OBRIGADA PELOS COMENTÁRIOS NO POST ANTERIOR!
AMO MTO VCS <3
Joseph só se deu conta da gravidade das palavras de Perez quando chegou ao aeroporto e viu incontáveis fotógrafos e repórteres na entrada esperando por Demi. Ele mandou uma mensagem para ela e poucos minutos depois dois policiais saíram para acompanha-lo e garantir que ele conseguisse entrar sem qualquer problema. Os flashes estouraram em sua direção causando um grande incômodo em seus olhos! Ele havia saído sem óculos ou lentes de contato, mas na pressa quem ia se lembrar disso? As pessoas lá dentro falavam sem parar, circulavam e se aglomeravam numa tentativa de conseguir alguma imagem de Demetria. Ela estava esperando por Joseph numa sala, assim que ele adentrou, Demi o encarrou com os olhos brilhando por causa das lagrimas que ela estava segurando para não derramar e se levantou para abraça-lo. — Sr. Carpenter já temos tudo sob controle, estão preparados para sair? — Joe olhou para Demi e ela simplesmente assentiu.
Quando saíram da sala rodeados por policiais, o falatório se intensificou no local e os flashes vieram de forma mais frenética na direção deles! Joseph ficou um pouco perturbado com as coisas que ouviu vindo de pessoas que ele nem conhecia: "Mentirosos!", "Safados!", "Vocês são uma verdadeira farsa!". Um fotografo conseguiu encontrar uma brecha entre o cerco formado pelos policiais em volta deles e veio com tudo para cima deles, Joe colocou-se na frente de Demi e o empurrou. — O que pensa que está fazendo? Não encoste na minha esposa! — Um dos policiais se colocou no meio deles para evitar mais confusão e eles aceleraram os passos para fora do aeroporto.
— Joseph, o que você pode nos dizer sobre o artigo publicado por Perez Hilton? — Uma das repórteres disparou assim que eles saírem.
— Afinal de contas, quem é Perez Hilton? — Joe soltou uma risada sarcástica.
— Demi, Demi! O que ele publicou é verdade? Vocês não são um casal de verdade? — Perguntou outra repórter.
— Isso é patético! — Demi rebateu nervosa e tapou o rosto com uma das mãos. — Podem por favor tirar eles do nosso caminho? — Ela pediu ao policial responsável por escolta-los em segurança até o lado de fora e ele assentiu prontamente afastando alguns repórteres.
— Joseph, você não é o único que acha que o comportamento dela é semelhante ao de uma vadia desesperada por atenção! Muitos aqui também acham isso. — Joe imediatamente se virou em direção ao repórter e o encarrou de forma ameaçadora.
— O que foi que você disse? — O rapaz recuou — Repete se tiver coragem, repete olhando na minha cara se for homem de verdade! — Ele apontou o dedo para ele enquanto tentavam segura-lo.
— Joseph, vamos embora! — Demi também tentou puxa-lo, mas ele se desvencilhou e foi em direção ao rapaz enquanto filmavam tudo para ser transmitido ao vivo na TV.
— Eu não preciso me defender de lorotas que um blogueiro mal amado anda publicando por ai! Ouviu bem? E você acha mesmo que esse seu empreguinho de merda te dá o direito de sair por ai xingando minha mulher? — Ele empurrou o rapaz, estava tão irritado com toda aquela situação que faltava bem pouco para perder o controle! — Você pode até não gostar dela, mas deve respeita-la, ouviu bem? Ela é mulher assim como sua mãe e sua esposa também são mulheres, babaca! O que você faria com um sujeito qualquer que chama sua mulher de vadia? Responde!
— Eu... eu...
— Sr. Carpenter, vamos.
— Fala mais alguma coisa da minha mulher pra você ver, otário! — Joe apontou o dedo para ele e em seguida voltou sua atenção para o rapaz que estava filmando. — E que sirva de lição para os demais, eu não vou tolerar isso! Vocês acham mesmo que nossa vida é da conta de vocês? Ah faça-me o favor, vão cuidar da vida de vocês! — Ele virou-se de costas para voltar ao cerco, mas virou-se outra vez e disse: — Você não perde por esperar, Perez Hilton. Eu vou acabar com você! — Joe voltou ao cerco encontrando uma Demetria completamente inexpressiva que o abraçou pela cintura outra vez e continuou calada até chegarem ao carro.
— Acham necessário que acompanhemos vocês até chegarem em casa?
— Não acho que ousariam ir até lá.
— Todo cuidado é pouco, senhor. — Um deles disse e entregou um cartão com um numero de telefone nele. — Se precisarem de alguma coisa, não exitem em pedir. O.k?
— Não acho que ousariam ir até lá.
— Todo cuidado é pouco, senhor. — Um deles disse e entregou um cartão com um numero de telefone nele. — Se precisarem de alguma coisa, não exitem em pedir. O.k?
— Obrigado por tudo. — Joe agradeceu e abriu uma das portas para que Demi adentrasse no carro. Ele guardou a única mala dela no porta malas, adentrou no carro acenando para os policiais e arrancou com o veiculo rapidamente.
— O que foi aquilo? — Demi perguntou para Joe após algum tempinho, apesar de toda aquela confusão, ele dirigia de forma mais tranquila.
— Aquilo?
— Sim, você partindo pra cima deles.
— Achou mesmo que eu ficaria de braços cruzados diante de tamanho desrespeito?
— Achou mesmo que eu ficaria de braços cruzados diante de tamanho desrespeito?
— Não sei, você se importa?
— É claro que eu me importo! — Joseph olhou para ela de canto de olho, Demetria estava virada e parecia estar perdida entre os borrões que passavam atraves da janela. — Que papo é esse agora?
— É claro que eu me importo! — Joseph olhou para ela de canto de olho, Demetria estava virada e parecia estar perdida entre os borrões que passavam atraves da janela. — Que papo é esse agora?
— Não sei, me diz você. — Ela respondeu. O tom de voz baixo, frio e cortante! Aquele tom de voz que apesar de contido, era capaz de fazer um estrago. — Sempre admirei seu talento para composição, sabia? Até ler o que escreveu sobre mim.
— O que eu... Demetria aquilo é passado, o.k? — Demi não respondeu — Demi? — Ela não se moveu e desviou quando ele tentou toca-la. — Amor, não faz assim. — O silencio dela bastou como resposta e ele não insistiu. Precisava ler o artigo que Perez havia escrito e também precisava saber quais coisas ele achou conveniente publicar! Suspirou pesadamente e seguiu dirigindo até chegarem em casa.
Assim que ele estacionou o carro na garagem, Demetria soltou o cinto de segurança e saiu do carro pisando forte. Joseph acabou ficando para trás tendo que carregar uma mala com de rosa, nada leve e demorou um pouco para entrar, principalmente por causa dos degraus que não facilitava em nada sua subida! Quando ele conseguiu chegar ao andar de cima, ouviu o barulho dela vindo do quarto e seguiu até lá deixando a mala no canto do quarto. Receoso ele aproximou-se devagar, mas foi repreendido. — Não chegue perto de mim! — Demi disse enquanto andava de um lado para o outro, ela tentava engolir o choro e parecia travar uma batalha interna ali consigo mesma.
— Demi, nós prometemos que passaríamos por isso juntos. Esqueceu? Me deixa cuidar de você, por favor.
— Você ainda não leu, não entende. — Ela parou e olhou para ele, os olhos avermelhados já liberavam as lágrimas. — Joe, ele usou você de forma que pudesse me atingir. Você não é tão mal visto quanto eu sou, não entende e nem pode imaginar as coisas que li e ouvi das pessoas hoje! Foi horrível.
— Você ainda não leu, não entende. — Ela parou e olhou para ele, os olhos avermelhados já liberavam as lágrimas. — Joe, ele usou você de forma que pudesse me atingir. Você não é tão mal visto quanto eu sou, não entende e nem pode imaginar as coisas que li e ouvi das pessoas hoje! Foi horrível.
— E você se importa com o que dizem?
— Não me importo, mas isso não significa que não machuca! Machuca muito, Joe. — Ela fez uma pausa — Como podem ser tão cruéis comigo? Eu sou sempre aquela mulher bipolar que teve problemas com bebida e drogas na história toda, mas você não é assim, você é o homem de bom coração que se apaixonou por mim e teve sua vida fodida por causa dos meus problemas!
— Não me importo, mas isso não significa que não machuca! Machuca muito, Joe. — Ela fez uma pausa — Como podem ser tão cruéis comigo? Eu sou sempre aquela mulher bipolar que teve problemas com bebida e drogas na história toda, mas você não é assim, você é o homem de bom coração que se apaixonou por mim e teve sua vida fodida por causa dos meus problemas!
— Isso não é verdade e você sabe disso, Demetria. — Joe deu um passo na direção dela, mas ela recuou imediatamente.
— Eu quero ficar um tempo sozinha, por favor. — Ela tentou secar as próprias lágrimas, mas foi em vão. Logo que secava, novas e dolorosas lágrimas corriam livremente por suas bochechas novamente!
— Demi, não faz isso. — Joe pediu baixinho e suplicante.
— Não estou fazendo, estou pedindo que você saia e me dê um tempo! Um tempo pra mim e pros meus pensamentos, por favor. — Ele olhou para ela durante alguns segundos, tempo suficiente para decidir que respeitaria o espaço e o pedido dela. Com as mãos erguidas em sinal de rendição, Joe conseguiu chegar perto dela.
— Eu vou estar lá no andar debaixo se precisar de mim, o.k? Fique sozinha o tempo que precisar, mas não exite em me chamar se precisar. — Ela apenas assentiu e Joseph cerrou o punho numa tentativa de controlar o impulso de toca-la. Ele virou-se de costas e saiu rapidamente, sem olhar para trás.
Quando ele saiu e fechou a porta trás de si, Demi desabou completamente ali no meio do quarto. Ela já havia se preparado psicologicamente para aquele momento, mas não tinha como imaginar de que seria duas vezes pior! Toda aquela situação era frustrante demais e Demetria já estava exausta de ser julgada por seu passado. Todos cometiam erros, ela conhecia muitas pessoas que passaram por situações semelhantes, mas que escondiam da mídia por medo do julgamento! Agora ela entendia, entendia completamente como isso era doloroso. No passado, quando ela expôs esses problemas tinha em mente orientar outras pessoas e dizer para elas que não era errado pedir ajuda. Demi queria mostrar que se ela havia superado aquela fase ruim, seus fãs ou seja lá quem for, também podia superar! Suspirando pesadamente, ela se levantou do chão e caminhou até o banheiro para tomar banho. A água quente lhe causou alguns arrepios e ela fechou os olhos numa tentativa de tentar relaxar, sentia cada terminação de seu corpo tremer de nervoso! As lágrimas ainda não haviam cessado e o pior de tudo era que no fundo, bem lá no fundo ela sabia que aquele era apenas o começo.
Já fazia alguns minutos que Joseph estava no escritório, ele estava sentado em frente ao notebook e encarrava o artigo que ali estava aberto. Ele estava tentando criar coragem para ler, mas uma parte dele temia o que encontraria ali! Suspirou pesadamente e decidiu que leria aquilo de uma vez, por todas antes que a ideia de desistir o convencesse de vez.
********
A indignação que Joe sentiu ao terminar de ler aquele artigo foi tanta, mais tanta ele cerrou o punho e bateu com força na mesa! Ele se levantou sentindo sua cabeça dar voltas e mais voltas, aquilo só podia ser um pesadelo. Caminhou sem rumo pela casa, sua mente estava completamente perturbada e os fantasmas do passado estavam ali brincando com seus maiores medos. Seus olhos vagaram pela grande comodo onde ficavam os aparelhos de ginastica e o mais novo adereço desde Demi havia decidido praticar box; um grande saco de arreia pendurado ao centro. Ele enfaixou suas mãos sentindo as mesmas tremerem de nervoso: "Controle-se, Joe. Controle-se!" — Dizia mentalmente para si mesmo. Ele respirou fundo antes de desferir o primeiro soco no saco, seguido de mais um e de vários outros enquanto extravasava toda sua raiva! "Você precisa encontrar uma forma de controlar seus impulsos nervosos, Joseph. Nossa mente nos prega peças o tempo todo, esteja sempre atento e encontre uma forma de se manter relaxado. O.k? Faça o que tiver de fazer, mas encontre uma forma de não perder o controle de si mesmo." Joseph lembrou das palavras de Morgan e se concentrou em continuar fazendo aquilo até que sentisse que sua raiva amenizada. O problema é que não amenizada! Quanto mais ele batia, mais ele queria bater. — Desgraçado, maldito, filho de uma puta! — Os xingamentos que saíram de sua boca estavam carregados do mais puro ódio e ele continuou socando com raiva aquele saco de areia.
— Joseph. — A voz de Demi não foi alta o suficiente para que ele ouvisse.
— Quem ele pensa que é? Eu vou acabar com ele! Aquele maldito vai se arrepender de ter cruzado o meu caminho.
— Joseph. — Novamente ela o chamou e foi em vão.
— Eu quero mata-lo... MATA-LO!
— JOSEPH, PARA! — E ele parou, não por Demi ter pedido, mas pelo fato do saco ter sido rasgado por conta dos socos dele. Joe ficou impressionado e espantado ao mesmo tempo, ele desconhecia toda aquela força física! Seus olhos encontraram os olhos de Demetria que estava na porta, os cabelos dela estavam presos num coque bagunçado e ela vestia uma das blusas dele.
— Achei que quisesse ficar um tempo sozinha. — Ele comentou enquanto se desfazia das faixas.
— Eu achei que fosse me sentir melhor, mas estava enganada. — Demi se aproximou dele, os olhos pequenos e brilhantes por causa das lagrimas. — Agora que você leu, me diga... Como está se sentindo?
— Horrível, eu me sinto horrível! — Ele suspirou — E talvez culpado, deveria ter prestado mais atenção no celular ou sei lá ter guardado o aparelho. — Joe suspirou pesadamente — Eu sinto muito, querida. — Ele se aproximou dela e dessa vez Demi não recuou.
— Não acho que isso tenha sido culpa sua.
— Mas agora entendo o que quis dizer lá em cima, sobre estarem te julgando por causa do seu passado. — Demi suspirou e Joe lhe acariciou o rosto. — Eu quero que saiba que não te julgo por nada daquilo, o.k? Aquelas composições surgiram em momentos de frustração, mas nunca seria capaz de deixar você.
— Um dia você deixou, Joe. — Ela sussurrou baixinho. Demetria era sem duvidas uma das mulheres mais fortes que ele conhecia, mas isso não significava que ela não tinha seus momentos de fragilidade! E aquele era um deles.
— Eu sei que sim, mas foi pelos motivos errados e me arrependi amargamente por ter feito aquilo. — Joe fez uma pausa até que ela retribuiu o carinho e assentiu para que ele continuasse falando. — Então, não me afaste de você... estamos juntos nessa e vamos enfrentar essa merda toda de cabeça erguida!
— Fiquei com tanta raiva de mim, raiva de você... raiva de todo mundo! Sei que nós poderíamos ter evitado isso, mas fomos tão ignorantes e inconsequentes...
— Mas isso não dá o direito de ninguém se intrometer na nossa vida.
— Touchée!
— Mas isso não dá o direito de ninguém se intrometer na nossa vida.
— Touchée!
— Amanhã vou pedir para John marcar uma coletiva, vamos esclarecer esse assunto o quanto antes.
— Precisamos mesmo fazer isso?
— Precisamos dar um basta! Mostrar para todos que há limites entre nós e eles, Demi. Se não fizermos nada... isso pode se repetir outra vez e não sei o que seria capaz de fazer com Perez ou com qualquer outro desgraçado que cruzasse nosso caminho!
— Eu imagino o que faria. — Demi apontou para o saco de areia completamente destruído no chão! — Acho que nunca vi você tão bravo antes.
— Espero que nunca mais precise ver. — Joseph sorriu fraco e ela assentiu.
— Vamos subir? Eu estou cansada. — Ele assentiu, segurou uma das mãos dela e silenciosamente eles subiram ao andar de cima.
Quando os dois se deitaram na cama, Demi aninhou-se ao peito de Joe e ficou agarrada nele. — Como estão as crianças? Céus, com toda essa loucura nem me lembrei de perguntar delas!
— Estão bem, nós tivemos uma tarde bastante divertida na casa do Nicholas.
— Vocês se acertaram?
— Sim, nós conversamos mais cedo na casa da mamãe e ele me chamou para almoçar na casa dele. Foi lá que também conversei com Selena e descobri que está tudo bem entre nós, ela até me deu alguns concelhos... foi incrível! — Joe suspirou — De lá fomos na casa dos seus pais pegar o Buddy, Sabrina quis ficar para conversar com Madison e os pequenos também quiseram ficar, então não pude dizer não.
— Fico feliz que tenha se acertado com seu irmão e com Selena, sinto saudade dos dois. — Demi comentou de forma vaga, ela estava com o pensamento bem distante. Não tinha como evitar!
— Eu ia contar sobre tudo pras crianças. — Joe suspirou outra vez — Ia contar que nós brigamos e tudo mais, mas achei que não tinha problema esperar mais um dia.
— Ah, Joseph... não fique se culpando, isso ia acontecer de qualquer jeito. — Demi suspirou — Nós podemos tentar descansar agora? Eu estou exausta!
— Só me diga uma coisa, você estava vindo para Los Angeles quando soube da publicação do artigo?
— Na verdade percebi que algo estava errado durante meu show. — Ele lhe afagou os cabelos — As pessoas estavam com seus celulares na mão, nem estavam atentas ao show e de repente me olharam de um jeito estranho. Quando o show terminou, pude ouvir algumas vaias em meio aos aplausos e logo que sai dei uma checada no celular, foi ai que descobri. — Ela suspirou novamente — Eu não tive coragem de ler, arrumei minhas coisas e peguei o primeiro avião. Fiquei inquieta durante o voo, não consegui pregar meus olhos e acabei lendo o artigo, juro que senti como se estivesse em queda livre!
— Sinto muito que tenha descoberto assim.
— Não sei se poderia ser pior, prefiro não pensar que possa ser pior.
— Vamos dar um jeito.
— Eu tenho medo de como as crianças irão reagir, Joseph. Já temos ódio demais das outras pessoas e não sei se suportaria ser odiada pelos meus próprios filhos!
— Eles não vão nos odiar, amor.
— Não pode me garantir isso.
— Sei que não posso, mas já passamos por coisas piores.
— Eu não me sinto melhor com isso. — Ela riu baixinho, uma risada forçada e que depois que passou deu lugar ao choro. Joseph passou os braços em volta dela de forma protetora, afagou-lhe as costas e sussurrou palavras de conforto para ela. Aos poucos o choro cessou, mas nenhum deles disse nada, apenas ficaram em silencio. Demi acabou sendo vencida pelo cansaço e adormeceu nos braços de Joe, ele permaneceu imóvel observando-a, tinha medo de se mexer e acabar acordando ela. O sono demorou para chegar, mas ele adormeceu pouco depois das 02:00 da manhã enquanto pensava nos filhos
Sabrina acordou graças ao alerta de seu celular e fez uma careta quando conseguiu focalizar o horário do despertador. Ela se levantou, espreguiçou-se e caminhou até o banheiro para fazer sua higiene matinal. A porta do banheiro se abriu de forma violenta, Samuel estava pálido e os olhos arregalados indicava que algo havia lhe assustado! — Ei, você está bem? Parece até que viu um fantasma ai dentro. — Sam sustentou o olhar da irmã durante algum tempo e suspirou.
— Bi, eu sei o que você sabe e agora entendo o motivo de estar tão chateada.
— Ele publicou?
— Publicou.
— Puta que pariu!
— Olha o palavreado, mocinha. — Dianna repreendeu Sabrina e acabou assustando os netos que estavam ali parados no meio do corredor!
— Vovó me desculpe, isso não vai se repetir.
— Acho bom. — Ela se aproximou dos dois e sorriu. — O que fazem parados aqui, hein? Samanta já levantou, tomou banho e está uniformizada para o colégio.
— Vamos estudar hoje? — Samuel engoliu em seco, aquilo não iria prestar! Ninguém nunca havia feito bullying com ele ou algo assim, mas vez ou outra surgia um comentário aqui e ali dos quais ele não gostava. Tirando isso, ser filho de Joseph e Demetria fazia dele um garoto bastante popular. Mas aquele artigo mudava tudo, tudo mesmo!
— Seu pai não falou nada sobre você faltar, então não posso deixar que falte. — Ele assentiu.
— Tudo bem, vou me arrumar. — Samuel olhou para Sabrina e saiu para se arrumar.
— E você mocinha, o que faz acordada tão cedo?
— Eu vou encontrar com Bradley.
— Assim tão cedo?
— Ele chegou de uma viagem ontem e quero vê-lo o quanto antes. — Sabrina forçou um sorriso.
— Tudo bem, mas precisa ligar e avisar seus pais. Quer que eu ligue?
— Não precisa, eu faço isso. — Ela mentiu descarradamente e torceu para que Dianna tivesse acreditado nela.
— Depois desça para tomar café com sua irmã, ela esta esperando por você. — Ela apenas assentiu e adentrou no banheiro.
Samuel arrumou-se mesmo contra gosto e desceu arrastando sua mochila pelas escadas, estava bastante chateado com tudo o que tinha lido! Mas assim que adentrou na sala de refeições, silenciou seus pensamentos e olhou para Samanta, ela estava conversando animadamente com Eddie. — Vai ser um musical, vovô e estamos ensaiando todos os dias.
— Um musical? Isso é muito legal, Sammy. — Eddie sorriu — Sabia que sua mãe começou assim?
— Sim, eu sei. — A garotinha corou — Mas não acho que serei famosa quando crescer.
— Ah meu amor, você será tão famosa quanto ela.
— Bom dia! — Samuel largou sua mochila de lado e sentou-se de frente com a irmã.
— Bom dia, Sam. — Ela e Eddie disseram em uníssono, logo depois acabaram rindo.
— Dormiu bem?
— Sim, muito bem. — Samuel serviu-se de suco e um pedaço de bolo.
— Você está carrancudo, aconteceu alguma coisa? — Então ela não sabia? Samuel olhou para ela e suspirou, não sabia se isso era bom ou ruim.
— Bom dia família! — Sabrina forçou seu melhor sorriso e cumprimentou todos, menos Samuel. Ela sentou-se ao lado dele para tomar café e eles trocaram murmúrios em meio ao papo animado entre Samanta e Eddie outra vez.
— Vocês sabem me dizer se Joseph vai passar aqui para leva-los? — Dianna apareceu na sala com o telefone em mãos — Estou ligando e ele não me atende. Ontem fiquei esperando ele me ligar para dar noticias da Demetria e nada, estou achando eles muito estranhos.
— Vai ver ele acabou dormindo, Dianna. Dê um pouco de descanso ao rapaz! — Eddie sorriu — Posso levar as crianças e você fica aqui esperando ele retornar suas ligações, o.k? — Ela assentiu e Eddie se levantou. — Vou pegar as chaves do carro. Vocês já estão prontos?
— Sim, vovô! — Samanta respondeu animadamente e se levantou também. — Vou pegar minha mochila. — Ela saiu saltitante pela casa fazendo-o rir e Dianna sorriu indo até a sala para tentar ligar mais uma vez.
— Ela não sabe? — Sabrina perguntou para Samuel assim que eles ficaram sozinhos na sala de refeições.
— Não, não acho que saiba. — Sam suspirou — O que vamos fazer?
— Não vamos contar.
— Se não contarmos, vamos fazer o mesmo que papai e mamãe fizeram conosco.
— Ela só tem sete anos e crianças de sete anos não acessam sites de fofoca, Samuel. Tenho certeza de que Samanta não vai saber!
— Quem pode nos garantir isso? Eu não quero ir pra escola e não acho que seja bom que ela vá.
— Acho que está exagerando, Samuel.
— Quando você for pra casa do seu namorado, experimente assistir um pouco de TV e você vai ver que não estou exagerando! — O garoto se levantou irritado — Se você não vai fazer nada, eu vou.
— Não faça nenhuma besteira. — Samuel olhou para Sabrina por cima do ombro, pegou sua mochila e foi esperar Eddie na sala.
— Vamos, crianças?
— Vamos. — Samanta desceu as escadas de forma apressada, ela usava o uniforme da escola na cor azul e um arquinho rosa que mantinha sua franja presa para trás. Ambos se despediram de Dianna e saíram juntamente com Eddie.
Assim que Samuel colocou os pés na calçada da escola, todos os olhares se voltaram para ele e isso o fez revirar os olhos. Ele caminhou de cabeça erguida encarrando alguns e fazendo uma expressão de deboche para os que estavam cochichando, ele estava sem paciência para aturar aquele tipo de coisa! — Sam. — Edward apareceu e ele permitiu que sua expressão se suaviza-se um pouco, não queria assustar o amigo.
— Oi Ed, tudo bem? — Eles trocaram um aperto de mãos.
— Tudo e você?
— É mais ou menos.
— Olha lá é o filho do casal de mentirinha! — Uma garota disse apontando diretamente e todos que estavam na rodinha dela riram também.
— Eles estão falando de você? — Edward perguntou confuso.
— É uma longa história. — Samuel deu de ombros e ouviu o sinal bater.
— É melhor entrarmos, não queremos nos atrasar.
— Eu não vou entrar.
— Não?
— Não, você viu o que acabaram de fazer? Se eu entrar, eles vão me detonar e será apenas um contra todo o resto, não me parece nada justo.
— Ei, eu ainda estou aqui. — Edward deu-lhe um soquinho de camarada no braço.
— Sei que sim e agradeço, mas preciso proteger minha irmãzinha.
— Você vai atrás da Samanta?
— Sabrina não me deixou escolha, então eu vou.
— Posso ir com você?
— Você pode se encrencar com sua mãe.
— Samanta também é minha amiga e faria tudo por ela. — Edward corou ao dizer aquilo e Samuel riu baixo.
— Certo, vamos indo. — Não foi difícil sair por entre o vai e vem de alunos, nem mesmo com os inúmeros inspetores espalhados pela área verde da escola.
— Eu nunca matei aula em toda minha vida! — Edward disse de forma histérica e Samuel revirou os olhos.
— Deveria falar mais alto, quem sabe assim alguém não passa por aqui e nos pega no flagra?
— Foi mal.
— Me desculpe, mas hoje não é um bom dia.
— Afinal, o que aconteceu com seus pais? Aquela garota disse que eles são um casal de mentirinha.
— Eu não faço ideia, só sei que postaram uma fofoca dos meus pais na internet e todo mundo sabe!
— Bem, eu não sabia.
— Em que mundo você vive mesmo? — Samuel perguntou num tom brincalhão.
— Livros, jogos e séries. — Edward deu de ombros, ele era nerd. — Enfim, você disse que sua irmã não te ajudou. O que ela deixou de fazer?
— Não queria ter vindo pra escola e nem queria que Samanta fosse, mas ela disse que crianças de sete anos não costumam ler sites de fofoca. — Samuel fez uma careta e chutou uma pedrinha que estava em seu caminho, ele e Edward caminhavam pela calçada.
— Depois de Gossip Girl, acredito que todas elas leem sim.
— Ótimo, agora estou ainda mais preocupado!
— A escola dela fica longe da nossa?
— Só algumas quadras, vamos nos apressar.
— Já pensou em como vamos entrar?
— Somos crianças, indo para uma escola de crianças. Certo? Não deve ser tão difícil.
Samanta chegou tão animada na escola para ensaiar o musical que nem reparou na forma como os demais coleguinhas olhavam e falavam sobre ela. Ela encontrou com duas de suas amigas e de lá elas seguiram para o auditório da escola, onde o professor de teatro já aguardava os alunos para iniciar o ensaio. — Bom dia crianças! — Ele saudou todos eles de forma animada e sorridente. — Todos em suas posições, por favor. Vamos voltar ao inicio para que Samanta possa acompanhar, o.k? — Os alunos se posicionaram no palco. Samanta havia conseguido o papel principal e seria Wendy no musical do Peter Pan, antes de cantar havia alguns diálogos e era essa parte que o professor queria repassar já que Sammy estivera ausente nos ensaios anteriores.
Quando os dois se deitaram na cama, Demi aninhou-se ao peito de Joe e ficou agarrada nele. — Como estão as crianças? Céus, com toda essa loucura nem me lembrei de perguntar delas!
— Estão bem, nós tivemos uma tarde bastante divertida na casa do Nicholas.
— Vocês se acertaram?
— Sim, nós conversamos mais cedo na casa da mamãe e ele me chamou para almoçar na casa dele. Foi lá que também conversei com Selena e descobri que está tudo bem entre nós, ela até me deu alguns concelhos... foi incrível! — Joe suspirou — De lá fomos na casa dos seus pais pegar o Buddy, Sabrina quis ficar para conversar com Madison e os pequenos também quiseram ficar, então não pude dizer não.
— Fico feliz que tenha se acertado com seu irmão e com Selena, sinto saudade dos dois. — Demi comentou de forma vaga, ela estava com o pensamento bem distante. Não tinha como evitar!
— Eu ia contar sobre tudo pras crianças. — Joe suspirou outra vez — Ia contar que nós brigamos e tudo mais, mas achei que não tinha problema esperar mais um dia.
— Ah, Joseph... não fique se culpando, isso ia acontecer de qualquer jeito. — Demi suspirou — Nós podemos tentar descansar agora? Eu estou exausta!
— Só me diga uma coisa, você estava vindo para Los Angeles quando soube da publicação do artigo?
— Na verdade percebi que algo estava errado durante meu show. — Ele lhe afagou os cabelos — As pessoas estavam com seus celulares na mão, nem estavam atentas ao show e de repente me olharam de um jeito estranho. Quando o show terminou, pude ouvir algumas vaias em meio aos aplausos e logo que sai dei uma checada no celular, foi ai que descobri. — Ela suspirou novamente — Eu não tive coragem de ler, arrumei minhas coisas e peguei o primeiro avião. Fiquei inquieta durante o voo, não consegui pregar meus olhos e acabei lendo o artigo, juro que senti como se estivesse em queda livre!
— Sinto muito que tenha descoberto assim.
— Não sei se poderia ser pior, prefiro não pensar que possa ser pior.
— Vamos dar um jeito.
— Eu tenho medo de como as crianças irão reagir, Joseph. Já temos ódio demais das outras pessoas e não sei se suportaria ser odiada pelos meus próprios filhos!
— Eles não vão nos odiar, amor.
— Não pode me garantir isso.
— Sei que não posso, mas já passamos por coisas piores.
— Eu não me sinto melhor com isso. — Ela riu baixinho, uma risada forçada e que depois que passou deu lugar ao choro. Joseph passou os braços em volta dela de forma protetora, afagou-lhe as costas e sussurrou palavras de conforto para ela. Aos poucos o choro cessou, mas nenhum deles disse nada, apenas ficaram em silencio. Demi acabou sendo vencida pelo cansaço e adormeceu nos braços de Joe, ele permaneceu imóvel observando-a, tinha medo de se mexer e acabar acordando ela. O sono demorou para chegar, mas ele adormeceu pouco depois das 02:00 da manhã enquanto pensava nos filhos
DIA SEGUINTE
SÃO FRANCISCO, 06:30 A.M
Sabrina acordou graças ao alerta de seu celular e fez uma careta quando conseguiu focalizar o horário do despertador. Ela se levantou, espreguiçou-se e caminhou até o banheiro para fazer sua higiene matinal. A porta do banheiro se abriu de forma violenta, Samuel estava pálido e os olhos arregalados indicava que algo havia lhe assustado! — Ei, você está bem? Parece até que viu um fantasma ai dentro. — Sam sustentou o olhar da irmã durante algum tempo e suspirou.
— Bi, eu sei o que você sabe e agora entendo o motivo de estar tão chateada.
— Ele publicou?
— Publicou.
— Puta que pariu!
— Olha o palavreado, mocinha. — Dianna repreendeu Sabrina e acabou assustando os netos que estavam ali parados no meio do corredor!
— Vovó me desculpe, isso não vai se repetir.
— Acho bom. — Ela se aproximou dos dois e sorriu. — O que fazem parados aqui, hein? Samanta já levantou, tomou banho e está uniformizada para o colégio.
— Vamos estudar hoje? — Samuel engoliu em seco, aquilo não iria prestar! Ninguém nunca havia feito bullying com ele ou algo assim, mas vez ou outra surgia um comentário aqui e ali dos quais ele não gostava. Tirando isso, ser filho de Joseph e Demetria fazia dele um garoto bastante popular. Mas aquele artigo mudava tudo, tudo mesmo!
— Seu pai não falou nada sobre você faltar, então não posso deixar que falte. — Ele assentiu.
— Tudo bem, vou me arrumar. — Samuel olhou para Sabrina e saiu para se arrumar.
— E você mocinha, o que faz acordada tão cedo?
— Eu vou encontrar com Bradley.
— Assim tão cedo?
— Ele chegou de uma viagem ontem e quero vê-lo o quanto antes. — Sabrina forçou um sorriso.
— Tudo bem, mas precisa ligar e avisar seus pais. Quer que eu ligue?
— Não precisa, eu faço isso. — Ela mentiu descarradamente e torceu para que Dianna tivesse acreditado nela.
— Depois desça para tomar café com sua irmã, ela esta esperando por você. — Ela apenas assentiu e adentrou no banheiro.
Samuel arrumou-se mesmo contra gosto e desceu arrastando sua mochila pelas escadas, estava bastante chateado com tudo o que tinha lido! Mas assim que adentrou na sala de refeições, silenciou seus pensamentos e olhou para Samanta, ela estava conversando animadamente com Eddie. — Vai ser um musical, vovô e estamos ensaiando todos os dias.
— Um musical? Isso é muito legal, Sammy. — Eddie sorriu — Sabia que sua mãe começou assim?
— Sim, eu sei. — A garotinha corou — Mas não acho que serei famosa quando crescer.
— Ah meu amor, você será tão famosa quanto ela.
— Bom dia! — Samuel largou sua mochila de lado e sentou-se de frente com a irmã.
— Bom dia, Sam. — Ela e Eddie disseram em uníssono, logo depois acabaram rindo.
— Dormiu bem?
— Sim, muito bem. — Samuel serviu-se de suco e um pedaço de bolo.
— Você está carrancudo, aconteceu alguma coisa? — Então ela não sabia? Samuel olhou para ela e suspirou, não sabia se isso era bom ou ruim.
— Bom dia família! — Sabrina forçou seu melhor sorriso e cumprimentou todos, menos Samuel. Ela sentou-se ao lado dele para tomar café e eles trocaram murmúrios em meio ao papo animado entre Samanta e Eddie outra vez.
— Vocês sabem me dizer se Joseph vai passar aqui para leva-los? — Dianna apareceu na sala com o telefone em mãos — Estou ligando e ele não me atende. Ontem fiquei esperando ele me ligar para dar noticias da Demetria e nada, estou achando eles muito estranhos.
— Vai ver ele acabou dormindo, Dianna. Dê um pouco de descanso ao rapaz! — Eddie sorriu — Posso levar as crianças e você fica aqui esperando ele retornar suas ligações, o.k? — Ela assentiu e Eddie se levantou. — Vou pegar as chaves do carro. Vocês já estão prontos?
— Sim, vovô! — Samanta respondeu animadamente e se levantou também. — Vou pegar minha mochila. — Ela saiu saltitante pela casa fazendo-o rir e Dianna sorriu indo até a sala para tentar ligar mais uma vez.
— Ela não sabe? — Sabrina perguntou para Samuel assim que eles ficaram sozinhos na sala de refeições.
— Não, não acho que saiba. — Sam suspirou — O que vamos fazer?
— Não vamos contar.
— Se não contarmos, vamos fazer o mesmo que papai e mamãe fizeram conosco.
— Ela só tem sete anos e crianças de sete anos não acessam sites de fofoca, Samuel. Tenho certeza de que Samanta não vai saber!
— Quem pode nos garantir isso? Eu não quero ir pra escola e não acho que seja bom que ela vá.
— Acho que está exagerando, Samuel.
— Quando você for pra casa do seu namorado, experimente assistir um pouco de TV e você vai ver que não estou exagerando! — O garoto se levantou irritado — Se você não vai fazer nada, eu vou.
— Não faça nenhuma besteira. — Samuel olhou para Sabrina por cima do ombro, pegou sua mochila e foi esperar Eddie na sala.
— Vamos, crianças?
— Vamos. — Samanta desceu as escadas de forma apressada, ela usava o uniforme da escola na cor azul e um arquinho rosa que mantinha sua franja presa para trás. Ambos se despediram de Dianna e saíram juntamente com Eddie.
***
Assim que Samuel colocou os pés na calçada da escola, todos os olhares se voltaram para ele e isso o fez revirar os olhos. Ele caminhou de cabeça erguida encarrando alguns e fazendo uma expressão de deboche para os que estavam cochichando, ele estava sem paciência para aturar aquele tipo de coisa! — Sam. — Edward apareceu e ele permitiu que sua expressão se suaviza-se um pouco, não queria assustar o amigo.
— Oi Ed, tudo bem? — Eles trocaram um aperto de mãos.
— Tudo e você?
— É mais ou menos.
— Olha lá é o filho do casal de mentirinha! — Uma garota disse apontando diretamente e todos que estavam na rodinha dela riram também.
— Eles estão falando de você? — Edward perguntou confuso.
— É uma longa história. — Samuel deu de ombros e ouviu o sinal bater.
— É melhor entrarmos, não queremos nos atrasar.
— Eu não vou entrar.
— Não?
— Não, você viu o que acabaram de fazer? Se eu entrar, eles vão me detonar e será apenas um contra todo o resto, não me parece nada justo.
— Ei, eu ainda estou aqui. — Edward deu-lhe um soquinho de camarada no braço.
— Sei que sim e agradeço, mas preciso proteger minha irmãzinha.
— Você vai atrás da Samanta?
— Sabrina não me deixou escolha, então eu vou.
— Posso ir com você?
— Você pode se encrencar com sua mãe.
— Samanta também é minha amiga e faria tudo por ela. — Edward corou ao dizer aquilo e Samuel riu baixo.
— Certo, vamos indo. — Não foi difícil sair por entre o vai e vem de alunos, nem mesmo com os inúmeros inspetores espalhados pela área verde da escola.
— Eu nunca matei aula em toda minha vida! — Edward disse de forma histérica e Samuel revirou os olhos.
— Deveria falar mais alto, quem sabe assim alguém não passa por aqui e nos pega no flagra?
— Foi mal.
— Me desculpe, mas hoje não é um bom dia.
— Afinal, o que aconteceu com seus pais? Aquela garota disse que eles são um casal de mentirinha.
— Eu não faço ideia, só sei que postaram uma fofoca dos meus pais na internet e todo mundo sabe!
— Bem, eu não sabia.
— Em que mundo você vive mesmo? — Samuel perguntou num tom brincalhão.
— Livros, jogos e séries. — Edward deu de ombros, ele era nerd. — Enfim, você disse que sua irmã não te ajudou. O que ela deixou de fazer?
— Não queria ter vindo pra escola e nem queria que Samanta fosse, mas ela disse que crianças de sete anos não costumam ler sites de fofoca. — Samuel fez uma careta e chutou uma pedrinha que estava em seu caminho, ele e Edward caminhavam pela calçada.
— Depois de Gossip Girl, acredito que todas elas leem sim.
— Ótimo, agora estou ainda mais preocupado!
— A escola dela fica longe da nossa?
— Só algumas quadras, vamos nos apressar.
— Já pensou em como vamos entrar?
— Somos crianças, indo para uma escola de crianças. Certo? Não deve ser tão difícil.
***
Samanta chegou tão animada na escola para ensaiar o musical que nem reparou na forma como os demais coleguinhas olhavam e falavam sobre ela. Ela encontrou com duas de suas amigas e de lá elas seguiram para o auditório da escola, onde o professor de teatro já aguardava os alunos para iniciar o ensaio. — Bom dia crianças! — Ele saudou todos eles de forma animada e sorridente. — Todos em suas posições, por favor. Vamos voltar ao inicio para que Samanta possa acompanhar, o.k? — Os alunos se posicionaram no palco. Samanta havia conseguido o papel principal e seria Wendy no musical do Peter Pan, antes de cantar havia alguns diálogos e era essa parte que o professor queria repassar já que Sammy estivera ausente nos ensaios anteriores.
Narrador: É fato que todas as crianças crescem, mas Peter Pan não. (Peter Pan aparece se escondendo junto de Sininho) Ele vive em uma terra chamada Terra do Nunca e por isso nunca crescerá. Um dia ele foi visitar crianças normais na Inglaterra, junto de sua amiga fada Sininho. Wendy, João e Miguel dormiam nas suas camas sem saber que Peter Pan viera xeretar. (Peter Pan faz barulho e Wendy acorda; Ele está em cima de sua estante)
Wendy: — "Quem é você? E como chegou aí em cima?"
Peter: -"Eu sou Peter Pan!" — Oliver exclamou e fez pose de herói; Sininho saiu de trás dele.
Wendy: — "O que você ta fazendo aí em cima? Você pode cair!"
Peter: — "Não seja tola. Eu posso voar!"
— Com licença, professor. — A diretora interrompeu o ensaio e o professor voltou sua atenção para ela. — O pai de um dos garotos está aqui e deseja falar com o senhor.
— Certo, já estou indo. Obrigado! — A senhora assentiu e saiu do auditório. — Vamos fazer uma breve pausa, podem repassar as falas enquanto isso. O.k? Eu não vou demorar.
— Deixei minhas falas no armário, posso ir pegar? — Samanta pediu ao professor e ele assentiu sorrindo. — Obrigada. — Ela desceu do palco.
— Venha, eu te acompanho. — Eles saíram juntos e cada um tomou um rumo.
— Passeando pelo corredor no horário das aulas, Samanta? — Samanta revirou os olhos e voltou sua atenção para Brittany e seu grupinho, ela era uma das coordenadoras de sala. Coordenadores de sala era basicamente uma bobagem criada pelos professores para colocar ordem nos aulos bagunceiros! Já que não escutavam um adulto, talvez escutassem um colega da idade deles.
— Eu só vim pegar o papel com minhas falas para o musical, não estou passeando. — Ela voltou sua atenção para o armário, ele já estava aberto e nada dela achar o bendito papel!
— E acha que vamos mesmo acreditar nisso? — Um dos garotos questionou.
— Se não acredita em mim, pergunte ao professor. — Samanta finalmente encontrou o papel e o pegou fechando o armário imediatamente. — Ele está no final do corredor.
— Ela está mentindo! — Disparou uma das amigas de Brittany e os outros dois garotos concordaram.
— Dê logo uma advertência para ela.
— É Brittany, dê uma advertência para ela. — Brittany escreveu algo na folha do bloquinho e arrancou entregando para Samanta, era uma advertência.
— Você está mentindo, eu sei que sim. — Eles eram os alunos mais insuportáveis da escola e implicavam com todo mundo! Samanta riu, amassou a folha e jogou no chão.
— Não preciso provar nada. — Ela virou-se de costas e seguiu caminhando em direção ao auditório, mas foi interrompida pela bolinha de papel que acertaram em sua cabeça.
— O que você pensa que está fazendo? Não pode falar comigo assim, garota!
— Não só posso, como estou falando agora. — Samanta cruzou os braços e arqueou uma das sobrancelhas de modo desafiador. Demi já havia conversado com ela inúmeras vezes sobre garotas malvadas e suas panelinhas, não se deixar intimidar era algo crucial! — O que você vai fazer, hein? — Brittany ficou sem palavras diante da resposta, ela sentia-se afrontada.
— Uma imitação barata de Demi Lovato. — Um dos garotos apontou para Samanta e riu, Brittany pareceu despertar e abriu um sorriso maldoso diante da expressão confusa de Sammy.
— Minha mãe disse que ela é uma vadia que dança de fio dental nos palcos.
— Não fala assim da minha mãe! — Samanta deu mais um passo ficando cada vez mais perto de Brittany.
— Ela nem é sua mãe de verdade, aberração!
— Você não tem pai, não tem mãe e nem irmãos de verdade, eles só te quiseram por pena. Pena da pobre garotinha órfã e amputada! — Eles riram de forma maldosa.
— Isso não é verdade!
— Não é o que diz na internet.
— Aberração!
— Aberração!
— Aberração!
Alessandra chegou cansada do trabalho, ela colocou sua bolsa de lado no sofá e seguiu o cheiro delicioso de comida que vinha da cozinha. Havia dois pratos no escorredor de louças da pequena cozinha, isso significa que Jamie e Samanta já haviam comido. Ela sorriu, pegou seu prato e seguiu pelo corredor ouvindo os risos da filha. — Isso mesmo filha! — Alessandra abriu a porta e arqueou uma das sobrancelhas.
— Posso saber o que os dois estão aprontando? — Ela encostou-se no batente da porta e deu uma garfada em sua macarronada com molho bolonhesa, não era todos os dias que eles conseguiam jantar um rango descente.
— Estou ensinando auto-defesa para ela.
— Auto-defesa? Ela só tem quatro anos, Jamie!
"Aberração!"
— E soca um nariz como ninguém, não é mesmo filha? Bate aqui! — Samanta riu e trocou um toque de mãos com o pai, Alessandra não gostou.
— Sei que ainda sonha em ser um grande lutador, mas não pode influenciar nossa filha desse jeito. Ela ainda é pequena, acha mesmo que ela entende o que isso significa?
— Diz pra mamãe o que significa, bebê.
— Proteger do homem mal.
"Aberração!"
— Isso mesmo, essa é minha garota! — Jamie pegou a filha no colo — Se algum dia você se sentir ameaçada por alguém de alguma forma, você tem o direito de se defender. Entendeu? — A pequena assentiu.
— Jamie, você é terrível!
— Pode dizer que está orgulhosa.
— Eu não vou dizer, ainda acho que ela é muito novinha para aprender sobre isso.
"Aberração!"
— Um dia não estaremos mais aqui e ela estará por conta própria, quero que ela saiba como lidar com situações difíceis. Você pode até achar que ela é nova demais, mas talvez o mundo lá fora não ache isso. — Alessandra suspirou, colocou o prato em cima da comoda e sentou-se ao lado deles.
— Mostra pra mamãe, Samanta. — Jamie colocou Samanta no chão e Samanta desferiu o golpe do ar. — Uau! Ela é realmente boa. — Alessandra sorriu e bateu palmas.
— Não vai dizer que está orgulha?
— Eu estou orgulhosa! Satisfeito?
— Muito! — Ele beijou a esposa e sorriu ao ver Samanta repetindo os golpes que ele havia ensinado com bastante precisão.
Quando Samanta despertou de suas lembranças, uma de suas amigas do teatro estava abaixada ao seu lado no chão oferecendo ajuda para que ela pudesse se levantar. Alguém havia lhe empurrado! — Não ligue para o que eles estão dizendo, vamos sair daqui. — Um brilho diferente surgiu nos olhos de Samanta e ela negou ajuda para se levantar, fez isso sozinha.
— EU NÃO SOU UMA ABERRAÇÃO! — O grito foi tão alto que chamou bastante atenção de alguns alunos que circulavam pelo corredor, inclusive Samuel e Edward que estavam procurando por ela. Os outros gritos vieram de Brittany quando um soco certeiro dado por Sammy lhe atingiu o nariz! A garota caiu sentada no chão, sangue escorria e ela gritava sem parar.
— Olha só que essa aberração fez! — Um dos garotos deu um passo na direção de Samanta, mas Samuel jogou sua mochila nas costas do garoto fazendo-o se virar para ele.
— Ninguém fala assim com ela!
— E quem você pensa que é? — Sam agarrou o garroto pela blusa e o jogou contra os armários.
— Samuel Carpenter, irmão dela! — O garoto arregalou os olhos diante de tamanha intimidação — Fique longe dela. — Ele largou o garoto — Se eu ver você perto dela ou xingando ela outra vez, vou acabar com você! Ouviu bem?
— Vai deixar esse tampinha te intimidar?
— Quem você chamou de tampinha? — Edward intimidou o outro garoto e no mesmo instante sinal bateu anunciando o fim da primeira aula.
A diretora apareceu acompanhada dos inspetores depois que um grande tumulto de alunos se formou no corredor! Eles levaram todos para diretoria, menos Brittany, ela foi encaminhada para o ambulatório da escola. Samanta parecia estar em estado de choque, aquilo nunca havia acontecido antes com ela e tinha sido bastante perturbador! — Alguém pode me dizer o que aconteceu?
— Ela é louca! — Disparou uma das amigas de Brittany, Raquel.
— Cala essa boca, garota! Não foi isso o que aconteceu.
— E quem é você, rapazinho? Não parece nada com um dos meus alunos.
— Eu sou Samuel Carpenter, senhora. — Sam entendeu uma das mãos de forma educada e a diretora trocou um aperto de mãos com ele. — Não sou aluno, mas vim aqui para defender minha irmã. Na verdade nós viemos, né? — Ele apontou para Edward que sorriu tímido — Vi tudo o que aconteceu e posso garantir que minha irmã não teve culpa de nada.
— Ela quebrou o nariz da Britt e todos viram! — Disparou um dos garotos, o que Samuel havia intimidado não estava lá.
— Todos vão ver é minha mão nessa sua cara, mentiroso! — Samuel disparou irritado — Você também estava xingando ela ou pensa que não vi e ouvi?
— Garotos, fiquem calmos. — Um dos inspetores tentou tranquiliza-los
— Isso é verdade? — A diretora perguntou direcionando-se para Samanta — Eles xingaram você?
— Sim. — Ela respondeu com a voz embargada.
— E disseram mais alguma coisa?
— Sim, coisas horríveis! — Samanta fungou — E me empurraram também.
— Mentira, diretora!
— Mentira o caramba! — Edward revidou.
— Eu vou convocar os pais de vocês imediatamente para resolvermos isso.
— Sinto muito, Sra. Spears. — Samanta disse encarrando suas próprias mãos que estavam tremulas — Eu só estava... tentando... eu... só estava me defendendo, não queria machucar ninguém. — A diretora sustentou o olhar de Samanta e sentiu seu coração amolecer no peito, ela era uma garotinha tão adorável!
— Sei que sim, Samanta. Mas não se preocupe, o.k? Nenhum de vocês se preocupe, até mesmo os intrusos. — Os garotos se entreolharam — Tudo vai se resolver. — Ela se levantou — Vou fazer as ligações e volto já, o.k? Sem brigas, Derek ficara de olho em vocês. — Ela apontou para o inspetor que assentiu prontamente.
— Posso ir ao banheiro? — Samanta pediu e a diretora ficou pensativa antes de decidir se deixava ou não.
— Pode ir, mas vai rapidinho. O.k? — Ela assentiu e levantou-se.
— Espera, Samanta... — Samuel se levantou sustentando o olhar dela — Não é seguro ir sozinha.
— Agradeço por estar aqui. — Sammy desviou o olhar dele para Edward — E você também, mas sei me defender.
— Tudo bem, mas não demore. O.k? — Samanta encarrou o irmão mais uma vez e o abraçou por algum tempinho.
— Sinto muito. — Ela partiu o abraço e saiu.
CONTINUA
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boa tarde meninas, tudo bem com vocês?
confesso que esse capítulo mexeu um pouco comigo até pq o que aconteceu com a sammy foi pesado e tem mais coisas vindo ai, aguardem o 34 pq ele já está prontinho sdjsdj
espero de coração que tenham gostado, não se esqueçam de comenta ^^
respostas aqui
por hoje é só, volto em breve com o próximo!
beijos
confesso que esse capítulo mexeu um pouco comigo até pq o que aconteceu com a sammy foi pesado e tem mais coisas vindo ai, aguardem o 34 pq ele já está prontinho sdjsdj
espero de coração que tenham gostado, não se esqueçam de comenta ^^
respostas aqui
por hoje é só, volto em breve com o próximo!
beijos
um hino é um hino, né non?
Como é que tu me vem jogando uma bomba dessas e sai correndo?
ResponderExcluirAinda por cima ta com o próximo capítulo pronto e ainda vai demorar pra postar
Olha essas coisas não se fazem
Eu to é fraca com esse capítulo e to doida pra saber como vai ser o próximo
Então cuide de postar logo
Bjo no core
Eu tô afrontosa sim! sdjsdj
ExcluirDemorei pq queria adiantar capítulos e meu pensamento foi: "Só vou postar o 34 quando o 35 estiver pronto." Como sempre fui tombada por mim mesma, mas vou postar mesmo assim :)
Vou postar ainda hoje, amém irmã.
Bjs no seu core tbm
AQUI ESTOU EU JOGADA NO CHÃO FRIO APÓS LER ESSE CAPÍTULO DUAS VEZES!
ResponderExcluirQUE CAPITULOZAO DA PORRA
o jeito protetor que o Joe defendeu a Demi foi tão lindo mas algo me diz que isso não vai durar por muito tempo, os problemas estão aparecendo cada vez mais e eu tô doida pra saber como eles vão passar por cima de tudo isso
a parte da Sammy me deixou em prantos, os pais dela eram tão fofos aaahhh eu tô chorando sim
seria a Samanta meu novo espírito animal?
soco muito bem dado e super merecido.
quero só ver como vai ser quando Joe e a Demi receber a notícia
enfim, eu amei cada pedacinho, essa fanfic fica cada vez melhor, SOCORRO
poste o próximo capítulo assim que der
xoxo gossip girl
EU RELI TANTAS VEZES QUE POSTEI E SAI CORRENDO PARA DESCANSAR!
ExcluirAAAAAAAAAAAAA fico feliz que tenha gostado <3
Acho que o momento amorzinho deles ainda vai durar durante algum tempo, ainda preciso pensar na era Body Say e como vai ser a turnê da Demi, então... não sei o que dizer sobre isso, apenas sentir mesmo sdjsdj
Essa menina vai provar que é a dona da fanfic, aguarde o momento dela reinar ;)
HOJE MESMO EU POSTO, AAAAAA TÔ BEM ANIMADA
xoxo
Oh merda não tava preparada pra isso,Sam Ed Sammy melhores pessoas,Bi você foi muito paga pau meus amores deveriam ter ficado em casa,isso ainda vai longe viu,tombo atrás de tombo
ResponderExcluirAinda não superei o que escrevi sobre eles, mas enfim...
ExcluirSabrina vai destruir corações, muita gente vai ficar com raiva dela durante um bom tempo... aguarde! ~suspense~
É um tiro atras do outro. Choque.
ResponderExcluirAdorei o capitulo e cada vez fica mais interessante porque onde vai dar toda essa historia já que todos os problemas estão aparecendo, criando, surgindo......................... sem palavras.
Posta logo
Beijos, Mirela (gyllenswift.blogspot.com)
Pois é mulher, eu estou tão empolgada...
ExcluirFicava escrevendo logo para chegar nessa parte e agora que chegou... não consigo parar de escrever! Está sendo maravilhoso <3
Postarei ainda hoje (5 dias depois, maaaas...) TÔ BEM ANIMADA sdjsdj
Beijos
Poooostaaaa
ResponderExcluirPostarei hoje mesmo <3
ExcluirGente que capitulo maravilhosoooooo, adorei cada pedacinho e quero maissss
ResponderExcluirFico feliz que tenha gostado!
ExcluirPosto hoje mesmo <3
Posta amiga ansiosa
ResponderExcluirPostarei agora mesmo, AAAAAAAA! <3
Excluir