CALIFÓRNIA
07:35 A.M
Joseph acordou com o barulho de seu celular que não parava de tocar! Ele podia jurar ser o alarme, mas quando conseguiu focalizar o relógio no criado mudo, assustou-se ao ver que estava atrasado para levar os filhos pra escola. Rapidamente ele atendeu ao ver o nome da escola de Samanta brilhar em sua tela, Demi acabou acordando graças aos movimentos nada delicados dele na cama. — Bom dia, Sr. Carpenter.
— Bom dia Sra. Spears, sinto muitíssimo por não levar Samanta hoje. Sei que faltar mais de uma semana é algo inaceitável, mas posso garantir que isso não ira mais acontecer! — Ele disse já se colocando de pé e esfregando um dos olhos para ver se acordava de vez.
— Sr. Carpenter sua filha está aqui e é por isso que estou ligando. — Joe franziu o cenho confuso — Parece que Samanta se envolveu numa briga e feriu o nariz de uma das colegas.
— Como disse?
— Já convoquei os pais dos outros alunos, mas preciso que venha o mais rápido possível para que possamos esclarecer o que de fato aconteceu.
— Sim, eu... eu já estou indo! Chego em dez ou quinze minutos no máximo.
— Sim, eu... eu já estou indo! Chego em dez ou quinze minutos no máximo.
— Ah e devo acrescentar que seu filho também está aqui. Não sei como, mas ele conseguiu entrar em nossa escola acompanhado de um amiguinho e presenciou parte do que aconteceu.
— Samuel está ai?
— Sim, senhor.
— Samuel está ai?
— Sim, senhor.
— Ai meu Deus, isso só pode ser um pesadelo! — Joe murmurou e passou uma das mãos pelos cabelos. — Já estou saindo de casa, obrigado por me ligar.
— Disponha, Sr. Carpenter. — Ela desligou.
— Joseph, o que aconteceu? — Demi se levantou e ficou diante dele, ela parecia estar bastante confusa.
— Precisamos ir até o colégio da Samanta, aconteceu alguma confusão por lá e ela esta envolvida. — Joe disse indo em direção ao armário, ele pegou uma roupa qualquer e vestiu-se já caminhando até o banheiro para fazer sua higiene matinal.
— Confusão? Desde quando Samanta está metida em confusão?
— Não sei, mas Samuel também está lá!
— Samuel? Espera um pouco, ele saiu da escola e foi até onde Samanta estuda? Esse garoto esta muito encrencado!
— Não sei, mas Samuel também está lá!
— Samuel? Espera um pouco, ele saiu da escola e foi até onde Samanta estuda? Esse garoto esta muito encrencado!
— Calma, Demetria. — Joe segurou-lhe delicadamente pelos ombros e depositou um beijo na testa dela. — Vamos entender primeiro o que aconteceu e depois pensamos na possibilidade de aplicar um castigo.
— Será que isso teve alguma coisa haver com aquele artigo?
— Eu quero muito pensar que não é isso, mas não podemos descartar essa possibilidade. — Joe suspirou e separou uma roupa para ela. Assim que Demi saiu, ele lhe entregou um vestido em cor nude acompanhado de um sobretudo. Ela sorriu brevemente para ele, vestiu-se e pegou o primeiro par de saltos que encontrou. — Podemos ir? — Demetria prendeu os cabelos num coque e assentiu. Joe lhe estendeu uma das mãos, ela segurou firmemente e eles saíram juntos.
— Eu quero muito pensar que não é isso, mas não podemos descartar essa possibilidade. — Joe suspirou e separou uma roupa para ela. Assim que Demi saiu, ele lhe entregou um vestido em cor nude acompanhado de um sobretudo. Ela sorriu brevemente para ele, vestiu-se e pegou o primeiro par de saltos que encontrou. — Podemos ir? — Demetria prendeu os cabelos num coque e assentiu. Joe lhe estendeu uma das mãos, ela segurou firmemente e eles saíram juntos.
***
Bradley estava tomando banho quando ouviu o som da campainha se ecoar pela casa, mas ignorou. Estava sozinho em casa, sua mãe estava fora e os empregados estavam de folga! Ele desligou o chuveiro, secou-se com uma toalha e enrolou-a em volta de sua cintura. O som da campainha novamente chegou aos seus ouvidos e ele revirou os olhos, não era possível que alguém iria lhe importunar aquela hora da manhã. Bufou enquanto descia as escadas, aproximou-se da porta para espiar pelo olho magico e sorriu ao reconhecer Sabrina. A porta se abriu e ela se jogou em seus braços sem se importar com sua "nudez"! — Também senti saudade. — Ele afagou-lhe as costas, mas ela não desfez o abraço. — Amor, será que você pode... minha toalha está quase caindo. — Ele disse sentindo suas bochechas esquentarem de vergonha! Sabrina afastou-se dele e adentrou sem encarra-lo diretamente. Bradley fechou a porta atrás de si e ajeitou aquela bendita toalha. — Você podia ter me avisado que viria, teria tomado banho mais cedo. — Sabrina permaneceu em silencio e de costas para ele. — Sabrina? — Bradley tocou o ombro dela e ela se virou olhando para ele. Os olhos claros estavam avermelhados por causa das lágrimas que ela provavelmente não queria liberar! — O que aconteceu?
— Minha família é uma farsa, Bradley. — Ela disse baixinho, mas ele ouviu e entendeu perfeitamente. — Eu não sei mais o que vivemos de verdade e o que vivemos de mentira, não sei!
— Shhh... fica calma, Sabrina. — Ele passou um dos braços em volta dos ombros dela e Sabrina lhe abraçou pela cintura. — Venha vamos subir. Preciso me vestir e você aproveita esse tempinho para me contar tudo o que aconteceu, o.k? — Ela apenas assentiu e subiu juntamente com ele tentando ao máximo segurar aquelas lágrimas!
Sabrina sentou-se na cama dele, mas não o liberou para se levantar. Segurou uma das mãos dele, tomou folego e disse: — Eles mentiram pra mim sobre tudo, Bradley.
— E como você soube disso?
— Perez publicou, não se lembra? — O garoto ficou pensativo por algum tempinho e logo depois assentiu. — Por isso mamãe reagiu daquele jeito quando viu o que disseram na TV, não acredito que fizeram isso comigo!
— Perez publicou, não se lembra? — O garoto ficou pensativo por algum tempinho e logo depois assentiu. — Por isso mamãe reagiu daquele jeito quando viu o que disseram na TV, não acredito que fizeram isso comigo!
— Ele é apenas um fofoqueiro, Sabrina.
— Você não leu o que eu li, Bradley. — As lágrimas já corriam livremente pelas bochechas dela, ter segurado tornou tudo ainda mais intenso! — Eles brigavam constantemente, eram bastante cruéis um com o outro. Se você os visse em Orlando, não diria que se odeiam tanto!
— Você não leu o que eu li, Bradley. — As lágrimas já corriam livremente pelas bochechas dela, ter segurado tornou tudo ainda mais intenso! — Eles brigavam constantemente, eram bastante cruéis um com o outro. Se você os visse em Orlando, não diria que se odeiam tanto!
— Sabrina, você não...
— Ele esta certo, eles mentiram pra mim durante toda minha vida e não fui capaz de enxergar isso. — Ela suspirou pesadamente e Bradley secou suas lágrimas de forma carinhosa.
— Ele esta certo, eles mentiram pra mim durante toda minha vida e não fui capaz de enxergar isso. — Ela suspirou pesadamente e Bradley secou suas lágrimas de forma carinhosa.
— Você precisa ficar calma, Lynn. — Sabrina olhou para ele em busca de conforto e quando o viu sorrir, sentiu o coração se aquietar no peito. — Isso mesmo, agora pense comigo... não pode rotular tudo o que viveu como uma mentira, o.k? Sei que mentir é errado, mas talvez seus pais tenham feito isso com intenção de proteger você e seus irmãos.
— Eu queria muito que isso fosse verdade. — Ela suspirou e tocou o rosto dele fazendo carinho em sua bochecha. Bradley sentiu os próprios olhos se fecharem devagar, sentia deliciosos arrepios percorrerem seu corpo e tocou imediatamente aquela mão dela retribuindo o carinho. — Mas não estou convencida, isso tudo parece muito errado!
— Sabrina... — Ele estava apronto para argumentar, mas ela o interrompeu com o dedo indicador.
— Shhh... me beija. — Ela sussurrou e ele assim fez, não tinha como negar algo para ela, estava com saudade! O beijo começou calmo e com o passar dos segundos foi se intensificando, quando Bradley deu por si Sabrina estava deitada embaixo dele e o encarrava com um brilho diferente nos olhos.
— Não podemos, eu... você... nós...
— Eu estou cansada de viver uma mentira, Bradley! Me prove que nosso amor é real. — Ele quis pensar antes de tomar qualquer decisão, sabia que aquele era um grande passo, mas seu corpo falou mais alto e cedeu ao primeiro toque dela em seu corpo.
***
A diretoria da escola estava um verdadeiro caos! Os pais dos outros alunos não paravam de falar, pelo que Joe pode ouvir todos estavam culpando Samanta pelo ocorrido e mesmo não sabendo o que havia se passado, ele sentiu o sangue ferver. — Bom dia, senhoras e senhores. — Ele disse ao adentrar na sala acompanhado de Demi, todos os olhares se voltaram para eles!
— A sua filha... — Um dos pais apontou o dedo para Joe e ele arqueou uma das sobrancelhas.
— Quem você pensa que é para apontar esse dedo imundo pra mim?
— Senhores, por favor. — A diretora se intrometeu entre eles — Sentem-se! — Ela disse num tom de voz sério e sentou-se suspirando logo em seguida. — Agora que todos vocês chegaram, vamos tentar entender o que aconteceu. O.k? — Ambos assentiram. A mãe de uma das crianças não parava de encarrar Demi, ela percebeu e encarrou de volta até que a mulher parasse de olhar para ela!
— Deveríamos chamar as crianças para que elas pudessem dizer o que aconteceu. — Um dos pais sugeriu.
— Felizmente temos as filmagens para assistir, isso não será necessário, pelo menos não agora. — A diretora balançou o controle remoto e apontou para um televisor que ficava suspenso na parede da sala.
Os primeiros minutos de filmagem não revelou muita coisa, mas quando Demi viu as outras crianças apontando o dedo e rindo de Samanta, ela sentiu o coração apertar no peito. Não era possível ouvir o áudio, mas não era difícil imaginar as coisas horríveis que eles estavam dizendo! Uma lagrima solitária escorreu por sua bochecha quando ela viu dua garotinha acuada num canto, enquanto Samuel defendia ela de um dos meninos. — Como uma garotinha que sete anos fere o nariz de outra criança de um modo tão violento? — Questionou um dos pais — Isso é um absurdo!
— Absurdo é os filhos de vocês praticando bullying em pleno século 21! — Demi rebateu — Ela estava apenas se defendendo ou será que vocês não viram o momento em que aquela outra garota avançou pra cima dela?
— Até um garoto foi pra cima dela... UM GAROTO! — Joe disse indignado.
— Vindo de vocês dois, era de se esperar que essa criança saísse por ai causando um estrago! — A mulher que estava encarrando Demi disse e fez questão de olhar para ela.
— Por acaso você tem algum problema comigo, queridinha? — Demi se levantou, Joe tentou segurar um dos braços dela, mas ela desviou impedindo que ele ao menos conseguisse toca-la. — Se você tiver, podemos resolver isso lá fora.
— Viram só? Eu disse... — A mulher riu de forma sínica.
— Senhoras, não vamos nos exaltar! Por favor. — Demi sentou-se e cruzou os braços irritada.
— Eu nunca pensei que meu filho fosse capaz de fazer isso. — Um dos pais desabafou e suspirou. — Sinto muito que isso tenha acontecido, ele vai se desculpar com Samanta. — Ele disse voltando-se para Joe que assentiu imediatamente.
— Isso mesmo, vamos resolver tudo de forma civilizada.
— Chame as crianças, quero ouvir delas o que aconteceu. — Demi pediu. A diretora assentiu e sinalizou para um dos inspetores que estavam na porta. Algum tempinho depois as crianças adentraram na sala, todas menos Samuel e Samanta!
— Onde está Samanta?
— Samuel foi atrás dela no banheiro, ela estava demorando. — Edward respondeu e Demi olhou o garoto com uma das sobrancelhas arqueadas.
— Samuel foi atrás dela no banheiro, ela estava demorando. — Edward respondeu e Demi olhou o garoto com uma das sobrancelhas arqueadas.
— Até você? — O garotinho sorriu um pouco sem graça.
— SAMANTA SUMIU! — Samuel disse assim que adentrou na sala, ele estava ofegante.
— Como assim sumiu?
— Ninguém viu ela entrando ou saindo do banheiro, ninguém! — Sam disse desesperado e encarrou um dos garotos. — Foi você, não foi? Onde esta minha irmã?!
— Ninguém viu ela entrando ou saindo do banheiro, ninguém! — Sam disse desesperado e encarrou um dos garotos. — Foi você, não foi? Onde esta minha irmã?!
— Eu não fiz nada.
— Não é?
— Não é?
— Mais que merda! — Joe exclamou — Puxe nas câmeras, Sra. Spears. — A mulher de longos cabelos claros assentiu prontamente e mexeu em seu computador de forma nervosa, aquele dia estava sendo uma loucura!
— Como você veio parar aqui, rapazinho? — Demi questionou o filho e o viu dar de ombros.
— É uma longa historia. — Ele cruzou os braços e encarrou ela.
— Vai ter que se explicar quando chegarmos em casa.
— Não só eu, não é mesmo? — Demi abriu a boca para responder o garoto, mas foi interrompida pelos gritos histéricos de Joe.
— Não só eu, não é mesmo? — Demi abriu a boca para responder o garoto, mas foi interrompida pelos gritos histéricos de Joe.
— COMO ASSIM SAIU? COMO UMA CRIANÇA SAI DA ESCOLA SEM QUE NINGUÉM VEJA?!
— Sammy saiu? — Demi se levantou e encarrou a tela do computador. A filmagem mostrava Samanta saindo da escola e pegando carona em um táxi! Demetria rapidamente pegou o celular e anotou o numero do telefone que estava pintado no carro.
— Sammy saiu? — Demi se levantou e encarrou a tela do computador. A filmagem mostrava Samanta saindo da escola e pegando carona em um táxi! Demetria rapidamente pegou o celular e anotou o numero do telefone que estava pintado no carro.
— Nós pagamos um absurdo de mensalidade e o minimo que esperamos é que nossos filhos sejam mantidos dentro da escola!
— Eu não sei como tudo isso foi acontecer, Sr. Carpenter.
— Ah não é? Se acontecer alguma coisa com ela, eu processo essa escola! — Joe apontou o dedo para ela.
— Ah não é? Se acontecer alguma coisa com ela, eu processo essa escola! — Joe apontou o dedo para ela.
— Vamos procura-la e voltaremos para resolver essa situação, com licença. — Demi saiu já ligando para o numero que havia anotado, Joe foi atrás dela com Samuel e Edward em seu encalço.
— Meu Deus! Onde ela pode ter se metido? — Joe massageou suas têmporas e respirou fundo tentando se calmar, ele estava bastante nervoso!
— Ela pegou um táxi e pode ter ido para qualquer lugar. — Demi comentou sentindo o coração apertar no peito, ninguém atendia! A ideia de ter Samanta no carro de um estranho lhe apavorava e ela estava tentando não demonstrar isso, Joe já estava uma pilha e ela não queria correr o risco dele ter uma crise de ansiedade.
— Talvez devêssemos pensar como ela. — Edward comentou assim que já estavam ao lado de fora e Joe virou-se atento ao que ele disse.
— Para onde você iria se passasse por uma situação dessas? — Joseph perguntou para Demi.
— Eu iria para casa, provavelmente correria pros braços da minha mãe.
— Já sei onde ela está. — Joe estalou os dedos — Entrem no carro! — Demi franziu o cenho confusa, mas fez o que ele pediu e o colocou o cinto. Os garotos sentados lá atrás permaneceram em silencio para ouvir o que eles falariam, Demetria olhou para Joe e ele lhe estendeu uma das mãos para que ela segurasse.
— Onde ela está?
— Você vai ver, confie em mim. — Joe beijou-lhe as costas da mão e soltou-a de forma delicada.
— Você vai ver, confie em mim. — Joe beijou-lhe as costas da mão e soltou-a de forma delicada.
SANTA BARBARA
10:50 A.M
Não foi muito difícil para Samanta conseguir carona, bastou ela dizer que era filha de um casal rico que Georgina não se importou em dirigir cerca de 4 horas até Santa Barbara! — Ei, garota. — A mulher cutucou Samanta, ela havia adormecido durante o trajeto e agora despertava um pouco confusa. — Tem certeza de que é esse o endereço? — Samanta assentiu prontamente e desceu do carro ainda esfregando um dos olhos. — O que vai fazer lá dentro? É um cemitério, não tem medo de entrar lá sozinha? — A garotinha deu de ombros.
— Gente viva é que dá medo. — Georgina riu — Me espere aqui fora como combinamos, o.k? Prometo que será devidamente paga quando voltarmos.
— Como quiser, Srta. Carpenter. — Samanta assentiu e caminhou até um senhor que vendia flores na entrada. Ela usou o dinheiro do lanche para comprar algumas e adentrou no cemitério sem qualquer dificuldade.
Já estivera ali antes com uma das irmãs do orfanato e apesar de já ter se passado alguns anos, aquele lugar não havia mudado em nada. Em questão de alguns minutos ela encontrou uma das lapides, elas estavam cobertas por folhas e ela precisou tira-las da frente para enxergar o nome deles. Samanta colocou as flores num cantinho que tinha ali especialmente para isso e sentou-se no gramado verde, sentia o coração bater acelerado no peito. Eram tantas coisas que queria dizer, mas não sabia como! A primeira tentativa resultou em lágrimas, Samanta chorou o que podia jurar já ter chorado quando saiu da escola. Ela permaneceu assim durante algum tempo até conseguir se acalmar e conseguir dizer exatamente tudo o que queria. Foi um alivio e quando ela deu por si, estava deitada no gramado. — Eu me defendi, papai. — Ela disse baixinho e fechou os olhos. — Me defendi exatamente como o senhor me ensinou.
— Samanta! — A garotinha abriu os olhos ao ouvir seu nome ser chamado, ela se levantou sentindo-se um pouco tonta e olhou em volta. — Meu Deus, Sammy! — Samanta assustou-se quando foi envolvida num abraço apertado e repleto de emoção. — Você está bem? — Demi segurou-lhe o rosto com delicadeza e sorriu entre lágrimas, estava tão preocupada com ela!
— Mamãe, eu...
— Eu disse que ela estaria aqui, não disse? — Joe caiu de joelhos ao lado das duas e abraçou Samanta. — Oh meu amor, o que aconteceu?
— Eu disse que ela estaria aqui, não disse? — Joe caiu de joelhos ao lado das duas e abraçou Samanta. — Oh meu amor, o que aconteceu?
— Onde estão os meninos? — Sammy perguntou preocupada.
— No carro, eles estão esperando por nós. — Demi explicou e afagou os cabelos da filha.
— O que aconteceu? — Joe perguntou novamente.
— Não sei, eu... eu não consigo entender. Ninguém nunca me tratou daquele jeito, papai. — Ela suspirou — Acho que hoje não é um bom dia para eles, apenas isso. — Demi e Joe se entreolharam, ambos sabiam que provavelmente era por causa do artigo. — Eles me disseram umas coisas muito estranhas e fiquei com raiva, sinto muito por ter fugido daquela forma.
— Tudo bem, Sammy.
— Só não faça mais isso, pelo amor de Deus! — Demi suspirou levantando-se e segurando uma das mãos da filha. — Nós ficamos desesperados.
— Só não faça mais isso, pelo amor de Deus! — Demi suspirou levantando-se e segurando uma das mãos da filha. — Nós ficamos desesperados.
— Eu sei que sim, mas estava em boas mãos. — Samanta sorriu brevemente — Precisava falar com eles. — Joe olhou juntamente com Demi em direção ao tumulo, ambos assentiram em silencio sem saber o que dizer naquele momento! — É melhor irmos, os garotos devem estar preocupados. — Joseph levantou-se e fez o mesmo que Demetria segurando na outra mão de Samanta, eles caminharam juntos até chegarem ao lado de fora do cemitério.
— Onde está Georgina?
— Já acertamos com ela, não se preocupe. — Samanta olhou para Demi e assentiu.
— Já acertamos com ela, não se preocupe. — Samanta olhou para Demi e assentiu.
— SAMANTA! — Samuel desceu do carro e correu na direção dela para abraça-la. Samanta soltou-se dos pais e fez o mesmo abraçando o irmão no meio da calçada, por muito poucos eles não caíram no chão. — Meu Deus, como você pode fazer isso comigo? Dá próxima vez me leva com você, sua doida! — Sammy riu, partiu o abraço e beijou uma das bochechas do irmão.
— Me desculpe, eu só... precisava de um tempo sozinha. — Ele assentiu e Samanta sustentou o olhar por alguns segundos. — O que tem de errado com você, Sam?
— É uma longa história. — Samuel olhou para Demi e Joe que estavam se aproximando deles, ele revirou os olhos. — E estou bastante encrencado, não só eu... — Sam apontou para Edward que estava em um telefonema com Alycia, ela estava histérica ao telefone com ele!
— Vamos, crianças? — Joe indicou o carro e ambos assentiram antes de caminharem juntos até lá.
O caminho de volta foi rápido, mas estranhamente silencioso. Samanta ficou ainda mais intrigada com o comportamento dos pais! Joseph se manteve focado na estrada, enquanto Demi encarrava os próprios dedos de cabeça baixa sem dizer uma única palavra. Alguma coisa estava muito errada com eles e Samuel não queria lhe contar, muito menos Edward. — Pode deixar que eu resolvo isso. — Demi disse enquanto retirava o sinto de segurança.
— Tem certeza? — Joe perguntou olhando diretamente para ela.
— Sim, eu tenho. — Demi sorriu brevemente para ele — Vamos? — Ela olhou para Sammy por cima dos ombros e a garotinha assentiu para ela.
— Ainda bem que vocês chegaram! — A diretora fez questão de recebe-las — Já estava preocupada com você, mocinha.
— Imagino que sim. — Demi respondeu séria e segurou uma das mãos da filha. — Será que podemos ir logo ao que interessa? Hoje não é um bom dia. — A mulher assentiu e elas caminharam até a sala. Na porta, Samanta empacou sem conseguir colocar um único pé para dentro da sala! Brittany estava com um curativo no nariz e sua mãe de nariz empinado estava impaciente.
— Entre, Samanta. — Demi olhou para ela — Vai ficar tudo bem, não se preocupe. — A ultima parte ela sussurrou bem baixinho, apenas para que a filha pudesse ouvir e ela acabou adentrando.
— Estávamos conversando e acabei por dispensar os outros pais já que todos apontaram Brittany como culpada.
— Já lhe disse que minha filha não fez nada. — A mulher olhou Demi da cabeça aos pés e encarrou Samanta. — Minha filha é mais vitima do que essa...
— "Essa" tem nome, queridinha. Você dobre essa sua língua pra falar da minha filha!
— Não me admira o fato dela se comportar do jeito que se comporta, sabe? Com uma mãe como você...
— Uau, belo exemplo de mãe você! — Demi riu de forma irônica.
— Você não me conhece!
— Digo o mesmo pra você.
— Senhoras, por favor....
— Senhorita, Sra. Speras!
— Sra. Carpenter, Srta. Stuart, por favor... vamos resolver isso de forma civilizada! — A diretora suspirou e ajeitou sua postura na cadeira. — Vamos ouvir as meninas e depois conversamos entre nós, o.k? — Ambas assentiram — Samanta, você primeiro.
— Eu só estava lá para pegar minhas falas do musical e ela cismou que estava lá para passear. Os amiguinhos dela ficaram dizendo que era mentira e tentei explicar, mas não adiantou, ela acabou acreditando neles. Ela me deu uma advertência e não aceitei, fizeram uma bolinha e jogaram na minha cabeça! Brittany disse que não deveria falar com ela daquele jeito e um dos meninos disse que eu era uma "imitação barata de Demi Lovato". — Demetria observava Samanta atentamente e franziu o cenho com aquele comentário. A garotinha suspirou e entrelaçou os próprios dedos, estava nervosa com tanta atenção sobre ela. — Ela... ela xingou minha mãe da palavra com V e disse que a mãe dela que tinha dito isso. — Demi desviou o olhar para a mulher que estava de frente com ela e deixou claro naquele olhar toda sua raiva! — Depois... depois eles me disseram que minha família era uma mentira e que só... só me adotaram por pena. — Samanta fez uma pausa e mordeu o lábio, ela estava se segurando para não chorar outra vez. — Eles me disseram coisas horríveis e ficaram me chamando de... "aberração". — A última palavra soou baixinho, mas todas elas ouviram. — O tempo todo sem parar, aberração... aberração... aberração! — Demi estava com os olhos cheios de lágrimas e sentia uma dor terrível no peito, como se tivessem lhe golpeado com força! Ela segurou uma das mãos da filha e sentiu a pequena mãozinha dela tremer. — Eu fiquei com muita raiva e queria que eles parassem, não queria ter machucado ninguém, mas eles não paravam! Depois do que aconteceu, os amigos dela ainda tentaram vir pra cima de mim e se não fosse Samuel aparecer, não sei... não sei o que teria acontecido.
— Brittany, isso é verdade? — A diretora que estava com os olhos ardendo em lágrimas manteve sua compostura e encarrou a outra garota.
— Eu...
— Mais é claro que não!
— Srta. Stuart, deixe sua filha falar! — Demi disse num tom de voz sério, ela estava se controlando para não agir por impulso e grudar nos cabelos daquela mulher.
— Sim foi verdade. Todos aqui sabem que sou a garota mais popular dessa escola e que eu mando em quem circula por esses corredores! Ela procurou confusão comigo e teve o que mereceu, não sou culpada.
— Isso é um absurdo! — A diretora encarrou a garota boquiaberta sem saber o que dizer.
— Eu não estou nenhum pouquinho espantada com isso. — Demi encarrou Brittany e balançou a cabeça. — Crianças podem ser cruéis, muito cruéis e sei bem disso! O que me espanta é pensar que minha filha não é a primeira que passa por isso aqui nessa escola, diretora. Você deveria estar atenta ao que acontece nos corredores, aposto que se procurar, vai acabar achando ainda mais vitimas da crueldade dessa garota!
— Eu não admito... — Demi se levantou de forma brusca e encarrou a mulher que estava de frente com ela.
— Você não tem que admitir nada... NADA! — Ela apontou o dedo na cara da mulher e a mesma arregalou os olhos assustada. — Sua filha é culpada e essa história se encerra aqui mesmo. E mais uma coisa, se tem algo para dizer, diga na minha cara... NA MINHA CARA! Me chame do que quiser, eu não me importo, mas NÃO FAÇA ISSO COM A MINHA FILHA! Isso é algo que não vou admitir e não interessa se sou ou deixei de ser uma vadia, eu estou na porra do meu direito. — O silencio que se instalou naquela sala foi assustador! Demetria voltou-se para a diretora e disse: — Já resolvemos o que tínhamos para resolver, vou indo embora. Talvez volte aqui ainda essa semana para tratar da transferência da minha filha! Vamos, Sammy. — Demi estendeu uma das mãos para Samanta, ela rapidamente segurou e elas saíram juntas.
Demetria caminhou silenciosamente ao lado da filha até que as lágrimas vieram e ela parou em meio ao corredor vazio com Samanta. A garotinha voltou-se para ela e Demi agachou-se para ficar do mesmo tamanho que ela. — Eu sinto muito, filha.
— Mamãe está...
— Não, não está tudo bem! Isso não deveria ter acontecido e é sim culpa minha. — Demi soluçou — Eu deveria estar aqui para proteger você, mas não estava.
— Mamãe... — Ela disse com a voz embargada.
— Nada que começa com mentiras termina bem. — Ela sussurrou para si mesma.
— Mamãe, você está aqui e... e é isso o que importa. — Demetria olhou para ela e sentiu o coração doer mais ainda ao vê-la chorar.
— Samanta, eu prometo que não vou deixar isso acontecer outra vez. O.k? — Ela assentiu e elas se abraçaram. Demi afagou os cabelos da filha por algum tempinho e chorou ainda mais ao sentir ela fazer o mesmo com seu cabelo. — Espero que possa me perdoar por isso.
— Eu te amo.
— Ah minha filha, eu te amo ainda mais. — Demetria partiu o abraço e obrigou-se a parar de chorar, ela sorriu breve quando Samanta secou suas lágrimas. Logo depois ela pegou a garotinha no colo de forma protetora, Sammy passou os braços em volta de seu pescoço e apoiou sua cabeça no ombro dela.
Bradley e Sabrina estavam nus entre os lençóis da cama. Nenhum dos dois tinha dito uma única palavra depois do que aconteceu, parecia até que estavam isolados do mundo em um universo unicamente deles! Um lugar onde nenhum tormento existia, apenas paz e amor. — Sabrina... — Ele arriscou dizer algo, estavam deitados um de frente para o outro, mas ela o interrompeu.
— Shhh! — Sabrina o calou com seu dedo indicador e sorriu logo depois, seus cabelos estavam bagunçados de uma forma bonita. — Não diz nada, eu só quero ficar aqui com você e curtir ao máximo esse momento.
— Mas eu preciso saber... — Ela o calou com um beijo e aninhou-se ao peito dele.
— Depois de hoje pude crer que todos os clichês são verdade.
— Clichês? — Ele arqueou uma das sobrancelhas e fez carinho nas costas dela.
— Você sabe, todos dizem que primeira vez é algo importante e que nos sentimos como um só, coisas assim. — Ela fez questão de encarra-lo ao terminar de dizer aquilo e isso o fez corar terrivelmente! — Você não acha?
— Eu te amo e vou me manter calado como você mesma pediu. — Sabrina riu.
— Não seja bobo, Bradley. — Ele mordeu o lábio e acabou rindo. — Eu também te amo. — Bradley sorriu e Sabrina se ergueu novamente para beija-lo, mas batidas na porta fez com que ela se senta-se assustada na cama.
— Bradley! — Era a mãe dele — Filho, você já tomou banho?
— O que eu faço?
— Enrola ela! — Sabrina se enrolou no lençol e saiu andando pelo quarto atrás de sua roupa.
— Ainda não!
— Como não? Eu sai faz um tempo e você me disse...
— Eu.... eu acabei pegando no sono! — Ele enrolou a toalha em volta da cintura e jogou um dos sapatos para Sabrina, mas ele acabou por cair no chão e fazer barulho.
— Bradley, o que foi... — A mãe dele abriu a porta e adentrou no quarto. — AI MEU DEUS! — Ela exclamou arregalando os olhos — Vocês dois... vocês... estavam transando?
— Mãe! — Bradley repreendeu a mãe e olhou para Sabrina que ainda estava enrolada no lençol, agora completamente envergonhada.
— Não me repreenda, garoto! Até onde sabia vocês dois só trocavam beijos e abraços, não me diga que...
— Pelo amor de Deus, não quero falar sobre isso com você. É constrangedor!
— O.k, eu vou ligar pro seu pai. — Ela olhou de Bradley para Sabrina — E para os pais dela também, não quero saber de confusão pro meu lado.
— Por favor, não ligue pra eles! — Sabrina pediu, aquilo arruinaria oficialmente aquele dia.
— Ah meu amor, eu preciso fazer isso. — A mãe de Bradley disse e pegou o celular em mãos. — Se você acaba engravidando... céus, prefiro nem pensar! — Ela saiu do quarto já discando um dos números.
— Eu sinto muito pela minha mãe. — Bradley fechou a porta e voltou-se para Sabrina.
— Relaxa, isso deve ser algo comum entre pais.
— Você não acha que vamos acabar nos encrencando?
— Namoramos faz dois anos, eles sabiam que isso ia acabar acontecendo.
— Você está tentando se convencer disso?
— Eu não me arrependo do que aconteceu!
— Não disse que me arrependi, Sabrina.
— Sério? Olhando pra você, não é o que está parecendo! — Ela virou-se de costas para ele e adentrou rapidamente no banheiro batendo a porta atrás de si.
— Sabrina, abre essa porta! — Bradley bateu de forma insistente, mas ela não abriu. — Sabrina! — Tudo o que ele ouviu do outro lado da porta foi o barulho do chuveiro, ela estava tomando banho. — Droga!
Joseph e Demetria estavam na metade do caminho para a casa de Alycia quando o telefone dela tocou, era mãe de Bradley. Ela atendeu ao primeiro toque, ouviu atentamente o que a mulher lhe disse e fez Joe dar meia volta no carro para ir imediatamente até lá! — Não vai mesmo me dizer o que aconteceu? — Ele questionou Demi e olhou para ela depois de estacionar o carro.
— Vai por mim é melhor conversarmos lá dentro. — Demi suspirou pesadamente e desceu do carro.
— Nós também vamos descer, mamãe? — Samanta perguntou e Demi assentiu.
— Vamos lá. — Joe desceu e abriu uma das portas para que eles pudessem descer. Eles atravessaram a rua juntos e de mãos dadas; o tremor da mão de Demetria não passou despercebido por ele. Primeiro Perez, depois Samuel cabula aula e arrasta Edward junto, Samanta sendo atacada e fugindo... O que mais poderia ter acontecido? Um arrepio percorreu o corpo de Joe e bem lá no fundo algo que dizia que era algo ruim!
— Ainda bem que chegaram! — A mãe de Bradley, Brenda exclamou. Os cabelos castanhos da mulher estavam bagunçados de tanto ela mexer neles de forma nevosa, Emery estava para chegar e aquele dia não podia piorar, podia? — Por favor, entrem. — Demi dispensou os cumprimentos e foi a primeira que adentrou na casa, ela dispensou o casaco e o pendurou perto da porta.
— Onde está minha filha?
— Alguém pode me explicar de uma vez por todas o que diabos está acontecendo? — Joe cruzou os braços e as crianças se sentaram no sofá observando-os atentamente.
— Você não contou? — Brenda perguntou olhando para Demi.
— Ele estava dirigindo e se soubesse como o dia tem sido uma loucura, não teria me dito por telefone também! — Demi soou mais irritada do que realmente queria e suspirou. — Me desculpe.
— Qual das duas vai me contar?
— Creio que não seja um assunto para crianças. — Brenda ponderou e sorriu para cada um deles. — Tem bolo de chocolate na cozinha e refrigerante na geladeira, sintam-se em casa. — Eles se entreolharam e seguiram na direção em que ela apontou. — Melhor assim, vamos preservar a pureza delas. — Brenda sussurrou e balançou a cabeça.
— Nossa filha não é mais virgem. — Demi disse sem qualquer enrolação e sustentou o olhar de Joe. — Quando conversei com ela sobre ter esse tipo de relação com o namorado, ela me prometeu que conversaria antes comigo e assim poderia te contar de uma forma menos... bruta! Mas confesso que fui pega de surpresa tanto quanto você e não estou nenhum pouco contente com isso.
— O.k, vamos tentar não... surtar! — Joe disse massageando as têmporas — O dia já tem sido bem difícil e não podemos deixar que isso influencie na nossa conduta com ela. Certo?
— Ela está lá em cima, suba e converse com ela. — Brenda indicou as escadas — Eu liguei para Emery e pedi que ele viesse para conversar com Bradley, ele ficou envergonhado de ter que conversar comigo. — Demi assentiu e olhou para Joe novamente.
— Tudo bem, vá falar com ela. — Joe forçou seu melhor sorriso e Demi subiu.
Bradley estava sentado no chão do corredor quando ouviu o barulho de passos vindo da escada, ele se levantou rapidamente e ficou sem saber como encarrar Demetria. — Acho melhor você descer, garoto. — Ela o encarrou com uma frieza assustadora em seu olhar e ele obedeceu prontamente. Demi respirou fundo e sem qualquer aviso prévio adentrou no quarto, Sabrina vestia o roupão do namorado e estava sentada na cama bagunçada. — Olha pra mim. — Demetria pediu e Sabrina fez o que ela pediu. — Estou muito decepcionada com você, Sabrina.
— Me desculpe, mas você não é a pessoa mais indicada para falar sobre decepção. — A garota se levantou e olhou para ela com desprezo.
— Não se trata de mim e sim de você, filha!
— É tudo sobre você e meu pai, não entende? Eu sabia de tudo, sempre soube desde o inicio, mas não queria acreditar. Não queria acreditar que minha vida se tornou uma mentira por causa de vocês dois! E foi por isso que esperei, esperei pacientemente que vocês contassem pra mim e para meus irmãos o que estava acontecendo, mas vocês não contaram. Ele me avisou e não quis acreditar, fui muito burra mesmo! Mas agora eu não sou mais, agora sei quem realmente são e sinto nojo, nojo de vocês dois.
— Você não sabe o que está falando, menina! — Demi aproximou-se dela furiosa — NÃO SABE O QUE ESTÁ FALANDO! Vai mesmo acreditar em MENTIRAS inventadas por um ESTRANHO do que dar UMA CHANCE dos seus pais te explicarem o que REALMENTE aconteceu? — Entre um grito e outro a voz de Demi falhava, ela já havia gritado muito na escola e sua garganta doía.
— VOCÊS TIVERAM TODO TEMPO DO MUNDO!
— Abaixa esse tom de voz comigo, eu exijo respeito!
— VOCÊ PERDEU ESSE DIREITO QUANDO MENTIU PRA MIM!
— Eu não vou repetir uma terceira vez... — Demi segurou o braço dela com força — ABAIXA ESSE TOM DE VOZ COMIGO!
— EU TE ODEIO E QUERIA QUE QUALQUER OUTRA MULHER FOSSE MINHA MÃE, MENOS VOCÊ! — A voz de Sabrina falhou e ela tossiu em seguida. Demi encarrou a filha com os olhos ardendo e marejando conforme as palavras lhe atingiam, num ato impulsivo ela ergueu uma das mãos para dar um tapa em Sabrina!
— CALA ESSA SUA...
— Vá em frente e me bata, bata na minha cara como bateu na do meu pai quando você estava bêbada! — Demi soltou a filha de forma brusca e se afastou.
— O que está acontecendo aqui? — Joseph apareceu interrompendo as duas — Consigo ouvir os gritos da cozinha!
— Vista-se imediatamente, nós vamos embora. — Demi disse séria encarrando Sabrina — E se ousar me desobedecer, eu te levo nem que for arrastada pelos cabelos!
— Demetria...
— Não se meta, Joe. Você não faz ideia dos absurdos que ouvi saindo da boca dessa garota!
— Eu não arrependo de...
— CHEGA! — Joe interrompeu Sabrina — Obedeça sua mãe, quero você lá baixo em cinco minutos! — Ele encarrou a garota e voltou-se para Demi. Ela saiu caminhando na frente e ele foi atrás tentando arrancar dela alguma coisa sobre aquela conversa nada amigável entre as duas.
Demetria ignorou as perguntas do marido, sentia sua cabeça latejar e dar voltas sem papar! Se não fosse Joseph estar ao seu lado para lhe dar apoio, ela teria tropeçado e caído feio na escada. — Tudo bem? — Ele perguntou segurando-a pelos ombros.
— Beba um pouco d' água, Sra. Carpenter. — Bradley lhe ofereceu e ela aceitou bebendo num único gole o conteúdo do copo.
— Eu não quero você na minha casa até segunda ordem, garoto! Espero ter sido bastante clara, você não vai querer me ver brava de verdade.
— Demi, você...
— NÃO PEÇA PRA MIM ME ACALMAR! — Ela tentou sair do alcance dele, mas Joe segurou um dos braços dela e puxou-a delicadamente para si.
— Não me afaste de novo, por favor. — Joe lhe deu um selinho e quando afastou-se percebeu as lágrimas presas em seus olhos. — O que aconteceu lá em cima?
— Vamos pra casa, não quero conversar sobre isso aqui.
— Como quiser, amor. — Ela assentiu.
— Eu vou esperar no carro, o.k? — Ele lhe entregou as chaves — Venham crianças, vamos. Não se esqueçam de agradecer pelo bolo! — Elas fizeram exatamente o que Demi disse e saíram com ela.
— Sinto muito por causar mais um problema pra vocês. — Bradley disse olhando para Joseph.
— Eu poderia apontar o dedo pra você e dizer que isso é culpa sua, mas te conheço e sei que é um bom garoto.
— Ela me disse que precisava sentir que algo na vida dela era real de verdade.
— Não sei se quero saber os detalhes, filho. — Joe riu baixinho.
— Não é isso... é que Sabrina está brava comigo. — Ele arqueou uma das sobrancelhas — Ela acha que me arrependo ou algo assim, mas só estava preocupado.
— Sem arrependimentos?
— Talvez sim, Sr. Carpenter. — Bradley suspirou — Hoje não parece ter sido um bom dia para... o senhor sabe, me desculpe mesmo.
— Mulheres são sensíveis, você precisa ser cauteloso com o que diz. O.k? Ela pode estar brava agora, mas Sabrina tem um bom coração e ama muito você, vai acabar te perdoando.
— Obrigado. — Joe apenas assentiu para Bradley e Brenda passou um dos braços em torno dos ombros do filho. Sabrina desceu alguns minutos depois, ela não olhou na cara de ninguém e simplesmente saiu da casa.
— Obrigado por nos ligar, Brenda. Até logo! — Joe despediu-se com um simples aceno e saiu apressado, temia que mais alguma coisa acontecesse e mentalmente pedia para que Deus tivesse misericórdia deles.
— Tem certeza? — Joe perguntou olhando diretamente para ela.
— Sim, eu tenho. — Demi sorriu brevemente para ele — Vamos? — Ela olhou para Sammy por cima dos ombros e a garotinha assentiu para ela.
— Ainda bem que vocês chegaram! — A diretora fez questão de recebe-las — Já estava preocupada com você, mocinha.
— Imagino que sim. — Demi respondeu séria e segurou uma das mãos da filha. — Será que podemos ir logo ao que interessa? Hoje não é um bom dia. — A mulher assentiu e elas caminharam até a sala. Na porta, Samanta empacou sem conseguir colocar um único pé para dentro da sala! Brittany estava com um curativo no nariz e sua mãe de nariz empinado estava impaciente.
— Entre, Samanta. — Demi olhou para ela — Vai ficar tudo bem, não se preocupe. — A ultima parte ela sussurrou bem baixinho, apenas para que a filha pudesse ouvir e ela acabou adentrando.
— Estávamos conversando e acabei por dispensar os outros pais já que todos apontaram Brittany como culpada.
— Já lhe disse que minha filha não fez nada. — A mulher olhou Demi da cabeça aos pés e encarrou Samanta. — Minha filha é mais vitima do que essa...
— "Essa" tem nome, queridinha. Você dobre essa sua língua pra falar da minha filha!
— Não me admira o fato dela se comportar do jeito que se comporta, sabe? Com uma mãe como você...
— Uau, belo exemplo de mãe você! — Demi riu de forma irônica.
— Você não me conhece!
— Digo o mesmo pra você.
— Senhoras, por favor....
— Senhorita, Sra. Speras!
— Sra. Carpenter, Srta. Stuart, por favor... vamos resolver isso de forma civilizada! — A diretora suspirou e ajeitou sua postura na cadeira. — Vamos ouvir as meninas e depois conversamos entre nós, o.k? — Ambas assentiram — Samanta, você primeiro.
— Eu só estava lá para pegar minhas falas do musical e ela cismou que estava lá para passear. Os amiguinhos dela ficaram dizendo que era mentira e tentei explicar, mas não adiantou, ela acabou acreditando neles. Ela me deu uma advertência e não aceitei, fizeram uma bolinha e jogaram na minha cabeça! Brittany disse que não deveria falar com ela daquele jeito e um dos meninos disse que eu era uma "imitação barata de Demi Lovato". — Demetria observava Samanta atentamente e franziu o cenho com aquele comentário. A garotinha suspirou e entrelaçou os próprios dedos, estava nervosa com tanta atenção sobre ela. — Ela... ela xingou minha mãe da palavra com V e disse que a mãe dela que tinha dito isso. — Demi desviou o olhar para a mulher que estava de frente com ela e deixou claro naquele olhar toda sua raiva! — Depois... depois eles me disseram que minha família era uma mentira e que só... só me adotaram por pena. — Samanta fez uma pausa e mordeu o lábio, ela estava se segurando para não chorar outra vez. — Eles me disseram coisas horríveis e ficaram me chamando de... "aberração". — A última palavra soou baixinho, mas todas elas ouviram. — O tempo todo sem parar, aberração... aberração... aberração! — Demi estava com os olhos cheios de lágrimas e sentia uma dor terrível no peito, como se tivessem lhe golpeado com força! Ela segurou uma das mãos da filha e sentiu a pequena mãozinha dela tremer. — Eu fiquei com muita raiva e queria que eles parassem, não queria ter machucado ninguém, mas eles não paravam! Depois do que aconteceu, os amigos dela ainda tentaram vir pra cima de mim e se não fosse Samuel aparecer, não sei... não sei o que teria acontecido.
— Brittany, isso é verdade? — A diretora que estava com os olhos ardendo em lágrimas manteve sua compostura e encarrou a outra garota.
— Eu...
— Mais é claro que não!
— Srta. Stuart, deixe sua filha falar! — Demi disse num tom de voz sério, ela estava se controlando para não agir por impulso e grudar nos cabelos daquela mulher.
— Sim foi verdade. Todos aqui sabem que sou a garota mais popular dessa escola e que eu mando em quem circula por esses corredores! Ela procurou confusão comigo e teve o que mereceu, não sou culpada.
— Isso é um absurdo! — A diretora encarrou a garota boquiaberta sem saber o que dizer.
— Eu não estou nenhum pouquinho espantada com isso. — Demi encarrou Brittany e balançou a cabeça. — Crianças podem ser cruéis, muito cruéis e sei bem disso! O que me espanta é pensar que minha filha não é a primeira que passa por isso aqui nessa escola, diretora. Você deveria estar atenta ao que acontece nos corredores, aposto que se procurar, vai acabar achando ainda mais vitimas da crueldade dessa garota!
— Eu não admito... — Demi se levantou de forma brusca e encarrou a mulher que estava de frente com ela.
— Você não tem que admitir nada... NADA! — Ela apontou o dedo na cara da mulher e a mesma arregalou os olhos assustada. — Sua filha é culpada e essa história se encerra aqui mesmo. E mais uma coisa, se tem algo para dizer, diga na minha cara... NA MINHA CARA! Me chame do que quiser, eu não me importo, mas NÃO FAÇA ISSO COM A MINHA FILHA! Isso é algo que não vou admitir e não interessa se sou ou deixei de ser uma vadia, eu estou na porra do meu direito. — O silencio que se instalou naquela sala foi assustador! Demetria voltou-se para a diretora e disse: — Já resolvemos o que tínhamos para resolver, vou indo embora. Talvez volte aqui ainda essa semana para tratar da transferência da minha filha! Vamos, Sammy. — Demi estendeu uma das mãos para Samanta, ela rapidamente segurou e elas saíram juntas.
Demetria caminhou silenciosamente ao lado da filha até que as lágrimas vieram e ela parou em meio ao corredor vazio com Samanta. A garotinha voltou-se para ela e Demi agachou-se para ficar do mesmo tamanho que ela. — Eu sinto muito, filha.
— Mamãe está...
— Não, não está tudo bem! Isso não deveria ter acontecido e é sim culpa minha. — Demi soluçou — Eu deveria estar aqui para proteger você, mas não estava.
— Mamãe... — Ela disse com a voz embargada.
— Nada que começa com mentiras termina bem. — Ela sussurrou para si mesma.
— Mamãe, você está aqui e... e é isso o que importa. — Demetria olhou para ela e sentiu o coração doer mais ainda ao vê-la chorar.
— Samanta, eu prometo que não vou deixar isso acontecer outra vez. O.k? — Ela assentiu e elas se abraçaram. Demi afagou os cabelos da filha por algum tempinho e chorou ainda mais ao sentir ela fazer o mesmo com seu cabelo. — Espero que possa me perdoar por isso.
— Eu te amo.
— Ah minha filha, eu te amo ainda mais. — Demetria partiu o abraço e obrigou-se a parar de chorar, ela sorriu breve quando Samanta secou suas lágrimas. Logo depois ela pegou a garotinha no colo de forma protetora, Sammy passou os braços em volta de seu pescoço e apoiou sua cabeça no ombro dela.
***
— Shhh! — Sabrina o calou com seu dedo indicador e sorriu logo depois, seus cabelos estavam bagunçados de uma forma bonita. — Não diz nada, eu só quero ficar aqui com você e curtir ao máximo esse momento.
— Mas eu preciso saber... — Ela o calou com um beijo e aninhou-se ao peito dele.
— Depois de hoje pude crer que todos os clichês são verdade.
— Clichês? — Ele arqueou uma das sobrancelhas e fez carinho nas costas dela.
— Você sabe, todos dizem que primeira vez é algo importante e que nos sentimos como um só, coisas assim. — Ela fez questão de encarra-lo ao terminar de dizer aquilo e isso o fez corar terrivelmente! — Você não acha?
— Eu te amo e vou me manter calado como você mesma pediu. — Sabrina riu.
— Não seja bobo, Bradley. — Ele mordeu o lábio e acabou rindo. — Eu também te amo. — Bradley sorriu e Sabrina se ergueu novamente para beija-lo, mas batidas na porta fez com que ela se senta-se assustada na cama.
— Bradley! — Era a mãe dele — Filho, você já tomou banho?
— O que eu faço?
— Enrola ela! — Sabrina se enrolou no lençol e saiu andando pelo quarto atrás de sua roupa.
— Ainda não!
— Como não? Eu sai faz um tempo e você me disse...
— Eu.... eu acabei pegando no sono! — Ele enrolou a toalha em volta da cintura e jogou um dos sapatos para Sabrina, mas ele acabou por cair no chão e fazer barulho.
— Bradley, o que foi... — A mãe dele abriu a porta e adentrou no quarto. — AI MEU DEUS! — Ela exclamou arregalando os olhos — Vocês dois... vocês... estavam transando?
— Mãe! — Bradley repreendeu a mãe e olhou para Sabrina que ainda estava enrolada no lençol, agora completamente envergonhada.
— Não me repreenda, garoto! Até onde sabia vocês dois só trocavam beijos e abraços, não me diga que...
— Pelo amor de Deus, não quero falar sobre isso com você. É constrangedor!
— O.k, eu vou ligar pro seu pai. — Ela olhou de Bradley para Sabrina — E para os pais dela também, não quero saber de confusão pro meu lado.
— Por favor, não ligue pra eles! — Sabrina pediu, aquilo arruinaria oficialmente aquele dia.
— Ah meu amor, eu preciso fazer isso. — A mãe de Bradley disse e pegou o celular em mãos. — Se você acaba engravidando... céus, prefiro nem pensar! — Ela saiu do quarto já discando um dos números.
— Eu sinto muito pela minha mãe. — Bradley fechou a porta e voltou-se para Sabrina.
— Relaxa, isso deve ser algo comum entre pais.
— Você não acha que vamos acabar nos encrencando?
— Namoramos faz dois anos, eles sabiam que isso ia acabar acontecendo.
— Você está tentando se convencer disso?
— Eu não me arrependo do que aconteceu!
— Não disse que me arrependi, Sabrina.
— Sério? Olhando pra você, não é o que está parecendo! — Ela virou-se de costas para ele e adentrou rapidamente no banheiro batendo a porta atrás de si.
— Sabrina, abre essa porta! — Bradley bateu de forma insistente, mas ela não abriu. — Sabrina! — Tudo o que ele ouviu do outro lado da porta foi o barulho do chuveiro, ela estava tomando banho. — Droga!
***
— Vai por mim é melhor conversarmos lá dentro. — Demi suspirou pesadamente e desceu do carro.
— Nós também vamos descer, mamãe? — Samanta perguntou e Demi assentiu.
— Vamos lá. — Joe desceu e abriu uma das portas para que eles pudessem descer. Eles atravessaram a rua juntos e de mãos dadas; o tremor da mão de Demetria não passou despercebido por ele. Primeiro Perez, depois Samuel cabula aula e arrasta Edward junto, Samanta sendo atacada e fugindo... O que mais poderia ter acontecido? Um arrepio percorreu o corpo de Joe e bem lá no fundo algo que dizia que era algo ruim!
— Ainda bem que chegaram! — A mãe de Bradley, Brenda exclamou. Os cabelos castanhos da mulher estavam bagunçados de tanto ela mexer neles de forma nevosa, Emery estava para chegar e aquele dia não podia piorar, podia? — Por favor, entrem. — Demi dispensou os cumprimentos e foi a primeira que adentrou na casa, ela dispensou o casaco e o pendurou perto da porta.
— Onde está minha filha?
— Alguém pode me explicar de uma vez por todas o que diabos está acontecendo? — Joe cruzou os braços e as crianças se sentaram no sofá observando-os atentamente.
— Você não contou? — Brenda perguntou olhando para Demi.
— Ele estava dirigindo e se soubesse como o dia tem sido uma loucura, não teria me dito por telefone também! — Demi soou mais irritada do que realmente queria e suspirou. — Me desculpe.
— Qual das duas vai me contar?
— Creio que não seja um assunto para crianças. — Brenda ponderou e sorriu para cada um deles. — Tem bolo de chocolate na cozinha e refrigerante na geladeira, sintam-se em casa. — Eles se entreolharam e seguiram na direção em que ela apontou. — Melhor assim, vamos preservar a pureza delas. — Brenda sussurrou e balançou a cabeça.
— Nossa filha não é mais virgem. — Demi disse sem qualquer enrolação e sustentou o olhar de Joe. — Quando conversei com ela sobre ter esse tipo de relação com o namorado, ela me prometeu que conversaria antes comigo e assim poderia te contar de uma forma menos... bruta! Mas confesso que fui pega de surpresa tanto quanto você e não estou nenhum pouco contente com isso.
— O.k, vamos tentar não... surtar! — Joe disse massageando as têmporas — O dia já tem sido bem difícil e não podemos deixar que isso influencie na nossa conduta com ela. Certo?
— Ela está lá em cima, suba e converse com ela. — Brenda indicou as escadas — Eu liguei para Emery e pedi que ele viesse para conversar com Bradley, ele ficou envergonhado de ter que conversar comigo. — Demi assentiu e olhou para Joe novamente.
— Tudo bem, vá falar com ela. — Joe forçou seu melhor sorriso e Demi subiu.
Bradley estava sentado no chão do corredor quando ouviu o barulho de passos vindo da escada, ele se levantou rapidamente e ficou sem saber como encarrar Demetria. — Acho melhor você descer, garoto. — Ela o encarrou com uma frieza assustadora em seu olhar e ele obedeceu prontamente. Demi respirou fundo e sem qualquer aviso prévio adentrou no quarto, Sabrina vestia o roupão do namorado e estava sentada na cama bagunçada. — Olha pra mim. — Demetria pediu e Sabrina fez o que ela pediu. — Estou muito decepcionada com você, Sabrina.
— Me desculpe, mas você não é a pessoa mais indicada para falar sobre decepção. — A garota se levantou e olhou para ela com desprezo.
— Não se trata de mim e sim de você, filha!
— É tudo sobre você e meu pai, não entende? Eu sabia de tudo, sempre soube desde o inicio, mas não queria acreditar. Não queria acreditar que minha vida se tornou uma mentira por causa de vocês dois! E foi por isso que esperei, esperei pacientemente que vocês contassem pra mim e para meus irmãos o que estava acontecendo, mas vocês não contaram. Ele me avisou e não quis acreditar, fui muito burra mesmo! Mas agora eu não sou mais, agora sei quem realmente são e sinto nojo, nojo de vocês dois.
— Você não sabe o que está falando, menina! — Demi aproximou-se dela furiosa — NÃO SABE O QUE ESTÁ FALANDO! Vai mesmo acreditar em MENTIRAS inventadas por um ESTRANHO do que dar UMA CHANCE dos seus pais te explicarem o que REALMENTE aconteceu? — Entre um grito e outro a voz de Demi falhava, ela já havia gritado muito na escola e sua garganta doía.
— VOCÊS TIVERAM TODO TEMPO DO MUNDO!
— Abaixa esse tom de voz comigo, eu exijo respeito!
— VOCÊ PERDEU ESSE DIREITO QUANDO MENTIU PRA MIM!
— Eu não vou repetir uma terceira vez... — Demi segurou o braço dela com força — ABAIXA ESSE TOM DE VOZ COMIGO!
— EU TE ODEIO E QUERIA QUE QUALQUER OUTRA MULHER FOSSE MINHA MÃE, MENOS VOCÊ! — A voz de Sabrina falhou e ela tossiu em seguida. Demi encarrou a filha com os olhos ardendo e marejando conforme as palavras lhe atingiam, num ato impulsivo ela ergueu uma das mãos para dar um tapa em Sabrina!
— CALA ESSA SUA...
— Vá em frente e me bata, bata na minha cara como bateu na do meu pai quando você estava bêbada! — Demi soltou a filha de forma brusca e se afastou.
— O que está acontecendo aqui? — Joseph apareceu interrompendo as duas — Consigo ouvir os gritos da cozinha!
— Vista-se imediatamente, nós vamos embora. — Demi disse séria encarrando Sabrina — E se ousar me desobedecer, eu te levo nem que for arrastada pelos cabelos!
— Demetria...
— Não se meta, Joe. Você não faz ideia dos absurdos que ouvi saindo da boca dessa garota!
— Eu não arrependo de...
— CHEGA! — Joe interrompeu Sabrina — Obedeça sua mãe, quero você lá baixo em cinco minutos! — Ele encarrou a garota e voltou-se para Demi. Ela saiu caminhando na frente e ele foi atrás tentando arrancar dela alguma coisa sobre aquela conversa nada amigável entre as duas.
Demetria ignorou as perguntas do marido, sentia sua cabeça latejar e dar voltas sem papar! Se não fosse Joseph estar ao seu lado para lhe dar apoio, ela teria tropeçado e caído feio na escada. — Tudo bem? — Ele perguntou segurando-a pelos ombros.
— Beba um pouco d' água, Sra. Carpenter. — Bradley lhe ofereceu e ela aceitou bebendo num único gole o conteúdo do copo.
— Eu não quero você na minha casa até segunda ordem, garoto! Espero ter sido bastante clara, você não vai querer me ver brava de verdade.
— Demi, você...
— NÃO PEÇA PRA MIM ME ACALMAR! — Ela tentou sair do alcance dele, mas Joe segurou um dos braços dela e puxou-a delicadamente para si.
— Não me afaste de novo, por favor. — Joe lhe deu um selinho e quando afastou-se percebeu as lágrimas presas em seus olhos. — O que aconteceu lá em cima?
— Vamos pra casa, não quero conversar sobre isso aqui.
— Como quiser, amor. — Ela assentiu.
— Eu vou esperar no carro, o.k? — Ele lhe entregou as chaves — Venham crianças, vamos. Não se esqueçam de agradecer pelo bolo! — Elas fizeram exatamente o que Demi disse e saíram com ela.
— Sinto muito por causar mais um problema pra vocês. — Bradley disse olhando para Joseph.
— Eu poderia apontar o dedo pra você e dizer que isso é culpa sua, mas te conheço e sei que é um bom garoto.
— Ela me disse que precisava sentir que algo na vida dela era real de verdade.
— Não sei se quero saber os detalhes, filho. — Joe riu baixinho.
— Não é isso... é que Sabrina está brava comigo. — Ele arqueou uma das sobrancelhas — Ela acha que me arrependo ou algo assim, mas só estava preocupado.
— Sem arrependimentos?
— Talvez sim, Sr. Carpenter. — Bradley suspirou — Hoje não parece ter sido um bom dia para... o senhor sabe, me desculpe mesmo.
— Mulheres são sensíveis, você precisa ser cauteloso com o que diz. O.k? Ela pode estar brava agora, mas Sabrina tem um bom coração e ama muito você, vai acabar te perdoando.
— Obrigado. — Joe apenas assentiu para Bradley e Brenda passou um dos braços em torno dos ombros do filho. Sabrina desceu alguns minutos depois, ela não olhou na cara de ninguém e simplesmente saiu da casa.
— Obrigado por nos ligar, Brenda. Até logo! — Joe despediu-se com um simples aceno e saiu apressado, temia que mais alguma coisa acontecesse e mentalmente pedia para que Deus tivesse misericórdia deles.
vcs acharam que tinha acabado? haha
CONTINUA
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eu não pretendia demorar, mas fui tombada por mim mesma e ainda estou escrevendo o capítulo 35 </3 se não atrasar os capítulos não sou eu, não é mesmo?
o tombo desse capítulo já estava previsto faz tempo e agora que esse momento finalmente chegou só sei sentir o impacto! e vcs? espero de coração que estejam vivas e que comentem ai o que acharam, o.k?
respostas aqui
por hoje é só, volto assim que o próximo estiver pronto.
beijos
cuspindo as verdades
Garotaaaaaaaaaa cê quer, me matar !!
ResponderExcluirTo tombada com esse capítulo , não sei nem meu nome mais Jesus sabrinaaaaa , como você diz uma coisa dessas pra sua mãe :/. Coitada da Demi achei que ela ia ter outro colapso nervoso 😩 tá tudo desabando na cabeça deles é de uma vez só . Tô com tanta raiva desse filha da pu**** desse Perez e dessa criança mau educada que fez , essa barbaridade com a Sammy foi mais que merecido o soco que levou KKKKKKKK e Samuel defendendo ela que amor ❤️. Nem preciso dizer o quanto amei esse capítulo né !!!
Você arrasa com nosso emocional 😭 😭. Que venha o próximo já tô , preparada com lenços e sentada se não vou parar no chão .
Eu ainda não acredito que finalmente escrevi isso! Estava com essa ideia na cabeça faz tempo e quando escrevi... senti o impacto que seria </3
ExcluirApesar dos tombos nossa Demi vai se mostrar bem forte, estou trabalhando nisso...
O Perez vai ter o que merece, ao vivo e a cores, aguarde!
Fico feliz que tenha gostado, postarei assim que puder.
Meu Deus amado Jéssica do céu cadê o forninho,meu senhor tô deitada na BR, tô jogada o que foi isso que aconteceu meu pai, você não pode fazer isso comigo eu sou cardíaca
ResponderExcluirVamos todas respirar fundo, pq os tombos estão apenas começando! sdjsdj
ExcluirQuero mais 😭
ResponderExcluirHOJE TEM, AAAAAAAAAAAAAA!
ExcluirEu nem chorei, só fiquei tremendo
ResponderExcluirMano como assim? Eu não tô conseguindo raciocinar depois desse capítulo. To bem aqui estirada no chão depois do que Sabrina disse e fez
Quero Demi malzona lembrando da filha pequena kkk (aquela que ja inventa um flashback)
Que o cabaré continue pegando fogo
Cara posta logo pelo amor de deus
Bjo
Está apenas começando, vai por mim...
ExcluirSei exatamente como você se sentiu! Essa parte da Sabrina afrontando a Demi foi uma das que eu mais estava ansiosa para escrever e realmente... o impacto foi grande </3
Tem dois flashbacks vindo ai, aguarde....
O CABARÉ VAI PEGAR FOGO, sério sdjsdj
Postarei hoje mesmo (84 anos depois hehe)
Bjos
Preciso do próximo capítulo urgentemente!!!
ResponderExcluirHOJE MESMO EU POSTO!
ExcluirSABRUNA PEREZ A MENINA AZEDA DO COLEGIO DA SAM EU ODEIO TODOS VCS
ResponderExcluirCalma, moça sdjsdj
ExcluirVamos respirar fundo e aguardar o próximo tombo! ;)
Por favor posta mais eu já estou ficando loca para saber o que vai acontecer
ResponderExcluirHOJE MESMO, AAAAAAAAAA!
ExcluirEu queria fazer um comentario digno mas estou sem tempo aaaaaaa
ResponderExcluirSó quero dizer que fiquei literalmente aaaaaaaa e posta logo
Beijos,
Métis (gyllenswift.blogspot.com)
Eu te entendo perfeitamente! hehe
ExcluirPostarei agora mesmo <3
Beijos