❝Quando a noite estava cheia de terrores e seus olhos estavam cheios de lágrimas, quando você não tinha me tocado ainda. Leve-me de volta para a noite que nos conhecemos.❞
— Lord Huron
A pequena Lewisville não era a mesma cidadezinha pequena de anos atrás, Demetria lembrava-se perfeitamente de como era ter vivido ali em uma época em que apenas os mais abastados tinham um telefone fixo ou celular e isso era apenas um dos vários choques de realidade que estava tendo naquela semana. Era inevitável não se lembrar de algo ao andar por aquela cidade e ver como ela estava diferente! Havia mais pessoas lá, muitas mesmo, mas isso não apagava de sua memória o rosto daquelas que havia deixado para trás. Demi não pensava em voltar, não depois de uma atitude tomada num momento de desespero e que consequentemente acabou partindo o coração de seus amigos mais próximos! Mas agora ela estava de volta e pretendia manter-se ali em segredo até descobrir o motivo pelo qual Paul citava ela em seu testamento.
— Querida, o chá vai acabar esfriando. — A ruiva despertou de seus pensamentos ao ouvir a voz da senhora que havia lhe acolhido. Demi viajou com o pouco de dinheiro que conseguiu emprestado de alguns colegas e como não podia pagar um hotel, acabou sendo acolhida por Edna que tinha uma pensão para viajantes na cidade. — Você tem estado muito preocupada para alguém que só está de passagem. — Ela puxou uma das cadeiras e sentou-se perto de Demi.
— Eu estou no último lugar onde gostaria de estar. — A senhora arregalou os olhos e ela tratou de corrigir sua frase. — Falo de estar na cidade, Edna. Não pense que estou falando da sua pensão, muito pelo contrário, sou muito grata por ter me acolhido!
— Você fala como quem está fugindo de algo ou alguém.
— Isso soa muito ruim?
— Ah querida, sabe que nessa cidade as noticias voam e acredite... uma moça bonita como você não vai passar despercebida! Talvez fosse melhor encarrar de uma vez o problema.
— Isso soa muito ruim?
— Ah querida, sabe que nessa cidade as noticias voam e acredite... uma moça bonita como você não vai passar despercebida! Talvez fosse melhor encarrar de uma vez o problema.
— Eu não quero atrapalhar a vida de ninguém.
— Por isso vive pendurada no telefone com aquela advogada? — A advogada era irmã de Paul e foi ela quem ligou para Demi para avisar que ele havia morrido, sem contar aquela menção misteriosa no testamento! Ela não conseguia dormir de noite pensando no motivo pelo qual Paul queria que ela voltasse, ainda mais em um momento tão delicado para Joseph.
— Por isso vive pendurada no telefone com aquela advogada? — A advogada era irmã de Paul e foi ela quem ligou para Demi para avisar que ele havia morrido, sem contar aquela menção misteriosa no testamento! Ela não conseguia dormir de noite pensando no motivo pelo qual Paul queria que ela voltasse, ainda mais em um momento tão delicado para Joseph.
— Sim, estou tentando convence-la de que é uma péssima ideia eu estar presente na leitura do testamento do meu padrasto. — Demi olhou para o chá pela primeira vez naquela noite e decidiu dar um gole, realmente estava esfriando.
— Seria tão ruim assim descobrir que esse seu padrasto te deixou algum dinheiro?
— Eu espero que não, não quero que pensem que voltei pelo dinheiro.
— E porque você voltou? — A pergunta ecoou dentro de Demi e ela sentiu o nó preso na garganta, seria possível chorar ainda mais por aquela situação? — Acredito que tenha tido o poder de escolher estar aqui ou não, nem mesmo essa tal advogada poderia te arrastar até aqui.
— Eu espero que não, não quero que pensem que voltei pelo dinheiro.
— E porque você voltou? — A pergunta ecoou dentro de Demi e ela sentiu o nó preso na garganta, seria possível chorar ainda mais por aquela situação? — Acredito que tenha tido o poder de escolher estar aqui ou não, nem mesmo essa tal advogada poderia te arrastar até aqui.
— Tem razão, Julie não me arrastou até aqui. — Ela sentiu os dedos tremerem e a xícara fez barulho ao pousar na mesa. — Eu simplesmente não tinha para onde ir e nem ninguém com quem pudesse contar! A única pessoa no mundo que realmente se importou comigo está morta. — As lágrimas vieram e Edna segurou uma das mãos de Demi demonstrando seu apoio. — Quando minha mãe me levou embora daqui, realmente acreditava que seria melhor para todos e por isso nunca mais voltei! Larguei tudo, todos os meus amigos para trás e Joseph, eu o considerava tanto... tanto... prefiro não imaginar o quanto ele sofreu.
— Eu tenho certeza de que essas pessoas devem se lembrar de você e o quão especial foi para elas, Demi. Amigos de verdade não esquecem jamais um do outro! Você achava que estava fazendo o melhor para eles, mas tem consciência de que não era bem assim e agora pode concertar isso. Talvez seja esse o motivo pelo qual tenha voltado, você só não havia se dado conta disso ainda. — Demi sorriu para ela mesmo em meio as lágrimas, ela não tinha palavras para expressar sua gratidão e apenas retribuiu o aperto na mão de Edna. — Minha criança, descanse um pouco. O.k? Está ficando tarde.
— Obrigada pelo chá e pelo conselho. — Demi secou as lágrimas e se levantou. — Eu vou tentar.
— Já é um começo. — Edna sorriu e levantou-se recolhendo as louças da mesa.
— Boa noite.
— Boa noite, querida. — Ela respondeu e Demi saiu seguindo pelo corredor até as escadas que davam acesso aos quartos do primeiro andar.
O lugar já estava silencioso e Demetria lembrou-se que o toque de recolher costumava ser mesmo antes das dez da noite. Ela já não sabia mais o que era dormir cedo desde Nova York, mas estava reaprendendo isso nessa uma semana que estava na cidade! Como não podia pagar todo valor pela hospedagem, ajudava Edna em qualquer coisa que fosse sem que precisasse sair e isso envolvia muito trabalho braçal, então estava esgotada físico e emocionalmente. A pequena cama de solteiro era aconchegante e os cobertores perfeitamente quentes para uma noite fria, Demi fechou os olhos e agradeceu Deus mentalmente por mais um dia, também lhe pediu coragem para ir atrás de seus amigos. Sabia que não seria fácil! E foi pensando neles que ela rapidamente adormeceu.
— Boa noite, querida. — Ela respondeu e Demi saiu seguindo pelo corredor até as escadas que davam acesso aos quartos do primeiro andar.
O lugar já estava silencioso e Demetria lembrou-se que o toque de recolher costumava ser mesmo antes das dez da noite. Ela já não sabia mais o que era dormir cedo desde Nova York, mas estava reaprendendo isso nessa uma semana que estava na cidade! Como não podia pagar todo valor pela hospedagem, ajudava Edna em qualquer coisa que fosse sem que precisasse sair e isso envolvia muito trabalho braçal, então estava esgotada físico e emocionalmente. A pequena cama de solteiro era aconchegante e os cobertores perfeitamente quentes para uma noite fria, Demi fechou os olhos e agradeceu Deus mentalmente por mais um dia, também lhe pediu coragem para ir atrás de seus amigos. Sabia que não seria fácil! E foi pensando neles que ela rapidamente adormeceu.
FAZENDA DA FAMÍLIA THOMPSON
22:00
Sophie estacionou o carro, desligou o veículo e encostou sua cabeça no banco suspirando pesadamente. Havia sido um longo dia no trabalho e seu corpo implorava por descanso, mesmo assim ali estava ela para cumprir uma promessa! Joy conseguia apelar para o lado emocional quando queria, mas dessa vez não era o caso, Joseph estava instável e ela também estava preocupado com ele. Saiu do carro levando consigo um pouco de comida que havia feito especialmente para Joe e caminhou pela gramado verde até alcançar os degraus da varanda. A madeira rangeu sobre seus pés e logo Joseph apareceu para ver quem era, morando em um lugar tranquilo como aquele qualquer barulho era ouvido dentro de casa.
— Sophie? — Ele pareceu surpreso ao vê-la ali. — Tudo bem?
— Boa noite. — Ela sorriu e o cumprimentou com um beijo na bochecha. — Estou bem, Joseph. — Sophie adentrou e ele fechou a porta atrás de si. — Só achei que pudesse gostar de uma deliciosa macarronada com almondegas! Você já jantou? — O estômago roncou e Joe levou uma das mãos discretamente na barriga enquanto seguia Sophie pelo corredor.
— Ainda não, eu acebei de concertar o telhado do celeiro. — Ele encostou-se na bancada e observou a loira desembrulhar o prato e coloca-lo no microondas. — Como Joy está?
— Voltou as aulas hoje. — Ela abriu as portas do armário, observou as louças e pegou um prato.
— Fico mais aliviado em saber que ela conseguiu. — Joe sorriu fraco.
— Camila disse que ela se saiu muito bem e que os colegas de classe foram muito gentis com ela. — Ele assentiu e eles ficaram em silêncio por alguns instantes. — Joy está preocupada com você e eu também, Joe. Faz uma semana e você não procurou ninguém para falar sobre isso, nem mesmo Mike! O que está se passando pela sua cabeça? — Sophie se importava e doía um pouco saber disso, Joseph sabia que ela ainda o amava. Separar-se dela foi a decisão mais difícil que precisou tomar, mas não se arrependia. Ela merecia alguém que pudesse ama-la sem reservas e ele não era essa pessoa! Não seria justo mentir e ele não mentia para ninguém.
— Tia Julie me ligou hoje e disse que não podemos mais adiar o dia da leitura do testamento. Isso está me matando! Eu não quero saber quanto de dinheiro ele deixou ou quem vai ficar com as propriedades dele, acreditar que ele morreu é difícil. — O toque do microondas fez com que Joe fosse buscar o prato e Sophie pensou na situação que ele descreveu, ela queria muito ajuda-lo.
— Entendo que não queria passar por isso, mas sua tia só está tentando cumprir a vontade do seu pai. Talvez fosse melhor acabar com isso de uma vez, não acha? Assim você poderá ter um pouco de paz. — Joe sentou-se de frente com ela e pegou os talheres para comer. — Quando ela quer fazer essa leitura?
— Amanhã cedo.
— Posso ir se quiser. — Ele deu uma garfada e saboreou o macarrão enquanto Sophie o observava.
— Agradeço pelo apoio, mas sei que começou no novo emprego recentemente e não quero te causar problemas. — Ela ia falar algo, mas acabou sendo interrompida por Joe. — Hum... está delicioso!
— Ao menos chame alguém, o.k?
— O.k. — Joe assentiu.
— Você promete que vai chamar o Mike? — Sophie sustentou o olhar dele com o seu.
— Eu chamo todos se isso te deixar mais tranquila! — Ele riu e ela balançou a cabeça rindo logo depois.
— Não seria má ideia, eles querem mesmo ver você.
— Está falando sério?
— São seus amigos, claro que eles estão preocupados e querem te ver. — Joseph deu mais algumas garfadas e pensou por algum tempinho.
— Vou convidá-los para um café da manhã. O que acha?
— Uma ótima ideia. — Ela sorriu.
— Só você mesmo para me colocar de volta nos trilhos. — Sophie alcançou uma de suas mãos na mesa e apertou-a demonstrando apoio.
— Sabe que pode contar comigo sempre, não sabe?
— Claro. Obrigado! — Ele depositou um beijo nas costas da mão dela e sorriu fraco. Eles permaneceram em silêncio até o celular de Sophie tocar, ela recolheu sua mão e pegou o aparelho que estava no bolso.
— Joy. — Ela atendeu e colocou no viva voz. — Oi meu amor!
— Mamãe, aconteceu alguma coisa? A senhora está demorando.
— Está tudo bem, estou com o seu pai.
— Não deveria estar na cama, mocinha? — A garota riu.
— Oi papai é tão bom ouvir sua voz! Como o senhor está?
— Estou bem, filha. — Ele fez uma pausa para mastigar. — Mamãe trouxe meu jantar e fiquei sabendo que foi ideia sua. É verdade? — Brincou.
— Digamos que foi uma ideia conjunta. Gostou?
— E tem como não gostar de algo que envolva comida? — Joy riu novamente.
— Não, não tem como não gostar.
— Filha, eu já estou indo. O.k? Não precisa me esperar acordada.
— Mas mãe eu não estou com sono, posso te esperar. — A garota disse de forma manhosa e dava para ouvir perfeitamente o som da televisão do outro lado da linha, Joy era uma grande fã de séries. Se Sophie ou Joseph deixassem, ela maratonava inúmeras temporadas sem pausa!
— Obedeça sua mãe, querida.
— Tá bom, tá bom... estou indo! Boa noite.
— Boa noite, filha. — Os dois disseram em uníssono e desligaram.
— É melhor eu ir, está tarde. — Sophie levantou-se e espreguiçou-se esticando os braços para o alto. — Vai ficar bem aqui sozinho?
— Pode ir tranquila. — Joe levantou-se e colocou o prato vazio na pia. — Obrigado pelo jantar!
— Ah, não foi nada. — Eles caminharam juntos até a porta.
— Vou pedir para Mike trazer Joy amanhã cedo. O.k?
— O.k, eu vou avisá-la. — A porta foi aberta e Sophie deu um passo para frente. — Tenha uma boa noite, Joseph. — Ela despediu-se dele com um abraço e um beijo na bochecha que foi retribuído. — Tente dormir.
— Eu vou tentar. — Ele disse após partir o abraço. — Tenha uma boa noite você também.
— Obrigada. — Ela sorriu e Joseph encostou-se no batente da porta observando Sophie entrar no veículo e dar partida. Quando ela alcançou o arco de saída, buzinou duas vezes e acenou tendo o aceno também retribuído por Joseph.
O silêncio se fez presente novamente quando Joseph adentrou em casa, ele apagou as luzes e voltou para lavar seu prato. Seu coração apertou ao lembrar-se que antes eram dois pratos, dois garfos, duas facas e nos finais de semana, duas garrafas de cerveja! Paul não abria mão de uma boa cerveja e de música country no rádio, mas agora só havia tristeza e um silêncio inquietante por todos os cantos. Joe subiu para o quarto assim que terminou, seus olhos percorreram o quarto e ele encontrou o celular jogado no criado mudo carregando. Ele sentou-se na cama, desbloqueou o aparelho e foi diretamente no aplicativo de mensagens para falar com seus amigos:
Depois de mandar as mensagens, Joseph colocou o aparelho de lado e levantou-se para pegar os cobertores; sua cama já estava arrumada para dormir. Colocando os cobertores na cama, ele foi até o banheiro para escovar os dentes e lavar o rosto. Abrindo o armário do banheiro, Joe encarrou alguns frascos de remédio e pegou um deles, talvez devesse tomar um para dormir e ele assim fez. Caminhou de volta para o quarto, vestiu o pijama e deitou-se na cama. Sempre grande demais para uma pessoa! Ele fechou os olhos e esperou pacientemente pelo sono, mas enquanto isso seus pensamentos se voltaram para o rosto que viu no meio da multidão na igreja.
Joseph ouviu o barulho da porta do quarto ser aberta e abriu os olhos sonolento, ele estava quase dormindo! Quem poderia ser? Ele virou-se e assustou-se ao ver uma figura pequena coberta por um cobertor grosso de frio. Pensou estar vendo coisas, mas ela se aproximou e abaixou-se perto dele o suficiente para encarra-lo, os olhos castanhos brilhando por lágrimas. Lágrimas?
— Joe. — Demi o chamou baixinho. — Está acordado?
— Agora sim. — Joe sentou-se na cama. — Algum problema? Eu me lembro muito bem de ter inspecionado seu quarto e não tinha nenhum bicho lá. — Já fazia algum tempinho desde que Demi e sua mãe haviam se mudado, mas ele pouco falava com ela e por isso era estranho ela estar ali. A única vez que Demetria precisou dele foi para matar uma barata e ela nem era tão grande assim para tamanho escândalo!
— Eu posso me deitar aqui com você? — Ele arregalou os olhos.
— Algum problema com sua cama?
— Eu não quero ficar sozinha. Entendeu? — A voz embargada dela o despertou por completo e ele cedeu espaço na cama para ela. Os dois ficaram deitados um de frente para o outro, Joseph colocou algumas mechas teimosas de cabelo atrás da orelha dela e Demi abriu os olhos olhando para ele de um jeito amável como nunca havia feito antes.
— Ei! Você está bem? — Joe perguntou preocupado com o silêncio dela.
— Me desculpe por ser um pé no saco, você parece ser um garoto muito legal. — Ele riu baixo.
— Tudo bem, Demi. — Ela secou uma lágrima solitária que escorreu por sua bochecha. — Eu imaginei que toda essa sua rebeldia fosse apenas para provocar Dianna.
— É complicado de explicar.
— Não precisa me explicar nada.
— Eu só queria que alguém se importasse comigo.
— Jura? E eu?
— Você?
— Eu me importo! — Joseph disse um pouco alto e depois acabou levando uma das mãos até sua boca, Demi acabou rindo baixo dele.
— Você é um desastre.
— Ei, você está na cama do desastre! Mais respeito. — Brincou ele. — Mas falando sério, eu me importo e quero muito ser seu amigo.
— Está falando sério?
— Não sei por quantas casas você passou ou quantas pessoas te trataram mal por isso, apenas tenha em mente que eu não sou como elas. O.k? Somos filhos únicos e sabemos como pode ser solitário, mas agora podemos ser nós ao invés de eu. — Demetria não respondeu e nem precisou, ela apenas o abraçou forte. Joseph sorriu e afagou as costas dela, eles permaneceram em silêncio apenas com o barulhinho da chuva batendo na janela e acabaram adormecendo juntos. Joseph nunca soube ao certo o motivo exato de Demetria ter aparecido aquela noite, apenas soube que precisava cuidar dela e daquele dia em diante, ela apareceu em seu quarto muitas vezes ao longo dos anos que morou lá.
Joseph lutou para abrir os olhos e despertar daquelas lembranças, mas eles estavam tão pesados e entregue ao sono que ele apenas deixou se levar e acabou adormecendo.
--
peço desculpa pela demora, tive problemas e infelizmente o capítulo atrasou.
espero que tenham gostado! ah e relevem qualquer erro, o.k? eu tentei postar ele inúmeras vezes mas meu notebook não colaborou. (o safado achou que ia me tombar, mas não me tombou!!!)
trago as respostas no próximo e dessa vez vou cumprir, sério.
obrigada por serem tão pacientes comigo sz
espero que tenham gostado! ah e relevem qualquer erro, o.k? eu tentei postar ele inúmeras vezes mas meu notebook não colaborou. (
trago as respostas no próximo e dessa vez vou cumprir, sério.
obrigada por serem tão pacientes comigo sz