Capitulo 3 e 4- Momento Pai e Filha - A Conversa

                         

(LINDA NÉ ?*----*)

-Minha mamãe vai ficar bem?

-Vai... Ela daqui a pouco esta acordando!

-Você conhece minha mamãe?

-Melhor do que a mim mesmo! –Encarrei o retrovisor.

-Posso ligar o radio?

-Claro... O carro é da sua mãe.  –Sorri fraco... Se aquela mulher loira era mesmo a Demi... Isso significa que... –Meus pensamentos foram interrompidos quando a musica Friday começou a tocar e ela começou a cantar!

-Weekend... Weekend! Friday, Friday! –Ela cantava. –Canta também!

-Não sou muito fã de Rebecca Black! –Ri.

-Isso é Glee! –Riu e eu não me contive e cai na gargalhada.

-Tá bom... Friday, Friday! –Cantei junto com ela... E ela não cantava mal!

Quando estacionei ela já foi descendo e abrir tudo para que eu entrasse! 

Estava com Demi nos braços! Antes de coloca-la em sua cama, olhei para ela! Ela não havia mudado nada... Estava bonita e pálida, acho que a ultima coisa que ela esperava era me encontrar em um shopping.

Destino traiçoeiro!

Desci para fechar tudo. Quando fui para a sala a garotinha estava sentada no sofá com um livrinho infantil em mãos.

Eu me sentei ao lado dela e fiquei a observando. Ela havia puxado a Demi... O jeitinho simpática de ser...  Os cabelos, os olhos... Tudo!

-Sabe ler?

-Não. –Deu de ombros. –Estou aprendendo... Mais sei pouco.

-Quer que eu leia pra você?

-Sim... Pensei que não perguntaria nunca. –Fez careta e eu ri.

Peguei o livrinho em mãos... Ela se sentou no meu colo se aconchegando com uma mantinha nas mãos.

-Você se senta no colo de estranhos?

-Você não é estranho... Você é o único que chama minha mamãe de Demi!

-Ammm?

-Demi é só pros íntimos. –Riu e eu também.

*Off*

         

Capitulo 4

Quando abri os olhos estava no meu quarto... Em um impulso me levantei e olhei em volta... Meus sapatos estavam no chão ao lado da cama, as sacolas ao lado do closet! Senti a voz doce dele ecoar em meus ouvidos... Não havia sido uma ilusão ou um sonho! Era ele mesmo.

Fui andando lentamente pelo corredor e só parei quando ouvi ele dizer:

-E viveram felizes para sempre e fim. –Com apenas uma mão ele fechou o livro e colocou sobre a mesinha próxima ao sofá. Ele mirou o noda por alguns instantes e depois voltou a olhar para Isabella que dormia tranquilamente em seu colo. Eu sorri boba com a cena... Esse momento pai e filha! Pensei que nunca veria tal cena.

Ele respirou fundo. –Precisamos conversar. –Me olhou pela primeira vez seriamente.

Não era o que eu esperava. –Tudo bem. Deixa que eu levo ela. –Me aproximei.

-Eu levo sem problemas... Nunca pensei que seria tão emocionante ver minha filha dormir sobre meu peitoral! –Ele se levantou e foi depois de 5 minutos voltou. –Podemos?

-Antes de tudo... Foi bom te ver também. –Disse irônica.

-Desculpa... Eu realmente não esperava. –Ele passou a mão sobre a testa que agora suava.

-Nem eu... Mais foi bom. –Disse baixo

-Por que fez aquilo comigo? –Ela abaixou a cabeça... Talvez contendo as lagrimas.

-Joe... Eu não sabia o que fazer! Se coloque no meu lugar, eu gravida! Você havia perdido a memoria... O que seria de mim? O que seria da nossa filha? Eu fiquei desesperada, e parecia que nada estava dando certo pra mim... Pra nós! Eu não queria ver você sofrendo! O que você pensaria de mim... Tipo eu chegava e dizia, “Olha Joe... Eu estou gravida e o filho é seu!” Você havia perdido a memoria! Mesmo assim teria assumido? Eu fiquei com medo... Confusa. Eu te amava demais para aguentar ver você sofrendo Joe! –Segurei as lagrimas mais já era tarde demais.

-Faz idéia do que é procurar uma pessoa durante 6 anos? 6 anos Demetria! –Me olhou com indignação. –Sabe o que eu senti? Eu me senti um inútil... Quando eu acordei no dia seguinte eu me lembrava de você! Lembrava de nós! Eu corri pro seu quarto que nem um doido mais você não estava mais lá! Havia ido embora... Eu liguei, mandei e-mails... Tentei de tudo. –Ele começou a chorar. –Mais parecia que você tinha simplesmente cavado um buraco e se enfiado dentro. E ainda mais com uma criança... Nossa filha! Eu passei 6 anos afastado dela. 6 anos Demetria!  Você não sabe como eu estou me sentindo agora? –Ele retirou os óculos e colocou as mãos sobre o rosto, ele andava de um lado pro outro.

-Por favor... Não fala comigo assim! Parece até que sou uma estranha pra você!

-O problema é que eu não te conheço mais.

-Não fala assim.

-Desculpa... Mais eu não encontro outra maneira de falar! –Suspirou frustrado antes de chorar mais um pouco. –Não esperei que fosse assim! –Ele arregaçou as margas da blusa até os cotovelos e olhou pra mim. Não estava no meu melhor momento! Acho que meus olhos já estavam inchados te tanto chorar. –Demi... Por favor não chore! A ultima coisa que eu quero aqui é magoar você!

-Eu to bem. –Sequei as lagrimas e sorri fraco. Ele me surpreendeu com um abraço apertado.

-Senti saudades. –Sussurrou no meu ouvido. –Muitas!

-Eu mais ainda. 

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