08/03/2019

You are my destiny: Capítulo 11 - Signals


jonas brothers voltou e eu também!


O amor é um jogo cruel, a não ser que você o jogue bem e direito. 
— Taylor Swift


UM MÊS DEPOIS
CASA DA DEMETRIA, 09:00

          A vida é uma caixinha de surpresas e Demi descobriu isso durante cada dia que se seguiu desde que a verdade sobre seu retorno apareceu na televisão. Lewisville era uma cidade pequena, logo todos ficaram sabendo e facilmente alguém era visto comentando o caso em alguma esquina! Consequentemente os antigos moradores se lembraram de que se tratava da mesma garota que escandalizou todos anos atrás após uma tentativa de suicídio e para Demetria aquele lugar tornou-se impossível de se viver. Durante esse momento difícil seus amigos se revelaram ser verdadeiros anjos! Eles apareciam diariamente para dar apoio e tirá-la de casa, era melhor encarrar os olhares e fofocas do que fingir que aquilo não estava acontecendo. Não foi uma tarefa fácil, mas depois de um tempo as pessoas simplesmente se cansaram de falar, pois ela ignorava e não se importava, então já não tinha mais "graça". Uma pessoa que ajudou muito também foi Jesse, ele apareceu apesar de tudo que ouviu falar sobre ela e ganhou total confiança de Demetria. Foi como se tudo aos poucos fosse se encaixando e Demi sentiu-se plenamente feliz para se permitir viver novas experiências.

          As cortinas do quarto balançaram por causa da brisa matinal que soprou pela janela e os raios de sol oscilarão sobre o casal que ainda dormia na cama. Jesse acordou primeiro, ele olhou para o relógio no criado mudo e fez uma careta por saber que era apenas uma questão de tempo até precisar ir trabalhar. As coisas haviam ficado bagunçadas para ele no últimos dias! Estar com Demi mudou completamente sua rotina e uma mudança assim depois de tanto tempo causava certo impacto. Os horários, por exemplo, ele havia se atrasado muitas vezes por acordar tarde e dormir demais, seu pai ficava furioso. Pensar nas mudanças o fez rir baixo, antes de Demetria ele quase não saia por estar trabalhando ou ajudando seu pai, agora ele sentia que tinha uma vida e queria aproveitar ao máximo com a pessoa que lhe proporcionou tal liberdade. Demi sentiu a luz do sol no rosto e fez uma careta escondendo o rosto no peito nu de Jesse, ele inclinou-se depositando um beijo no topo de sua cabeça.

— Hora de acordar, dorminhoca. — Ele afagou-lhe as costas.
— Mais cinco minutos. — Resmungou.
— Guarde esses cinco minutos para me beijar antes de eu ir embora. — Brincou.
— Tudo bem, eu já estou acordada. — Demi sentou-se na cama e esticou os braços espreguiçando-se sem se importar com sua nudez. — Bom dia. — Ela disse virando-se para cumprimenta-lo. A visão de uma Demetria sorridente e levemente descabelada sob o sol, era uma verdadeira obra de arte! Jesse tinha um bom olhar artístico, ele era secretamente um amante de pintura e mordeu o lábio pensando em pedir permissão para fazer um esboço dela.
— Ótimo dia, amor. — Ele sorriu e viu a expressão dela mudar por alguns instantes. Demi sentia-se desconfortável com certos apelidos carinhosos e isso era algo que ele precisava aprender, pois isso não trazia boas lembranças para ela. — Me desculpe, eu esqueci de novo.
— Está tudo bem. — Demetria deitou-se ficando de frente com ele. — Tudo é questão de costume, não é mesmo?
— Sim, eu prometo que vou aprender.
— Eu sei que vai, Jesse. — Ela lhe deu um selinho e sorriu.

— Dormiu bem?
— Sempre durmo bem quando você está aqui. — Demi comentou. — Sinto que estou sendo mimada.
— Se depender de mim você vai ser muito mimada! — Jesse lhe deu uma piscadinha.
— Eu queria retribuir na mesma proporção tudo o que você faz por mim. — Disse sem conseguir conter um suspiro. O rapaz sabia bem do que ela estava falando e ficou pensativo alguns instantes. Dias atrás ele havia lhe pedido em namoro, felizmente foi algo privado e isso tornou a situação um pouco menos "constrangedora" já que Demi não aceitou. Jesse não ficou chateado, eles conversaram e ele entendeu perfeitamente o lado dela! Demetria queria estar com ele e isso era um fato incontestável, ela só não estava pronta para rotular a relação deles. Ela queria estar mais confiante consigo mesma para fazer isso e estava tudo bem, seria no tempo dela e até lá eles deixariam as coisas acontecerem naturalmente.
— Demi, você não precisa ficar remoendo o que aconteceu. O.k? Não tem problema em não rotular nossa relação e deixei claro que isso não me faria gostar menos de você. — Jesse acariciou-lhe uma das bochechas com o polegar.—  Eu estou aqui com você e não me imagino estando com mais ninguém! Você não precisa sentir necessidade de retribuir isso ou aquilo para compensar alguma coisa, eu nunca vou questionar alguma decisão sua sabendo que é para o seu bem. — Demi sentiu os olhos arderem de tamanha emoção que as palavras dele lhe causaram. Como podia existir homens tão bons e ao mesmo tempo homens tão ruins nesse mundo? Ela sentia-se sortuda por tê-lo encontrado em um momento tão difícil e complicado da vida! Jesse era um verdadeiro tesouro.

— Obrigada. — Demi o abraçou.
— Eu gosto de você. — Ele disse ao pé de seu ouvido e beijou-lhe a bochecha. — Muito. Muito. Muito. Muito! Eu gosto muito de você. — Eles permaneceram abraçados por alguns instantes até Jesse partir delicadamente o abraço e levantar da cama; ele vestia apenas uma cueca.
— É reciproco e você sabe. — Ela sorriu ainda deitada e piscou para ele.

— Vou fazer o café. Algum pedido especial? — Demi sentou-se na cama e ficou pensativa alguns instantes.
— Vou deixar você me surpreender.
— Você não se cansa mesmo de surpresas, né?
— Não, desde que elas sejam boas. — Ela deu de ombros e riu.
— Eu volto já! — Jesse sorriu e Demi mandou um beijo no ar para ele que fez dramaticamente um gesto de quem o pegou desaparecendo pelo corredor instantes depois.

          Demetria suspirou sentindo o coração bater acelerado no peito, ela levantou-se para fazer sua higiene matinal e assustou-se pela bagunça que estava seu cabelo! Ela riu consigo mesma imaginando como Jesse conseguia ver beleza naquele estado de caos. Enquanto penteava os cabelos acabou por relembrar o primeiro encontro deles e em como ele pareceu simplesmente o cara perfeito desde o primeiro instante! Jesse estava se saindo muito bem na tarefa de conquista-la e parte dela encheu-se de esperança de que um dia ela conseguiria chama-lo de "meu namorado".


          Para o primeiro encontro Jesse levou Demetria em um restaurante com mesas ao ar livre, eles sentaram-se na melhor mesa e foram privilegiados com um belo pôr do sol refletindo nas água do Lewis Lake. Demi não ficou sem palavras durante algum tempo, ela havia passado tempo longe o suficiente para esquecer a beleza daquela cidade! Em momentos assim ela sentia-se grata por estar de volta.

— É lindo, não acha? — Demi desviou os olhos da paisagem para Jesse e percebeu que ele já estava olhando para ela; o rapaz sorriu levemente corado.
— É um dos meus lugares favoritos e imaginei que fosse gostar.
— Obrigada pelo convite, eu estava mesma precisando de algo novo. — O garçom apareceu para entregar os cardápios e perguntar sobre as bebidas, Jesse recomendou que Demi provasse a cerveja artesanal do lugar e ela aceitou.
— Confesso que estava ansioso por esse momento.

— Você não costuma sair muito? — Demi colocou o cardápio de canto na mesa e olhou diretamente para ele; Jesse fez o mesmo com o seu e olhou para ela sorrindo.
— Algumas mulheres não gostam de homens sujos. — Jesse brincou mostrando suas mãos manchadas de graxa! Por mais que ele lavasse, era difícil de retirar aquela coloração escura dos dedos e o máximo que ele conseguia retirar o cheiro.
— Você sempre quis trabalhar com carros? — A pergunta o deixou pensativo por alguns segundos.
— Sempre quis estar com as mãos sujas, mas nada que envolvesse veículos. Eu queria mesmo era ser pintor! Sou um verdadeiro amante de arte.

— Sério?
— Sim, eu sou capaz de desenhar ou pintar qualquer coisa. — O brilho nos olhos dele transpareceu a paixão descrita por ele.
— E como um artista vai parar embaixo de carros?
— É uma longa história.
— Veja que sorte, eu tenho a noite toda para ouvir. — Demetria sorriu e ele assentiu rindo baixo.

— Eu nasci e fui criado pelos meus pais nessa cidade até os quatro anos. Eles se separaram no meu aniversario de cinco anos, literalmente no dia do meu aniversário e fui morar com minha mãe. Ela sempre cuidou muito bem de mim, mas foi difícil crescer sem um pai e ter homens constantemente passando pela vida sem ficar! O que posso dizer? Mamãe teve muitos namorados. — A bebida chegou juntamente com a comida e eles agradeceram. — Isso me deixou muito bravo e passei a me comportar de um jeito que tornou a vida dela um verdadeiro inferno! Ela acabou por não aguentar minha rebeldia e tomou uma decisão que nunca pensei que ela fosse tomar.
— Deixe-me adivinhar... — Demi disse ao bebericar o copo de cerveja. — Ela te mandou de volta para cá?
— Sim, eu tinha uns dezesseis anos e vim morar com o meu pai que me visitou pouquíssimas vezes. Foi estranho no começo, nós não nos conhecíamos muito bem e levou um tempo até que me acostumasse com ele. Meu pai se mostrou uma pessoa muita boa e paciente comigo, ele me deu um trabalho e isso me fez criar responsabilidade. Somos nós dois desde então, ele nunca me proibiu de pintar ou de ir atrás do meu sonho de viver de arte, mas deixá-lo aqui sozinho nunca foi uma opção. Eu não sei se você entende, mas sabe quando você ama muito uma pessoa e não quer deixá-la? — A imagem de Joseph pairou em sua mente e Demi sentiu-se um pouco perturbada já que fazia uns dias que eles não se falavam. — Não quis arriscar perdê-lo ou jogar para o alto uma boa relação de pai e filho que levou anos para ser construída.
— Eu entendo, Jesse. — Demetria segurou-lhe a mão na mesa e apertou de leve demonstrando apoio. — E sua mãe, vocês ainda se falam?
— Sim, eu fiz questão de me desculpar quando percebi que estava errado e que ela só estava tentando fazer o melhor para nós. Hoje conversamos todos os dias por telefone e ela está bem, feliz por ter se casado novamente! Visito ela uma ou duas vezes por mês.
— Eu fico feliz por vocês terem uma boa relação.

— E você, tem uma boa relação com seus pais? — Demi recolheu sua mão educadamente e comeu um pouco antes de falar, ela precisava pensar nas palavras e usa-las com cuidado para não remoer nada de ruim que aconteceu no passado.
— Meus pais não tiveram nada sério e minha mãe me criou praticamente sozinha, eu não levo em consideração as casas por onde passamos. Conheci pessoas boas, mas conheci muitas pessoas ruins nessa loucura toda e a melhor coisa que me aconteceu foi pararmos aqui! De tantos caras idiotas que minha mãe namorou, Paul foi um anjo que caiu do céu e ele foi o relacionamento mais longo que ela teve com alguém. — Demetria sorriu ao se lembrar dele. — Ele nos deu um lar e uma família, eu sempre o considerei um pai. Você provavelmente deve ter ouvido minha história, né? — Jesse assentiu e olhou por alguns instantes as letras que cobriam as cicatrizes que ela carregava nos pulsos. — Minha mãe me levou embora e até eu conseguir me livrar da nossa relação tóxica, ah... levou muito tempo! Juro que pensei que não fosse conseguir, mas deu tudo certo e construí uma vida saudável longe dela. Minha mãe sempre foi uma pessoa complicada e meu pai biológico um bônus, sabe? Eu sempre quis acreditar que as pessoas pudessem mudar e que fazer maldades fosse consequência de uma vida difícil, mas nada justifica crueldade. Eles foram e são assim por escolha! Hoje eu não falo com eles e antes doía em mim, mas é algo com o qual me conformei. Nós escolhemos nossa família e a minha está aqui com Joseph e meus amigos. Eles são tudo pra mim!
— Quanto mais eu te conheço, mais te admiro. — Jesse disse após algumas garfadas no prato.

— Está me deixando sem graça.
— Você é uma mulher muito forte! Eu conheço pessoas que tiveram uma vida muito difícil e que acabaram se tornando más por causa disso. Você passou por um verdadeiro inferno e teve razões o suficiente para ser a pior pessoa do mundo, mas escolheu ser boa.
— Isso é verdade. — Demi respondeu sorrindo de leve.

— Um brinde a ser bom? — Ele levantou o copo.
— Um brinde a ser bom. — Ela deu risada e bateu o copo ao dele.
— Eu espero ser parte de algo novo e especial na sua vida.
— Você já é especial, Jesse.


          Pensar naquela noite arrancou suspiros de Demi, ela não se lembrava de ter se divertido tanto em um encontro antes! Eles conversaram bastante e depois caminharam de mãos dadas pela beirada do lago; Jesse era muito romântico. Tanto que ele só aceitou o convite de "entrar na casa" depois do segundo encontro, eles já se conheciam bem o suficiente e foi uma noite e tanto aquela! Lembrar-se dos beijos, caricias e da pele quente dele contra a sua lhe causou deliciosos arrepios pelo corpo. O susto veio quando os braços dele envolveram sua cintura e ela riu olhando para ele através do espelho, naquele momento Demi admitiu para si mesma que eles formavam um lindo casal.

— Você me assustou.
— Eu te chamei duas vezes e quando entrei você parecia estar "longe". — Jesse lhe deu um beijo na bochecha. — Estava se admirando no espelho? Eu não te culpo, você é realmente muito linda. — Demi riu.
— Não é nada, bobo. Eu estava apenas me lembrando de algumas coisas. — Ela virou-se para ele sorrindo.

— Hummm.... é sobre mim?
— Será que devo dizer? — Demi arqueou uma das sobrancelhas pensativa e ele deu um passo adiante tornando o pequeno espaço entre eles se tornar inexistente.
— Eu posso ter formas bem persuasivas para te fazer falar. — Ele respondeu com aquele tom de voz sexy que Demi tanto amava e por mais que quisesse resistir, acabou por morder os lábios.
— É mesmo? Me mostra. — Ela respondeu no mesmo tom e Jesse sorriu inclinando-se para beijá-la. O ronco que veio do estômago de Demi foi tão alto que acabou por cortar o clima e os dois acabaram se entreolhando e rindo!

— Eu já trouxe o café. Está com fome? — Ele perguntou tentando conter o riso.
— Sim, muita fome! — Ela admitiu um pouco envergonhada.
— Então venha, vamos comer. — Jesse piscou para ela e segurou-lhe uma das mãos enquanto saiam do banheiro juntos.

****

          Após o café da manhã, Jessie arrumou-se para ir embora e Demi aproveitou para tomar um banho rápido; ela pegaria carona com ele até o centro da cidade para fazer algumas comprinhas. Ela arrumou-se em poucos minutos de forma casual e Jesse observou atentamente, aquela cena era algo com o qual ele podia se acostumar sem esforço algum! Eles saíram juntos e Demetria colocou o capacete rosa com certa animação, ela adorava andar de moto com ele. O caminho da casa dela não era mais que quinze minutos, mas Jesse aproveitou as ruas desertas para acelerar mais um pouco e fazer sua amada gritar pela adrenalina. Pouco tempo depois ele estacionou e Demi desceu rindo pela pequena bagunça que o capacete fez em seu cabelo, ela se irritava um pouco no começo, mas acabou se acostumando.

— Está melhor? — Perguntou para Jesse após dar uma ajeitada em seu coque e ele retirou o próprio capacete para olha-la.
— Está linda! — Demi sorriu.
— Obrigada pela carona.
— Achei que tivéssemos passado da fase dos agradecimentos. — Brincou.

— Ah, então você não quer um beijo de agradecimento? — Ela arqueou uma das sobrancelhas e Jesse fez careta.
— Você sabe mesmo pegar o ponto fraco de alguém, né?
— De alguém? O seu, querido. — Riu e lhe deu um beijo de despedida.
— Eu te ligo mais tarde, o.k?

— Acho que até lá vou ter um celular em mãos. — Demi disse animada.
— Já tem meu número e pode me mandar uma mensagem quando conseguir baixar seus aplicativos.
— Eu vou mandar. — Ela sorriu. — Tenha um bom dia no trabalho!
— Divirta-se fazendo compras. — Ele lhe deu uma piscadinha e colocou de volta o capacete. Demetria acenou enquanto ele se afastava na moto e ele buzinou algumas vezes para ela atraindo alguns olhares.

          Demetria não ficou ali parada por mais tempo, ela tratou de ir em algumas lojas dar uma pesquisada no preço de um bom aparelho celular e acabou por comprar na terceira loja de eletrônicos que entrou. Ela pagou sem precisar parcelar e isso lhe deixou muito feliz! Finalmente sua vida financeira estava entrando nos eixos e ela era muito grata por Ariana ter lhe dado uma oportunidade de trabalho. Enquanto saia da loja, Demi pensava nas roupas que precisava comprar tanto que acabou se distraindo por alguns instantes e esbarrou com alguém na calçada.

— Sinto muito, me desculpe... DEMI! — Joy disse sorrindo e logo lhe cumprimentou com um beijo na bochecha.
— Oi Joy, tudo bem? — Ela sorriu.
— Estou bem e você? Faz tempo desde a última vez que nos vimos.
— Estou bem. — Demi colocou uma das mechas rebeldes de cabelo atrás da orelha. — Me desculpe por estar sumida, eu tenho estado bem ocupada.
— Sim é claro, namorando aquele bonitão. — Ela abriu a boca para dizer alguma coisa, mas estava tão envergonhada que acabou por não dizer nada por alguns instantes.

— Você veio sozinha?
— Não, eu vim com meu pai. — Joy explicou segurando inúmeras sacolas. — Ele está bem ali. — Apontou e Demi olhou tendo certa dificuldade de encontra-lo. Joseph estava usando chapéu, óculos escuros e camisa xadrez, aquela roupa típica de quem vive na fazenda. Ele estava conversando com uma mulher bonita e segurava-lhe a mão enquanto anotava algo na palma da mesma! A atitude dele impressionou Demetria.

— Ele faz isso sempre? — Riu baixo.
— Não, mas digamos que ultimamente a vida dele tem sido bem movimentada.
— Mesmo?
— Sim, cada dia ele sai com alguém diferente.
— Você não se importa com isso?
— Não, ele precisa alguém legal e nunca me perdoaria por interferir nisso. — Joy suspirou.
— Ele me disse uma vez que se sentia muito sozinho, eu só não imaginava que fosse nesse sentido. — Demetria sentiu algo dentro dela revirar e doeu de uma forma como ela nunca sentiu doer antes! O que seria aquilo?

— Papai precisa de uma namorada e eu ficaria feliz se ela fosse alguém como você.
— Alguém como eu? — Ela arregalou os olhos e riu.
— É você é legal! Sem contar que conhece o papai muito bem. Você não imagina como é ter que aturar uma dessas mulheres em casa que não se dão ao trabalho de conhece-lo direito. — Joy revirou os olhos. — E lá vem ele! Não é por nada não, mas eu acho meu pai um homem bom demais para sair com certas mulheres aqui da cidade. É claro ver que é apenas pela aparência ou até mesmo pelo dinheiro e isso é muito triste, ele sabe disso e acho que é o motivo dele não ter "apresentado" nenhuma oficialmente como namorada. — Joseph ainda estava consideravelmente longe delas, mas Demi percebeu que ele atraia todos os tipos de olhares vindo de ambos os sexos. Ele retirou o chapéu, os óculos e sorriu ao vê-la, Demetria deixou um suspiro escapar e se deu conta naquele momento que Joe havia se tornado um homem muito atraente!

— Oi sumida, tudo bem? — Ela sorriu e recebeu um abraço apertado e um beijo estalado na bochecha. Mesmo quando Joe partiu o abraço, seu cheiro ficou impregnado nela! O perfume que ele usava era muito bom, isso ela não podia negar.
— Eu estou bem e você? — Perguntou.
— Ah, eu estou bem. Novidades? Faz tempo que não nos vemos e sinto sua falta. — O modo como a voz dele suavizou ao falar as últimas palavras fez o coração de Demi acelerar, ela partilhava do mesmo sentimento e as vezes sentia que estava sendo negligente com Joseph por não ser uma amiga presente. Joe havia passado por muita coisa e talvez estar saindo com tantas pessoas diferentes fosse apenas uma distração para mascarar algum sentimento que ele escondia e ela temia que fosse dor! Ela mais do que ninguém sabia como era sufocante sofrer calada por algo ou alguém.

— Se eu fosse falar tudo, você provavelmente ficaria aqui comigo por horas.
— Eu não me importaria. — Joy olhou do pai para Demi com certa expectativa e acabou por revirar os olhos pela falta de iniciativa.
— Ele está livre essa tarde, não que eu tenha algo com isso. — A garota deu de ombros. — Não é mesmo? — Ela encarrou o pai e Joe assentiu um pouco corado.
— Sim, é... você gostaria de tomar um café comigo?
— Eu adoraria! — Demi sorriu. — Vai ser uma ótima oportunidade de colocarmos o papo em dia. Nos encontramos aqui?
— Sim. 14:30 está bom?
— Parece perfeito. — Ambos sorriram.

— Precisamos ir agora, ele precisa me levar na casa da Tia Zara.
— Você e Zara conversaram? — Zara ainda não havia entrado em contato com Demetria e parte dela já estava até perdendo qualquer tipo de esperança.
— Não, mas ela aceitou ajudar Joy com um projeto da escola. Eu vou até lá e ver se consigo alguma coisa, o.k? — Joe tocou-lhe o ombro demonstrando apoio e ela assentiu. — Não desista, o.k?
— O.k, boa sorte. — Eles se despediram.
— Obrigado. Vejo você mais tarde! — Joe piscou para ela e Demi assentiu.

— Quando for apresentar meu projeto, eu quero que você vá assistir. Você promete ir? Significa muito pra mim. — Joy perguntou segurando uma das mãos de Demetria e ela assentiu.
— Eu prometo que vou, Joy.
— Ah, muito obrigada! — Ela abraçou Demi e sorriu despedindo-se dela. — Meu pai te passa os detalhes depois, o.k? Tchau.
— Tchau, anjo. — Demetria sorriu e acenou enquanto eles se afastavam, Joseph virou-se uma última vez para olha-la e sorriu fazendo-a sorrir também. Ele seria capaz de arrancar qualquer coisa dela!


          A cada passo que dava para longe dela Joseph sentia seu coração bater acelerado, ele sentia que precisava parar e respirar fundo antes de perder o controle. Já havia se passado um mês desde que havia seguido o concelho de Sophie e por mais divertido que tenha sido conhecer novas mulheres, ele percebeu que isso aumentava cada vez mais seu desejo de estar com Demetria. Quando ele estava em um encontro, imaginava como seria se fosse com ela e tantas outras situações que ele não podia enumerar! Céus, ele só queria tomar as rédeas do próprio coração e fazê-lo se acalmar. O caminho até o apartamento de Zara foi bastante animado e felizmente ajudou Joseph a tirar um pouco do foco em seus sentimentos e mantê-lo na garota. Ela estava empolgada e parte dele já estava curiosa para saber do que se tratava esse "grande projeto" escolar! Joy pegou as sacolas rapidamente e saiu correndo de forma desajeitada para segurar o elevador, Joe balançou a cabeça e alcançou a filha ajudando-a com as sacolas. Em pouco segundos eles estavam no vigésimo andar tocando a campainha do apartamento de Zara e pela primeira vez desde que eles adentraram no prédio, Joseph sentiu-se nervoso. Fazia mais de um mês que não falava com Zara e eles nunca haviam passado tanto tempo sem se falar! A porta abriu de repente o despertando de seus pensamentos e ele pôde ver a expressão de surpresa no rosto da loira ao vê-lo ali.

— TIA! — Joy disse alto e abraçou Zara.
— Oi meu anjo, tudo bem? — A loira retribuiu o abraço e sorriu afastando-se para olhar a garota. — Céus, você cresceu bastante! Parece até que fiquei anos sem vê-la. — Disse verdadeiramente impressionada.
— Estou bem e você? — Perguntou sorrindo. — Ah, só alguns centímetros. Eu vou ser baixinha igual meu pai! — Sophie era alguns centímetros mais alta que Joseph e isso sempre era motivo de brincadeira por parte de alguém. Zara o olhou por alguns instantes e riu da comparação feita por Joy, ela não estava dizendo nenhuma mentira.
— Muito engraçadinha. — Joe fez careta. — Onde posso colocar as sacolas?
— Aqui no canto, depois eu mesma levo para dentro. — "O.k, ela não me quer dentro da casa dela." Joseph pensou e colocou as sacolas onde ela havia indicado.

— Me liga quando terminarem e eu te busco, o.k?
— O.k, papai. — A garota assentiu e despediu-se dele. — Até mais tarde! — Ela sorriu e adentrou levando as próprias sacolas consigo.

— Se você me der licença... — Zara deu um passo para trás para fechar a porta, mas Joseph segurou impedindo-a de fechar e suspirou.
— Zara, eu sinto sua falta.
— Sério? Não é o que parece. — Ela disse com certa ironia na voz. — Desde que Demi chegou as únicas pessoas que vieram aqui foram Camila e Niall, o resto nem se deu o trabalho de mandar uma mensagem para saber se estou viva! Mas olha bem pra mim, acha que estou surpresa? Acha mesmo que me surpreendo que vocês me troquem assim tão fácil? — Zara arqueou uma das sobrancelhas e riu. — Não, eu não me surpreendo. Quando ela chegou foi assim também, de repente tínhamos um membro novo no grupo e tudo era as mil maravilhas! O problema é que Demi tomou um espaço grande demais na vida de vocês tão grande que não sobrou muito pra mim. Eu nunca reclamei ou disse nada antes, pois me sentia privilegiada demais tendo uma família que me amava e fazia tudo por mim, quando tinha ela que nem isso tinha direito e sofria muito! Eu me sentia horrível em querer cobrar uma atenção de vocês e pensava "Poxa, ela precisa mais disso." Mas não é desculpa, não justifica excluir alguém e nem sentir falta dela ali. Se algum dia eu dei a impressão que de gosto de ficar sozinha, não passava de uma mentira para não ser taxada de egoísta por cobrar algo e ainda correr o risco de perder os únicos amigos que tive durante toda a minha vida! Me desculpe se não acredito em você, mas não quero passar por isso tudo de novo e ainda ter que recolher os caquinhos do seu coração.
— Zara, eu estava envergonhado demais para aparecer antes e imaginei que você precisava de tempo para processar tudo. Eu não sabia que você se sentia assim e gostaria que tivesse me contado antes, não fizemos nada disso com você intencionalmente. O.k? Eu nunca machucaria você e tenho certeza que nossos amigos também não.

— Você já fez isso quando escolheu aceitar ela de volta.
— Não se trata de escolher alguém, Zara!
— Se trata de escolher ficar ao lado de pessoas que te fazem bem, Joseph! E você escolheu estar ao lado dela e olhe só pra você, está sofrendo tanto quando antes.
— Isso não é verdade.
— Não? Olha nos meus olhos e diz que não está doendo. Olha bem pra mim e me diz que não se sente mal por vê-la amando outro cara ao invés de você! Seja convincente e eu retiro o que disse sobre ela.
— Eu não posso fazer isso. — Joe disse após alguns instantes.

— Você é um idiota!
— Eu não escolhi isso! Acha que eu gosto de estar preso nessa situação? Eu podia jurar que não sentia mais nada e que esse sentimento simplesmente havia morrido, mas isso não aconteceu. Não estou na melhor das situações aqui e tudo que eu estou tentando fazer é reduzir os danos e as perdas, Zara. Eu não quero perder você! Nossa amizade significa muito e eu preciso de você.
— Eu não quero ter essa conversa agora.
— Se não quisesse, você nem teria me deixado começar!
— É esse o problema, eu amo você demais para dizer "não". — Zara disse com a voz embargada e as lágrimas vieram sem que ela conseguisse segurar, não tinha como aguentar aquela situação indefinida por mais tempo. Joseph aproximou-se dela com cuidado, tocou-lhe o ombro e acabou por envolvê-la em um abraço apertado. — Que droga, Joseph. — Ela bem que tentou resistir ao abraço e afasta-lo mãos foi em vão, ele não estava disposto a ir embora e desistir dela. Isso era uma das coisas que ela amava e odiava nele ao mesmo tempo, Joseph nunca desistia de ninguém! Para melhor ou pior ele estava ali e era frustrante tentar proteger alguém aqui. Enquanto sentia o afago dele em suas costas e as palavras dele dizendo que a amava tanto quanto ela o amava, Zara se deu conta de que talvez não devesse mais protegê-lo. Talvez aquele fosse o momento de Joseph reconhecer o que estava vivendo e decidir se queria ou não dar um passo adiante, sofrer ou não sofrer, aquela era uma escolha que ela não podia fazer por ele!

— Ei, está melhor? — Joe perguntou partindo o abraço e secando algumas lágrimas silenciosas que insistiam em descer.
— Um pouco, eu só preciso processar nossa conversa.
— Se quiser eu posso ir e voltar depois, o.k?
— Eu desculpo você, mas lavo minhas mãos sobre essa sua questão com Demetria. O.k? Você precisa lidar com isso e lidar com ela; não vou me intrometer ou envolver você numa bolha de proteção. — Joseph assentiu. — Só quero que tenha em mente uma única coisa, talvez você esteja tendo uma segunda chance de dizer o que sente e esteja desperdiçando por medo. Amar é correr riscos e você sabe disso! Se você ama ela de verdade, corra o risco.

— Achei que não fosse se meter. — Joe sorriu fraco.
— Caralho! Você ouviu o que eu disse?
— Sim, me desculpe... eu estou um pouco nervoso.
— Você decide, o.k? É apenas algo que senti que deveria te dizer.
— Obrigado, eu vou pensar nisso.

— Eu quero falar com Demetria, vê-la pessoalmente, mas deixa que cuido disso. Tudo bem? — Joe assentiu novamente. — O.k, eu vou entrar ou Joy vai acabar achando que me esqueci dela. — Eles riram baixinho.
— É melhor mesmo. — Joe sorriu. — Agradeço por ajudá-la.
— Não precisa, eu amo muito essa menina!
— Vamos marcar algo qualquer dia desses, tá bom?
— Pode apostar que sim! Se cuida, hein. — Ela despediu-se dele.
— Você também. — Joe afastou-se e virou-se para trás. — Até mais tarde. — Zara acenou para ele e adentrou no apartamento.


CENTRO DA CIDADE, 14:30

          Demetria chegou na praça no horário marcado e olhou em volta para ver se encontrava Joseph, ela o viu sentado em um dos bancos perdido em pensamentos. O olhar dele estava distante e a expressão em seu rosto denunciava que algo o preocupava, era como se ele estivesse pensando em solucionar algo e não tivesse ideia de como fazer isso! Ela deu a volta, aproximou-se por trás dele e tapou seus olhos com suas mãos. Ele riu baixo, tocou seu braço e disse:

— Sei que é você, Demi.
— Estraga prazeres. — Ela resmungou baixo e tirou as mãos dos olhos dele revelando os olhos cor de mel do amigo. Eles brilhavam de um jeito tão bonito que Demi sentiu-se estranhamente atraída por eles, tanto que alguns instantes se passaram até que Joseph se levanta-se e ela voltasse sua postura normal.

— Por um breve momento achei que não viria.
— Eu te avisaria caso isso acontecesse. — Ela lhe deu um tapinha no ombro e sorriu. — Boa tarde.
— Boa tarde. — Ele retribuiu o sorriso igualmente.
— Então, onde vamos?
— Permita-me te mostrar. — Joseph lhe ofereceu um dos braços e ela enlaçou o seu ao dele antes deles caminharem juntos. Nenhum dos dois disse uma única palavra até chegarem a cafeteria e livraria que ficava em uma das ruas perto da praça, Demi sentiu-se nostálgica ao entrar ali e não conseguiu conter o sorriso ao lembrar-se que o primeiro emprego de Joe havia sido ali.

— Não acredito que esse lugar ainda existe.
— Dizem que certas coisas o vento leva, mas esse lugar é prova de que isso não é verdade. — Ele piscou para ela.
— Ainda vem com frequência aqui?
— Não, estou dando espaço para os mais jovens. — Brincou. — Mas estaria mentindo se dissesse que não continua sendo meu lugar preferido na cidade. — Uma garçonete apareceu entregando-lhes um cardápio repleto de opções e ambos embarcaram no silêncio novamente enquanto escolhiam seus pedidos.

— Eu me lembro de você me trazer aqui para um primeiro encontro. — Demi comentou lembrando-se com carinho de como ele havia sido um verdadeiro "príncipe" naquela noite. Joseph lhe proporcionou tantas risadas naquela noite que foi impossível se lembrar que tudo havia começado com lágrimas! — Você salvou minha noite.
— Uau, você ainda se lembra? — Ele perguntou arqueando uma das sobrancelhas.
— É claro que eu me lembro! O que você fez foi incrível.
— E cá estamos de novo. — Joe sorriu um pouco nostálgico.

— Como você está?
— Estou bem, apenas saindo casualmente e trabalhando. E você? Como estão as coisas com Jesse? — Os pedidos chegarem, ambos agradeceram e Joseph deu um gole no café aguardando a resposta.
— Nós estamos deixando as coisas acontecerem naturalmente, eu ainda não me sinto segura para colocar um rotulo na nossa relação. Algo que gosto muito nele é o fato dele ser um cara compreensivo, ele entende isso e não me cobra nessa questão. Entende?
— Você o ama? — A pergunta pegou Demetria de surpresa e de repente foi como se todas as palavras sumissem do vocabulário! "Você o ama?" Aquilo ecoou dentro dela e lhe causou sérias dúvidas. Ela o amava? O amava de verdade?

— Eu não sei. — Ela respondeu depois de alguns instantes em silêncio e suspirou. — Acho que é muito cedo para saber disso com tanta certeza.
— Eu sinto muito por perguntar, não queria te deixar desconfortável.
— Tudo bem, não é culpa sua. — Demi tocou-lhe uma das mãos e sentiu que ele tremeu de leve, talvez não estivesse esperando o gesto carinhoso. — Eu fui pega de surpresa, sabe? Nunca tinha parado para me perguntar isso antes.
— É diferente com cada um, não precisa ficar cheia de neuras por causa disso. — Ele segurou sua mão que ainda estava sobre a dele e depositou um beijo nas costas da mesma. — Em algum momento tudo se encaminha.
— Obrigada. — Ela sorriu para Joe e suspirou sem ao menos perceber enquanto olhava para ele.

— É melhor comermos antes que esfrie. — Joseph riu baixinho depois que o silêncio pairou sobre eles e ele acabou por soltar a mão dela delicadamente.
— Sim, claro! — Ela sorriu fraco. — E então, conheceu alguém legal em um desses encontros?
— É uma cidade pequena, então não tem como não conhecer alguém. — Joe riu e balançou a cabeça. — Já conhecia a maioria delas de algum lugar, mas mesmo assim dei uma chance. Por um lado foi bom, divertido, mas nada passou disso! Tem vezes que eu me vejo em situações assim e penso que não fui feito para viver a solteirice, sabe? Eu sou homem de uma mulher só.

— Mas você esteve sozinho por tanto tempo, Joseph. — Demi disse pensativa. — Me diz uma coisa, o que mudou agora?
— Demi, eu preciso te contar uma coisa e... — O toque do celular ecoou pelo local e Joe virou-se procurando de onde vinha o maldito barulho que interrompeu sua confissão; mas bastou olhar novamente para Demetria para saber que era o celular dela.

— Me desculpe, eu realmente preciso atender. — Ela levou o celular até o ouvido e a expressão no rosto dela não foi das melhores. Algo de muito ruim estava acontecendo!
— Demetria, o que está acontecendo?
— É o Jesse. — Demi ouvia atentamente e depois apenas dizia "Calma. Fica calmo. Eu estou indo..." Levou alguns instantes até ela desligar o celular e olhar para Joseph com o semblante triste. — A mãe dele não está bem e não consegui entender direito que aconteceu com ela, mas ele precisa de um apoio. Eu sinto muito por ir embora assim, mas nós podemos remarcar. O.k? — Ela disse enquanto guardava o aparelho na bolsa.

— Sem problema, eu entendo. — Foi tudo o que ele conseguiu dizer sentindo as palavras que ele queria gritar presas em sua garganta!
— O que você ia me dizer? Parecia importante.
— Não era nada.
— Joseph. — Ela o encarrou ao se levantar e ele suspirou.
— Talvez outro dia, mas hoje definitivamente não é um bom dia para isso. — A expressão no rosto dele lhe dizia que se tratava de algo sério e importante, mas Jesse precisava dela e talvez fosse melhor conversar sobre aquilo depois. Ela queria dar a devida atenção para Joseph e não era justo lhe arrancar algo e depois sair sem ao menos tentar entender ou conversar sobre.

— Eu não vou me esquecer disso.
— Sei que não, você nunca esquece. — Ele sorriu de um jeito "triste" e ela sentiu o coração apertar no peito. Ultimamente pensar nele lhe causava essas sensações estranhas e ela se perguntava se tinha algo haver com a conexão que eles tinham. — É melhor você ir. — E ela queria, mas os pés simplesmente não se moviam e os olhos não saiam dele!
— O.k, eu vou. — Demi aproximou-se e deu um beijo na bochecha dele. — Agora eu tenho whats app, então podemos conversar ao longo do dia. — Ele assentiu sorrindo.
— Obrigado por me avisar.

— Cuide-se, o.k?
— Você também. — Joe disse como forma de despedida e a observou ir embora, mas antes de passar pela porta Demi olhou para trás uma última vez para olha-lo e ele cabisbaixo acabou não vendo.

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AAAAAAAAAAAAAAAAA GENTE O ÁPICE DESSA HISTÓRIA ESTÁ CHEGANDO E NÃO DOU MAIS DOIS CAPÍTULOS PARA ACONTECER, HEIN!
peço desculpas pela demora, mas quando minha cabeça está cheia ( problemas, rs) não consigo escrever direito e tem dias que não é fácil. estou fazendo um curso, começou faz pouco tempo e estou tentando me organizar. ok? espero que entendam. 
enfim, responderei vocês assim que tiver um tempinho e quando estiver "livre" deixo o link das respostas pra vocês. sinto tanta saudade daqui e de vocês! não deixem de interagir aqui ♡
espero que tenham gostado do capítulo, tá bom? ah e ele continua! os sinais estão apenas começando.