que arrancara de algum lugar. Ela havia se sentado e tinha uma das mãos na cabeça. Quando abriu os olhos, recebeu olhares curiosos e assustados de todos que estavam a sua volta!
— Deixem ela respirar! — Kevin os repreendeu e ajudou-a — Você está bem? — Ela negou com a cabeça — Está tudo bem pessoal, podem entrar e deixem que eu leve Demi para dentro. — Daniele se aproximou do marido, sussurrou algo para ele e entrou de mãos dadas com as crianças.

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pela primeira vez em 19 capítulos o bloqueio me abateu e eu não sei dá onde tirei essa ideia do passeio no lago, mas espero de coração que vocês tenham gostado ~ fiquei apavorada ~ socorro! estou trabalhando no próximo ainda com esse problema do bloqueio e espero que o nível dessa fanfic cia por isso. rezem pela minha pessoa! hahaha
respostas aqui e aqui 
até o próximo, beijos

 

lembrei da onde surgiu a ideia do lago, desfaleci

26/02/2016

Broken Frame: Capítulo 19 • Jealous


revisei rápido, me desculpem qualquer erro


          Quando a noite chegou Samuel entrou no quarto de Joseph sem ser notado e ficou por ali explorando. Era a primeira vez que ele entrava ali sozinho e não sabia bem o motivo de estar ali. Todos estavam reunidos na sala conversando, mas ele sentia algo estranho do ar. Joseph estava inquieto e Demetria perdida! Sentado no chão com alguns papeis em mãos ele se perguntava se Sabrina havia notado, mordeu os lábios pensativo e deu de ombros. Os papeis estavam amassados, mas por algum motivo estavam guardados na gaveta. Lixo não deveria estar no lixo? — Um menino dormindo na luz mais escura. A menina acorda com outro cara, mas ele sabe, o buraco por dentro é todo seu. Ele está chegando, mas ela não pode ouvir. Através de todas as estrelas que estão caindo próximas, ele quer que o ruído desapareça. — A porta foi aberta e Samuel pego no flagra. Joseph estava acompanhado de Kevin, o garoto permaneceu imóvel e por algum motivo sentiu medo. 
— Encontramos! — Kevin sorriu e se aproximou do sobrinho — Tudo bem, rapazinho? Ficamos preocupados com você. 
— Eu só estava... — Ele amassou novamente o papel e guardou de volta na gaveta — Explorando. — Deu de ombros. 
— Seu avô achou que você estava no telhado. — Kevin disse e olhou brevemente para Joe.
— Eu nem sabia que dava para chegar lá.
— Seu pai sempre dava um jeitinho e por algum motivo adorava ficar lá.
— Eu vou avisa-los que o encontramos por aqui. — Joseph saiu. Samuel levantou-se e olhou para seu tio. 

— Acho que devo sair, ele parece estar bravo. Não deveria ter entrado aqui sem permissão, vamos?
— Samuel, você está com medo? — Kevin colocou uma de suas mãos no ombro do pequeno. 
— Ele está estranho.
— Estranho como?
— Eu não sei dizer, mas sinto. Aconteceu alguma coisa entre ele e minha mamãe, eu ouvi eles conversarem. — Suspirou — Eles estão sempre brigando, mas ontem foi diferente.
— Diferente como?
— Eles choraram.

— Como sabe que foi os dois?
— Os olhos de uma pessoa podem dizer muitas coisas sobre ela. — Ele sentou-se na cama juntamente com seu tio — Eu li isso em algum livro, sabe? — Kevin riu, Samuel era um garoto encantador. 
— O que você pensa sobre eles?
— Penso que eles se gostam, mas não sei se devo pensar assim. Tenho amiguinhos na escola com pais separados e eles dizem pra mim que não existe amor entre duas pessoas assim. É verdade?
— No que você acredita? — Kevin perguntou. Joseph apareceu no quarto acompanhado de Demi. 
— Acredito naquilo que eu penso, tio Kevin. — Sorriu. 
— Então essa é a sua verdade, mas devo confessar que concordo com você. — Eles riram. Joe pigarreou anunciando que já estava de volta e Demi entrou no quarto. Kevin levantou-se, despediu-se com um boa noite e saiu. Joe encostou a porta e Samuel observou os dois. 

— Você está bem? — Ela sentou-se ao lado dele. 
— Estou bem, mamãe. Estou encrencado?
— Você nunca some assim, Sam.
— Estou encrencado, papai? Eu sinto muito por ter mexido nas suas coisas.
— Você mexeu?
— Está tudo bem, Sam. — O tom tranquilo de Joe o fez suspirar aliviado — Desde que não faça isso novamente, entendeu? Existem coisas perigosas aqui e não quero que você se machuque. 
— Seu pai tem razão, bebê. — Demi beijou-lhe a testa. 
— Eu entendi e não vou fazer de novo.

— Acho bom deixarmos seu pai descansar, venha. — Demi levantou-se, não queria ficar mais um minuto sob o olhar atento de Joseph. 
— Eu quero ficar, posso ficar? — Ela olhou para Joe aguardando sua resposta. 
— É claro que pode, Samuel. — Ele esboçou um pequeno sorriso. 
— Tem certeza de que quer ficar? — O garotinho assentiu — O.k, você quem sabe. — Demi abraçou-lhe brevemente — Se precisar de algo vá até meu quarto. — Sam assentiu — Boa noite, querido. 
— Boa noite. — Ela caminhou até a porta e antes de sair olhou para Joe.
— Tenha uma boa noite, Demetria.
— Você também, Joseph.

          Joe encostou a porta e ficou um breve momento de costas, ele parecia pensar em algo. Samuel pensou no que havia lido, nas palavras dele e concluiu que tudo se tratava de como ele se sentia. — Estava falando sobre seus sentimentos? — Joseph virou-se e riu. 
— Não entendi o que quis dizer, Sam.
— Você disse que não queria que eu me machucasse com coisas perigosas. — As palavras o atingiram em cheio e ele não soube ao certo o que dizer. Como era possível? Ele era apenas uma criança. — Eu li algo e entendi bem o que quis dizer. — Joseph sentou-se ao lado do filho. 
— Samuel, você...
— Eu sei que vocês não se gostam como antes. Vocês estão estranhos e acho que é bom pararem de fingir que tudo está bem, quando na verdade não está! — Era a primeira vez que Joe o via assim tão frágil. — Pude ouvir vocês chorando ontem, papai. O que esta acontecendo com vocês?
— Eu não sei. — Joe suspirou pesadamente e segurou uma de suas mãos — Passamos muito tempo sem ter qualquer tipo de contato e acho que é inevitável esse choque. Entende?

— Sabrina me disse uma vez que existe dias nos quais nada entre vocês parece ter mudado, o que ela quis dizer? — O nó se formou na gargante e ele não foi capaz de responder com palavras. Abriu a gaveta do criado mudo, era a mesma gaveta onde Samuel havia guardado aquela folha amassada. Lá de dentro ele retirou um anel brilhante e dourado, era sua aliança de casamento. Ele abriu a mão do garotinho, colocou ali o anel e fechou-a. 
— Consegue sentir? Meu coração está em suas mãos e ele está batendo, batendo. Só se tem um único amor verdadeiro na vida e sua mãe foi a única pessoa que conseguiu arrancar de mim tantos sorrisos quanto lagrimas. Nós eramos muito companheiros, melhores amigos e acredito que quando Sabrina nos vê próximos, ela se lembra desses momentos. — Samuel o olhou no fundo dos olhos e deixou as lagrimas escorrerem. Joseph também chorava, não havia como esconder nada e ele abraçou o filho. 
— Eu estou sentindo bater, papai. — A voz do garoto saiu rouca, afetada pelo choro. 

          Depois que ambos se acalmaram, nenhuma palavra foi dita ou até mesmo pensada em dizer. Joe apenas levantou-se, trocou de roupa e voltou para deitar-se na cama. Sua prótese foi deixada de lado e Samuel olhou um tanto quanto curioso. Essa também era a primeira vez que ele via Joseph daquela forma! — Está tudo bem?
— Eu só... você já se acostumou com isso? — Sam perguntou assim que eles se deitaram. 
— Já me acostumei, filho. — Ele garantiu com um pequeno sorriso nos lábios — O avanço da tecnologia é algo muito favorável para minha nova situação, entende? Assim as coisas que não posso fazer são muito poucas. 
— Entendi. — Joe o viu bocejar e ajeitou o cobertor perto dele. Samuel sorriu, os olhinhos se fechando e sua expressão era realmente fofa. — Você está me olhando daquele jeito— Sam se aconchegou mais pertinho dele. 

— Não entendi. — Ele disse após alguns segundos em silêncio. 
— Um pouco antes do tio Kevin chegar, na cozinha. — O sono estava chegando e Samuel não conseguia manter-se acordado. — O que estava pensando?
— No quanto eu te amo— O breve sorriso estampou os lábios de Samuel até ele pegar no sono. Joe beijou-lhe a testa com cuidado e ficou ali observando-o, ele era muito precioso. Kevin estava certo, ele precisava se livrar de uma vez dessa duvida! Ele disse a si mesmo que depois do aniversário do garoto daria um jeito de fazer aquele teste. 

***


          Demetria estava sentado no chão da varanda, ela não conseguia parar de pensar em toda aquela situação com Joe. O sono havia ido embora, então não lhe restava muito o que fazer. Ela abraçou as próprias pernas, encostou sua cabeça nos joelhos e suspirou. Três dias, apenas três dias para o aniversário de Samuel! Não conseguia acreditar que seu garotinho faria seis anos, ele crescera rápido e era precocemente adulto. O que havia acontecido com ele naquele quarto? Será que havia encontrado alguma coisa? Sentiu o vento contra seu rosto e fechou os olhos aproveitando aquela brisa deliciosa. 

          Joseph segurava fortemente em seu braço, ele andava rápido e ela mal conseguia acompanhar direito seus passos. Ele estava irado! Havia conseguido dois dias longe da turnê para visitar Demi e sua filha, mas havia encontrado apenas sua pequena garotinha com a babá em casa. — Você está me machucando! — Ela conseguiu soltar o próprio braço e respirou fundo, estava sem folego. Eles estavam parados em meio ao estacionamento de uma casa noturna. — O que pensou que estava fazendo?
— O que você, Demetria Lovato, pensa que está fazendo?! Eu consegui dois dias até ir para Nova York e resolvi te visitar, mas veja só onde encontrei você!
— Você deveria ter me avisado, não acha? — Demi cruzou os braços — É o aniversário de um amigo, droga! Como você pode ser tão insensível assim?
— Insensível? — Ele riu — Você estava se esfregando no seu amiguinho e eu... eu sou o insensível? Será que você não se tocou de que é mãe de uma menina de nove anos?! Não pensa na nova imagem que você precisa zelar? Você não é mais uma adolescente inconsequente!
— Eu estava apenas dançando, como você pode fazer um drama desnecessário por causa de uma dança?! Se eu estivesse dançando daquele jeito com você, você não chamaria de se esfregar!
— Existe uma grande diferença entre dançar daquele jeito com o seu amigo e dançar daquele jeito com o seu marido!

— Então, o problema é esse? — Ela perguntou indignada — Você queria que eu te ligasse em plena temporada de shows para te convidar?! Melhor dizendo, queria que eu te pedisse permissão para comemorar um aniversário? — Demi balançou a cabeça. 
— Eu me preocupo com você, porra!
— Não tente remendar o que você disse, não tente! O problema em questão é seu ciumes e sua falta de confiança, o que deu em você? — O silencio dele irritou Demetria — Eu nunca dei motivos para que desconfiasse de mim, nunca! Já não posso dizer o mesmo de você, não é mesmo? Mesmo com aquelas loucas que se escondem no seu camarim, eu nunca arrastei você de uma festa e nunca te tratei como uma propriedade!
— Não estou te tratando como uma propriedade! Você saiu da clinica faz dois meses e eu só estou tentando ajuda-la. — Ele suspirou pesadamente — Não suportaria ouvir ninguém falando merda de você, Demi.
— Você não suportaria um canal de fofoca questionando o motivo de sua mulher estar sozinha numa festa, isso sim você não suportaria! Foi a única coisa que eu odiei em você, sabia? Esse seu lado machista! — Demetria engoliu o choro e sustentou o olhar dele. 

— Droga, eu... eu... eu não queria brigar com você!
— Se não quisesse não teria me feito passar por tamanha humilhação, aquilo foi patético!
— Nós dois estamos exaltados, vamos conversar melhor em casa.
— Você não vai para casa, eu não quero ver sua cara pelo resto da semana!
— Eu não acredito que você distorceu as coisas dessa forma!
— Isso vai ter volta, Joseph Carpenter! Você quer motivos para sentir ciumes, eu vou lhe dar isso e muito mais. — Demi virou-se de costas jogando seus cabelos loiros e saiu rebolando. Joseph cerrou os punhos, entrou no carro furioso e resolveu ir de uma vez por todas para Nova York. Quando ele saiu do estacionamento, pode vê-la entrando num táxi e suspirou pesadamente. Demetria olhou para trás assim que entrou no taxi e viu ele guiar o carro para o trafego na direção oposta. 

          Sua cabeça doeu e um suspiro escapou por seus lábios, mais uma lembrança. Joseph havia se zangado, mas não parecia ser motivo para separação. Tinha mais, muito mais e isso lhe assustava! Ela olhou para o céu nublado, não havia que prendesse sua atenção ou que distraísse sua mente inquieta. Ainda não estava com sono, mas resolveu entrar pois estava esfriando. Sua mente estava ainda mais inquieta, o que poderia fazer para aliviar toda aquela tensão?  Em poucos segundos, Demi viu-se desesperada em busca de um pedaço de papel e uma caneta! Não era tão boa quanto Joseph compondo, mas podia fazer isso sem muita dificuldade. Abriu a gaveta da comoda com certa brutalidade, vasculhou até encontrar o que queria, jogou-se na cama e começou a escrever. No inicio eram apenas palavras perdidas e depois a música foi se desenvolvendo até que a primeira parte estivesse completa. Os olhos de Demi foram ficando pesados e aos poucos o sono dava indícios de ter voltado, ela acabou por adormecer em cima do pequeno caderno. Sua mente havia se acalmado e o coração havia transbordado sem ter as lagrimas como consequência. 

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boa noite meninas, tudo bem? eu estou bem e peço desculpas novamente pela demora. 
esse capítulo deveria ter saído mais cedo, mas estive muito ocupada com os afazeres domésticos xx
teve um momento super emocionante do joseph com o sam ~assim ninguém aguenta~ e a demi se lembrou de uma briga, mas acho que farei mais alguns flash backs de antes e tals...
espero que tenham gostado ⊱✿◕‿◕✿⊰ vou ficando por aqui
respostas dos comentários no próximo post
tchauzinho

 

novo single das meninas lançou hoje para nossa alegria

23/02/2016

Broken Frame: Capítulo 18 • Poison


assistam o clipe de stone cold e sejam felizes xx


ALGUMAS HORAS DEPOIS, 10:00 A.M

          Demetria acordou com seu telefone tocando de forma irritante, ela resmungou e atendeu. Ainda de olhos fechados disse: — Alô. — Ouviu sua própria voz sonolenta ecoar-se do outro lado da linha e abriu os olhos. 
— Vejo que acordei você. — Nick riu.
— Vou mata-lo quando nos vermos novamente!
— Bom dia.
— Bom dia, como você está?
— Eu deveria ter perguntado isso primeiro! — Riu — Estou bem e você? — Um suspiro e antes mesmo que Demi pudesse mentir, Nick antecipou-se. — Nem pense em mentir, o que esta acontecendo?
— Estou me lembrando de algumas coisas, desculpe-me não ter ligado antes. — Ela suspirou — Acho que trai o Joseph, mas não sei com quem. Ele não quis me responder e eu...

— Você perguntou?!
— Se você estivesse na minha pele saberia do meu desespero para descobrir o que diabos aprontei! — Nicholas suspirou.
— Eu só fiquei preocupado, apenas isso.
— Ontem foi uma noite muito estranha, Nick. Ele me abraçou, disse algumas coisas e eu...
— O que você fez?
— Eu beijei ele, Nick.

— Você beijou ele?!
— Eu cansei de mentir para mim mesma, não aguento mais! — Demi suspirou levantando-se e caminhando até a varanda de seu quarto. Ela sentiu o vento bater levemente em seu rosto, fechou os olhos por breves segundos e continuou: — Ele tentou fugir e foi quando perguntei. Joseph ficou com uma expressão difícil de descrever, mas o tom da resposta... não sei nem o que pensar! Acho que é isso, eu o trai. 
— E se não for isso? — Nick tremia e nem sabia como continuar aquela conversa. 
— Não posso me basear em "e se..." Nicholas. Se for isso eu... eu...

— Você não sabe o que fazer, não é mesmo?
— Realmente não faço ideia do que fazer, Nick. Eu só espero que ele me perdoe, sendo ou não traição! — O nó se formou na garganta dele. 
— Eu espero que sim, Demi. Fique bem, o.k? Preciso ir agora, mas ficaria tranquilo por saber que me ligara caso for preciso.
— Não se preocupe, eu ligarei. — Sem ao menos despedir-se, ele desligou. Demi encarou a tela do celular por breves segundos e franziu o cenho, aquilo havia sido estranho. Checou suas ligações perdidas e mensagens, sentiu-se mal por não ter atendido sua mãe. Como não queria que ela se preocupasse mandou uma mensagem resumindo boa parte dos acontecimentos e suspirou um pouco mais aliviada com isso. Seus olhos vagaram pelo lago, sentia-se perdida e estava com medo. Como seria o dia hoje? Suspirou pesadamente ao ver Joseph. Ele estava ajeitando os cabelos com suas mãos e parecia estar cantarolando algo, aparentemente normal. Ela voltou para dentro, fez sua higiene matinal, vestiu-se com roupas simples e desceu. 

          No andar debaixo Selena estava terminando de fechar uma mala com a ajuda de Sabrina e Demi arregalou os olhos com a cena. — Onde você vai? 
— Aconteceu uns probleminhas de família e precisam de mim, sinto muito. — Ela estava mentindo, mas Demi não compreendeu o motivo. — Esta tudo bem?
— Sim. — Ela forçou o melhor sorriso que podia e aproximou-se de Selena — Vou sentir sua falta. — Elas se abraçaram e Joseph adentrou na casa. Os olhos se encontraram, ele caminhou devagar e viu o medo que transparecia neles.  

— Bom dia. — Ele disse e olhou para as malas que ali estavam — O que significa isso?
— Bom dia. — Selena disse e Demi partiu o abraço retirando-se para a sala de refeições. — Estou com alguns problemas familiares e preciso voltar, sinto muito. 
— Seus problemas familiares tem nome? Como por exemplo: Nicholas Carpenter— Ele arqueou uma das sobrancelhas. 
— Joseph, você está se equivocando.
— Está tudo bem, Sel. Você tem todo o direito de fazer o que achar melhor para você, mas como sou chato e amo você... — Ela riu — Peço que tome cuidado com ele, você sabe que não confio. — Selena apenas suspirou — Não quero vê-la machucada novamente, o.k?
— Eu prometo ser cautelosa.
— Viu? Eu sabia. — Joe se aproximou e beijou-lhe a testa — O que mudou?
— Acredito que possamos superar isso juntos. Você não acredita que pode? — Joe recuou. 
— Depois de ontem, eu já não tenho certeza de nada! — Ele suspirou — Você já tomou café? Podemos nos sentar e conversar um pouco. 
— O próximo voo sai daqui uma hora e se eu quiser chegar ainda hoje, preciso partir agora. 
— Quem vai te levar?
— Não quero incomodar ninguém, chamei um táxi. Nem pense em pegar dinheiro para paga-lo! — Ele riu. 

— Eu não queria que fosse agora.
— É por você que estou fazendo isso.
— Por mim?
— Por você, por ela... por vocês dois!
— Não entendi.
— Não é necessário que você entenda agora, mas acho que será útil fazer esta viagem.
— Quanto mistério. — O barulho de buzina ao lado de fora fez com que Joe fizesse uma careta. 

— Parece que já está na minha hora.
— Eu odeio despedidas! — Joe abraçou Selena fortemente — Cuide-se, por favor. 
— Prometo que farei isso, não se preocupe. — Ela partiu o abraço e o olhou nos olhos — Transmita meu pedido de desculpas aos outros e diga também que deixei um abraço para cada um. — Joe apenas assentiu e Selena sorriu para ele já com sua bagagem em mãos. Ela caminhou puxando uma das malas até a porta de entrada, mas foi impedida de sair por Demi que gritou seu nome:

— Selena! — Ela virou-se, soltou as malas e recebeu um abraço de sua amiga. Demi estava chorando e ela sabia bem o motivo. Ela estava com medo de ficar sozinha e se lembrar de mais coisas, não seria fácil lidar com tudo! 
— Está tudo bem, não fique assim. Você não está sozinha, entende isso? — Ela olhou para Demi segurando suas mãos tremulas — Não precisa ter medo das suas lembranças. 
— Não é das lembranças que eu tenho medo. — Demi disse baixinho — Tenho medo das minhas atitudes, medo do que eu fiz para perder pessoas que eram tudo pra mim! 
— Eu prometo que vou te ajudar com isso, então não se preocupe. — O taxista buzinou impacientemente — Preciso ir agora, me prometa que vai se cuidar. 
— Eu prometo que vou me cuidar. — Selena sorriu.
— Ótimo, ligue para mim quando quiser. O.k? — Ela apenas assentiu. Selena pegou as malas e saiu, Demi sentiu-se sozinha e muito vulnerável. Para quem correria quando tudo ficasse impossível de aguentar? Não queria que seus filhos vissem o quanto ela estava mal, principalmente Samuel. O que faria? O que faria? O que faria?! A mão de Joe em seu ombro fez com que ela engolisse o choro para ter força de encara-lo e assim ela fez. 

— Ela vai voltar logo. — Ele não sabia o que dizer por causa da noite anterior e então, disse aquilo. Demi suspirou e riu sem vontade. 
— Não precisa se sentir forçado a falar comigo por causa do meu choro, Joseph. Seja justo como você tanto diz e me deixe sentir a droga da dor! — Demetria caminhou de volta para a cozinha, apoiou suas mãos na pia e abaixou a cabeça para respirar fundo. Não deveria chorar, logo todos os outros desceriam... ela deveria ficar bem! 

— Bom dia. — Sabrina estava de bom humor. 
— Bom dia, filha.
— Você está bem? — A garota apoiou uma das mãos nos ombros dela. 
— Selena precisou ir embora e você sabe como lido mal com despedidas.
— Não fique assim, ela voltara logo.

 Talvez ela volte.
— Ela voltara e eu tenho certeza. O aniversário do Sam é este mês e se formos comemorar tenho certeza de que ela estará aqui. — Como ela havia esquecido o aniversário do próprio filho?! — Você não estava se lembrando, não é mesmo?
— Não, eu não estava. — Isso significava discutir com Joe como comemorariam aquele aniversário. No ano anterior haviam feito uma grande festa, mas esse ano era bem provável de que isso não seria possível. Joseph não aceitaria ser visto em fotos do jeito como estava, ela sabia bem que não. — O que vou fazer agora?
— Pode conversar com o papai sobre isso, vocês vão pensar em algo legal juntos.
— É nós vamos. — Demi encheu um copo com água e tomou tudo num só gole, precisava se acalmar. 

— Em frente, pirata! — A voz de Samuel encheu os ouvidos de Demi e a risada de Joe fez com que ela estremecesse. Ele apareceu com o garoto em sentado sob seus ombros, Sam parecia estar gostando da brincadeira matinal. 
— Olha só como estou alto, mamãe. — Ela sorriu. 
— Estou vendo, mas assim mamãe não pode te abraçar e nem beijar você. — A menção do beijo fez com que ele ficasse corado, Demi ficou incrédula sobre ele estar crescendo tão rápido! — Eu exijo meu beijo de bom dia. — Riu. Samuel assentiu para Joe, ele colocou o garoto no chão e o observou correr para os braços de Demi. Ele beijo a bochecha de Demi inúmeras vezes fazendo-a rir com sinceridade!

— Bom dia. — Samuel sorriu — Você está bem?
— Estou sim, amorzinho.
— Dormiu bem? — Joe encostou-se na pia com um copo em mãos e observou atentamente aguardando a resposta. Sabrina olhou para sua mãe em seguida para seu pai, naquele momento percebeu que algo havia acontecido entre eles. Eles estavam mais estranhos do que costumavam ser quando estavam no mesmo comodo! 
— Eu dormi muito bem e você?
— Ouvi alguns barulhos de noite, você e papai estavam conversando? Tenho certeza de que era vocês. — Sabrina cruzou os braços e encostou-se na pia ao lado de Joe. Demi engoliu em seco e mordeu os lábios sem saber o que dizer, ela não queria que o garotinho criasse falsas esperanças. 
— Nós conversamos um pouco, mas não posso dizer o que era. — O garotinho fez careta — É algo especial e também não posso dizer para quem é. — Samuel revirou os olhos e saiu de seu colo. 

— Eu não queria saber mesmo. — Demi riu e observou seu garotinho pegar uma maçã na fruteira — Podemos brincar depois do café, papai?
— Sim, podemos brincar do que você quiser. — Joe sorriu e resolveu preparar o café. Sabrina pegou uma fruta qualquer e saiu do comodo com seu irmãozinho, ela havia sentido que eles precisavam de um minuto sozinhos. 

— Algo especial? — Joe franziu o cenho sem olha-la. 
— Sabrina me lembrou sobre o aniversário do Samuel. Não me culpe por esquecer, estou com muitas coisas na minha cabeça!
— Então, somos dois. — Ele riu baixinho — O que esta pensando em fazer?
— Precisamos decidir isso juntos, certo?
— Poderíamos fazer algo simples e chamar apenas os mais próximos.

— O que quer dizer com os mais próximos?
— Seus pais, sua irmã... entendeu?
— Esta disposto a revelar seu segredo?
— Não vejo problema algum. — Demi apenas assentiu — Precisamos escolher um tema de decoração que ele goste e fazer uma lista de coisas que deve-se ter na comemoração para não ficar apenas no parabéns.
— Isso parece bom. — Ela sorriu perdida em seus pensamentos.

— Já sabe o que dará de presente?
— Acho que sim e você?
— Quero que você me responda para não repetirmos os presentes. — Ele riu. 
— Eu vou comprar um conjunto de roupas muito rock n' roll que vi numa loja. Dei uma volta no centro da cidade por esses dias e quando vi na vitrine, sabia que deveria comprar para ele! — Joe apenas assentiu — Se quiser que eu traga algo do centro da cidade, não exite em pedir.
— Eu vou escolher algo pessoal e significativo, mesmo assim obrigado. — Sorriu — Ainda não sei exatamente o que, mas será algo especial. — Ele olhou Demi através de seus ombros e a viu assentir. 

LOS ANGELES, 06:30 P.M

          Selena felizmente conseguiu dormir parte das intermináveis horas dentro do avião, então chegou disposta. O desembarque no aeroporto foi tranquilo, usar uma blusa com capuz ajudou-lhe a passar despercebida por algumas pessoas. Ela pegou um taxi, atrapalhou-se um pouco com o endereço, mas assim que o carro parou em frente a grande mansão teve certeza de que era ali mesmo. Um dos seguranças reconheceu-a e acabou por ajuda-la com as malas, enquanto ela adentrava dando passos largos. O coração pulava no peito, os olhos buscavam por ele e Selena caminhou sem rumo pela casa sem saber por onde começar sua busca. A voz de Nicholas se ecoou pela casa numa bela canção, ela subiu os degraus da casa com cautela para não interrompe-lo. Ele estava em um dos quartos e tocava piano, ela caminhou até a porta que ficava no final do corredor. Selena abriu a porta lentamente e o observou cantar, sempre muito focado e lindo! Ela ficou esperando que ele acabasse para surpreende-lo, estava tão ansiosa que os dois minutos duraram uma eternidade. Quando ele finalizou a música, Selena bateu palmas enquanto adentrava no comodo. — Selena. — Nick levantou-se para abraça-la. Ela sorriu encantadoramente e aceitou de bom grado o abraço. Eles permaneceram em silencio por um tempinho apenas desfrutando do abraço. — O que está fazendo aqui? — Nick partiu o abraço segurando-lhe uma das mãos. 
— Precisamos conversar. 

— É sobre a Demi? — Selena assentiu — Nos falamos hoje de manhã, imagino o que deve estar querendo me dizer.
— Você disse que não teria feito aquilo sóbrio, certo? — Ele assentiu — Quanto você bebeu naquela noite?
— Eu juro que não me lembro e isso é estranho, não acha? Tinha mais alguém, eu e Demi não compramos aquelas bebidas. Joseph nunca deixaria bebidas perto dela em sã consciência!
— Isso é verdade. — Nick indicou a porta e eles caminharam pelo corredor juntos. 
— Ele ficou com tanto ódio que nunca parou para analisar este acontecimento, mas desde aquele maldito dia que eu tento entender o que de fato aconteceu. — Ele suspirou e abriu a porta de seu quarto para Selena. Não havia mudado nada, as fotos deles juntos ainda estavam espelhadas pela parede num lindo painel e ainda tinha os ursinhos numa prateleira. Ela se sentou na ponta da cama, engoliu o choro e sustentou o olhar de Nick. 

— Quem você acha que estava lá?
— Alguém próximo e que tinha fácil acesso a casa. São muitas pessoas para pensar, não acha?
— Por um lado não, não são tantas assim. Podemos pensar em pessoas próximas que odiavam você ou até mesmo a Demi.
— Não esqueça das ex-namoradas loucas do Joseph.
— Oh sim, temos esse grupo também. — Ela fez um gesto com as mãos e pensou. 

— Alguma suspeita?
— Depois do que ouvi naquela casa não podemos descartar aquela tal Mandy, não acha?
— Sim, mas como conseguiremos provas do envolvimento dela ou de seja lá quem for?
— Demi está muito perto de se lembrar e devo dizer que é apenas uma questão de tempo. Ela saberá se houve ou não outra pessoa, Nick.
— Não acredita em mim?
— Eu não disse isso, disse?
— Não, você não disse. — Nick se sentou na outra ponta da cama. O silencio se instalou ali e Nicholas suspirou. — Estou com medo de tudo isso. Como você acha que Demi vai reagir?
— Eu prefiro não pensar muito nisso e acho que você deveria fazer o mesmo.

— Como Joseph esta? Ela me disse que ontem beijou ele.
— Beijou? Eu não sabia disso!
— Ele tentou fugir dela e ela perguntou...
— Perguntou sobre?
— Perguntou se ela o traiu e o modo como ele reagiu deixou ela ainda mais confusa, sabe? Posso imagina-lo sendo gentil e ao mesmo tempo rude.
— O que mais ela disse?
— Que sente falta dele, ela ainda ama meu irmão. Eu tenho medo de como Joe vai lidar com tudo quando ela se lembrar! Meu Deus, eu realmente não sei o que vai ser dele... o que vai ser de mim... — Ele passou uma das mãos pelos cabelos e suspirou — O que vai ser dela... — Selena segurou o rosto de Nick entre suas mãos, ela ficou surpresa com a própria atitude e sentiu as próprias mãos tremerem. 

— Eu fiz essa viagem por eles, mas você estava na minha mente o tempo todo.
— O que quer dizer com isso?
— Eu me enganei durante um ano, fugi dos meus próprios sentimentos e não segui meu coração. Não me ajudou em nada e tive de encarar os fatos, Nicholas! Não pense que foi fácil ouvir suas palavras e não saber o que dizer, sabe? A verdade é que eu senti sua falta todos os dias.
— Como disse no telefone aquele dia? — Ela assentiu.
— Eu te amo, apesar de tudo e não sei como... como lidar com isso! Só sei que precisava te dizer antes que explodisse nessa atmosfera de Demetria e Joseph

— Você pensou em nós o tempo todo e não quis admitir pra mim? — Selena enterrou sua cabeça nas próprias mãos e Nicholas percebeu que ela estava chorando. — Selena, por favor...
— Eu só quero tentar, tentar perdoar o que aconteceu e seguir em frente ao seu lado. Quero ver se podemos dar certo novamente, entende? Se isso não acontecer, poderei me olhar para mim mesma e dizer: eu tentei! — Nick passou um dos braços pelos ombros dela, beijou-lhe o topo da cabeça numa forma de consolo e esperou até que ela estivesse mais calma. 
— Eu deixei bem claro meus sentimentos por você naquele dia, mas acho que não posso deixar de ressalta-los. Certo? — Selena o olhou nos olhos — Eu também te amo e peço desculpas se fiz você esperar demais por uma confissão minha ou até mesmo um pedido de desculpas. Quis que você pensasse em tudo e amadurecesse suas ideias. Afinal, acredito que só assim poderá confiar em mim novamente. 

— Nicholas, eu...
— Deixe-me terminar. — Ela assentiu. 
— Eu sinto muito por tudo, nunca quis que aquilo acontecesse. Demetria sempre foi como uma irmã para mim e nunca poderia imaginar que... — Selena o impediu de falar colocando seu dedo indicador sobre os lábios dele. 
— Chega, eu já ouvi demais sobre isso. — Ela disse com um sorriso fraco estampado em seus lábios — Eu acredito em você. — Selena sussurrou colando sua testa na dele. O beijo nasceu dentre um toque tímido de ambos os lábios, nada havia mudado e agora a terra parecia ter finalmente entrado no eixo. 

***

          Gigi estava onde nunca pensou que estaria. A casa onde Mandy morava era simples e muito bem arrumada, ela tinha um ótimo gosto para decoração. — Gigi? — A voz fraca de Mandy soou em duvida, mesmo ela sabendo que isso aconteceria. — Não acredito, meu Deus! — Elas se abraçaram brevemente. 
— Estava passando e resolvi fazer uma visita, espero que não tenha chegado em uma má hora.
— Não existe má hora para mim, querida. — Mandy sentou-se e Gigi fez o mesmo — E então, como você está?
— Eu quem deveria lhe perguntar isso primeiro. Alguma novidade?
— Estou bem e não, nenhuma novidade ou progresso. Eu vou morrer e estou conformada com isso. — O tom sádico fez com que a loira engolisse em seco um pouco assustada — É algo que chega para todos uma hora ou outra, concorda? — Gigi apenas assentiu — Você está muito calada, algum problema? 

— Eu não sei o que fazer com Joseph, sinceramente...
— Demetria é mesmo um pé no saco, eu sei.
— Como sabia que mencionaria ela?
— Ela sempre foi um ser humano desprezível.
— Eu não entendo o motivo de tanto fuzuê em volta dessa mulher!

— Você notou algum comportamento estranho dele?
— Ele não é o mesmo desde que ela pisou os pés naquela casa. Você o conhece desde que eram crianças, diga-me sua opinião sincera sobre eles.
— Joseph ainda gosta dela.
— Isso não pode ser verdade!
— Você pediu minha sinceridade, esqueceu-se disso? — Gigi suspirou e passou uma das mãos pelos cabelos. 

— Acha que estou sendo traída?
— Você não pode basear-se em mim para tudo, Gigi. O que você acha? Pense na ultima noite que passou com ele e reflita. Vocês dormiram juntos?
— Sim, dormimos.
— O que vocês fizeram? — Os olhos de Mandy estavam atentos a cada movimento, palavra e suspiro. 
— Ele não estava totalmente entregue ao momento, entende? Os olhos dele estavam fechados na maior parte do tempo e ele continha a própria voz, parecia abafar algo ali.
— O nome dela. — Gigi cerrou os punhos. 
— Eu não queria acreditar nisso, sabe? De todos os homens que passaram pela minha vida Joseph foi o mais... droga! Não tenho nada de ruim para dizer sobre ele. 
— O ponto fraco dele é o amor que restou daquele maldito casamento, querida. Demetria o traiu e desde então, amor e ódio duelam dentro dele. Pelo que vejo ainda não temos um campeão!

— O que você sabe sobre isso?
— Ele nunca te contou?
— Digamos que ele limitou-se e poupou todos os detalhes.
— Demetria o traiu com Nicholas. — Gigi arregalou os olhos e levou uma das mãos até a boca — Nunca estranhou o fato deles não se bicarem? Joseph se transforma na frente do irmão mais novo! — Mandy riu, mas Gigi não. Ela estava muito surpresa com tudo para dizer qualquer coisa. — Foi naquela mesma casa, sabia? O fato dele estar morando ali me surpreendeu bastante quando você me contou. 

— Isso tudo é insano!
— Eu sei, mas deixe-me continuar. — A loira assentiu — Ele viu tudo acontecendo, Gigi. Viu o irmão mais novo fodendo sua amada esposa e digo mais, Joe ouviu ela suplicando por mais! — O modo como os aqueles detalhes foram contados fez com que Gigi desconfiasse dela por uma breve fração de segundos, mas depois concluiu que Joe poderia ter contado já que havia dormido com ela. — Joseph me contou tudo, ele deve ter mencionada isso com você. — Mandy disse um pouco incomodada com o silencio da loira. 
— Estou chocada, mas...
— Mesmo ele tendo passado por tudo isso, ainda sente algo por ela?
— Isso mesmo! Como isso é possível?
— Eu não sei, mas admito que é algo decepcionante, ainda mais vindo dele.
— Mas ela o desprezou, eu vi isso.
— E quando você não está lá, Gigi. Quem te garante que ela o despreza? — Novamente os punhos dela se cerraram, ela estava furiosa e Mandy estava adorando assistir aquilo. Ela mordeu os próprios lábios discretamente para conter um sorriso maldoso que queria esboçar, não seria apropriado. 
— O que eu devo fazer? Já não aguento mais viver assim e pior, com essa incerteza! Eu sinto falta de quando vivíamos na nossa cobertura, as crianças nos visitavam e Demetria não existia. Os lugares onde eles se viam eram poucos e ainda sim, eles se evitavam!
— Você deve contar o mal pela raiz, querida. Não estou falando necessariamente de romper relações, mas se você der um flagra ele não poderá negar nada! Agora, se o problema for Demetria... você tem o segredo dela em mãos e poderá fazer o que quiser. — Mandy sorriu de forma maldosa — Pode chantageá-la ou melhor ainda, jogar a merda toda no ventilador! Isso tudo daria uma matéria bombástica no TMZ. — Gigi levantou-se de forma brusca, estava confusa e dividida. Não era do seu feitio fazer qualquer tipo de maldade, mas quando se tratava de Joseph... ela se transformava! Perdera as contas de quantas vezes sacrificou-se por ele. 
— Eu preciso pensar.
— Eu sei que sim, querida. — Mandy levantou-se caminhando até a porta, ela sabia que a loira provavelmente não aguentaria tanta informação. 

— Desculpe-me.
— Deixa disso, está tudo bem. — Sorriu falsamente. 
— Espero encontra-la novamente. — Ela apenas assentiu e Gigi abraçou-lhe brevemente. 
— Até mais. — Acenou vendo-a se afastar. Ela fechou a porta com um enorme sorriso de satisfação nos lábios, morreria sabendo que Joseph estava sozinho, sabia que isso aconteceria. Sentiu-se fraca de repente e se segurou num móvel próximo fazendo barulho. Os passos rápidos na escada, logo ele estava ali, os braços fortes lhe ergueram e ela só pode passar os braços pelo pescoço do marido. 

— O que eu disse sobre receber visitas? Você não está em condições. — Ele colocou-a no sofá e segurou seu rosto delicadamente entre as mãos. — Quem era aquela moça?
— Shane...
— Mandy diz pra mim que você não está tentando fazer intriga na vida de alguém, por favor.
— Se não estou... em condições de receber visita... quem dirá... fazer intriga! — Ela disse com a voz falha e revirou os olhos. 

— Eu ouvi o nome dele, você está se metendo aonde não deve novamente.
— Ele é apenas...
— Apenas um amigo, né? É o que você sempre diz. — Ele suspirou — Faz dois anos que estamos juntos e em momentos assim, sinto que não te conheço nenhum pouquinho. — Shane suspirou. Era um homem de bom coração que Mandy nunca havia valorizado, mas ele era louco por ela. Pouco sabia sobre Joseph, mas não gostava quando ela começava a falar sobre ele. Os olhos dela brilhavam como nunca brilharam para ele, o entusiasmo em suas palavras também era diferente e ela parecia mais viva. Os tempos eram difíceis, Mandy enlouqueceu quando foi diagnosticada com câncer, mas Shane nunca deixou de apoia-la. 
— Você não gostaria de saber, querido. — Ela beijou-lhe uma das mãos — É uma parte suja do meu passado e não quero você no meio dela. Entendeu?

— Quem era aquela moça?
— Uma amiga. — Shane beijou-a nos lábios com calma e afastou-se em seguida. Os olhos negros o encarraram com certa curiosidade, mas ele não aguentava mais e decidiu dar um basta. 
— Tudo bem, se não quiser me contar. — O silencio instalou-se entre eles — Quero apenas que esteja ciente de isso não me impede de descobrir tudo por conta própria. — Shane saiu e Mandy suspirou, ele não teria coragem de fazer isso. Teria? Ele sentou-se nos degraus da varando e perdeu-se em pensamentos novamente. Olhou para cima, viu a câmera de segurança e sorriu largamente, descobrir quem era aquela moça seria o ponto de partida para tudo.

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esse daqui saiu grande e é para compensar todas vocês
boa noite amores, espero que estejam bem. nesse capítulo eu revelei o aniversário do samuel, nelena, conversa entre as cobras e o pobre coitado que é casado com a mandy. ele será um personagem importante, então não se esqueçam dele. vocês gostaram? espero que sim. || respostas aqui || 
o mistério está começando a ficar interessante, não é mesmo?
por hoje é só, voltarei em breve com mais um capítulo
beijos, amo vcs

 

q amorzinho, gente