84 anos depois, estou de volta!
mil desculpas pela demora e pelo capítulo pequeno, farei o possível para que o próximo seja melhor.
obs: revisei rápido.
obs: revisei rápido.
boa leitura xx
DIA SEGUINTE, 08:30 A.M
Joseph acordou graças ao toque de seu próprio celular, não era o despertador e sim uma chamada! Ele resmungou, virou-se na cama e estendeu um dos braços para alcançar o aparelho que estava no criado mudo. — Que horas são? — Perguntou sem abrir os olhos.
— Bom dia Joseph! — A voz de John do outro lado da linha o fez abrir os olhos e finalmente acordar. — Acordei você?
— Sim, acordou. — Ele riu baixo — Que horas são?
— Umas oito e meia, se não me engano.
— Droga! Eu deveria ter acordado umas sete horas.
— Tudo bem?
— Sim, eu vou voltar ao trabalho hoje e pretendia sair cedo. — Explicou ao amigo e virou-se observando Demi que ainda dormia. — Algum problema?
— Sim, eu vou voltar ao trabalho hoje e pretendia sair cedo. — Explicou ao amigo e virou-se observando Demi que ainda dormia. — Algum problema?
— Na verdade liguei para dizer que duas revistas querem fazer uma sessão de fotos com você, Joseph. Uma delas quer uma sessão com você e Demetria, uma daquelas sessões de casal e tudo mais! E a segunda é uma sessão de fotos especialmente para um artigo que fala sobre os vários tipos de preconceito, eles querem te entrevistar também. Você aceita?
— Aceito! — Joe respondeu sorrindo.
— Aceito! — Joe respondeu sorrindo.
— Ótimo!
— Vou falar com Demi e mais tarde te ligo. O.k?
— O.k, estarei aguardando.
— Até mais tarde!
— Até! — Joseph desligou e antes que pudesse sentar-se na cama, Demi aninhou-se ao peito dele ainda sonolenta.
— O.k, estarei aguardando.
— Até mais tarde!
— Até! — Joseph desligou e antes que pudesse sentar-se na cama, Demi aninhou-se ao peito dele ainda sonolenta.
— Bom dia. — Ela disse baixinho.
— Bom dia, amor. Dormiu bem?
— Acho que ainda estou dormindo. — Ele riu — Que horas são?
— Acho que ainda estou dormindo. — Ele riu — Que horas são?
— Deve ser oito e alguma coisa.
— E desde quando alguma coisa é hora? — Demi ergueu a cabeça e abriu os olhos encarrando-o com um sorriso nos lábios. Os cabelos dela estavam bagunçados e era adorável o modo como ela tentava coloca-los no devido lugar!
— E desde quando alguma coisa é hora? — Demi ergueu a cabeça e abriu os olhos encarrando-o com um sorriso nos lábios. Os cabelos dela estavam bagunçados e era adorável o modo como ela tentava coloca-los no devido lugar!
— Deixa assim, amor. — Joe apontou o celular para ela e tirou uma foto.
— APAGA ISSO! — Demi arrastou-se para cima dele e Joe ergueu o celular no alto.
— Nada disso, eu tirei essa foto e quero tê-la no meu celular! — Riu e jogou o aparelho no criado mudo. Demi tentou alcançar, mas Joe segurou-lhe os braços e rolou na cama ficando por cima dela.
— Você não tinha esse direito. — Ela fez bico e Joe depositou um beijo na bochecha dela, Demi tentava desviar e por isso não conseguiu alcançar os lábios dela.
— É apenas uma foto e nem vou postar. — Ele soltou os braços e deixou que seu peso fosse sustentado pelos braços que apoiou em volta dela.
— Quero ver como ficou.
— Não antes de me dar um beijo. — Demi riu. Joseph já estava próximo e bastou um simples levantar de cabeça para que seus lábios se encontrassem. Aos poucos o peso dele recaiu sobre ela, sua pele contra a dele causou-lhe alguns arrepios e automaticamente suas unhas percorreram as costas largas, exatamente como fez na noite anterior!
— Não antes de me dar um beijo. — Demi riu. Joseph já estava próximo e bastou um simples levantar de cabeça para que seus lábios se encontrassem. Aos poucos o peso dele recaiu sobre ela, sua pele contra a dele causou-lhe alguns arrepios e automaticamente suas unhas percorreram as costas largas, exatamente como fez na noite anterior!
— MAMÃE! PAPAI! — Joe riu ainda durante o beijo e suspirou ao precisar parti-lo, mas não antes de Demi prender seu lábio inferior nos dentes apenas para provoca-lo.
— Eu estava mesmo sentindo saudade dessas interrupções matinais. — Demi sentou-se na cama ajeitando os cabelos e principalmente sua camisola.
— Entre, por favor. — Samuel adentrou no quarto e corou ao perceber as costas arranhadas do pai, ele desviou os olhos dele para Demi e esforçou ao máximo para não rir. Adultos eram engraçados!
— Bom dia, filho. — O casal disse em uníssono.
— Bom dia. — Ele sorriu — Eu e Samanta não estamos achando o cereal para tomar café, Sabrina está dormindo feito pedra e não pode pegar. Poderia pegar, papai?
— Claro, eu pego! — Joe respondeu quando já estava de pé e sorriu.
— Certo, vou estar esperando com a Sammy. — O garotinho saiu e Demi riu.
— Posso saber qual é a graça? — Ele agarrou uma regata branca e vestiu rapidamente para cobrir os arranhões e algumas mordidas.
— Sam viu suas costas e deve estar pensando que sou algum tipo de animal!
— Mas você é, querida. — Demi lhe atirou um travesseiro — Não que isso seja ruim, claro! — Ele sorriu de forma travessa.
— Mas você é, querida. — Demi lhe atirou um travesseiro — Não que isso seja ruim, claro! — Ele sorriu de forma travessa.
— Não acredito que essas palavras saíram da sua boca! Quem é você e o que fez com meu marido? — Joe riu e aproximou-se para lhe dar um selinho.
— Me espera no banho, não vou demorar na cozinha. — Ele piscou para ela e saiu.
— ACHEI QUE QUISESSE FAZER ISSO SOZINHO! — Demi disse alto para que do corredor ele fosse capaz de ouvi-la.
— NÃO HOJE, AMOR! — Ele respondeu no mesmo tom e riu de forma divertida.
Eles tomaram banho juntos, se arrumaram e desceram. As crianças estavam sentadas ao redor da mesa, Sabrina já havia acordado e estava preparando algumas toradas para si. Demetria e Joseph prepararam panquecas juntos, entre uma brincadeira e outra as crianças observavam os dois com um enorme sorriso nos lábios. Após o café, Samuel subiu para se trocar e Samanta resolveu perguntar onde eles estavam indo: — Nunca vi ele assim tão ansioso, onde vocês vão? — Sammy sentou-se ao lado de Demi no sofá e olhou para ela aguardando uma resposta.
— Vamos visitar o Edward. — A garotinha sorriu.
— Eu posso ir também?
— E sua irmã vai ficar aqui sozinha?
— Não se preocupe comigo, vou dar um pulinho na gravadora e Rowan vai comigo. — Sabrina respondeu enquanto digitava uma mensagem no celular.
— E sua irmã vai ficar aqui sozinha?
— Não se preocupe comigo, vou dar um pulinho na gravadora e Rowan vai comigo. — Sabrina respondeu enquanto digitava uma mensagem no celular.
— É melhor ir se arrumar, pequena. — Demi disse para Samanta e ela saiu saltitando pela sala.
— Obrigada, mamãe! — Ela passou correndo por Joe e subiu as escadas apressadamente.
Depois que os pequenos se arrumaram, eles saíram juntos e desceram todos de elevador. Sabrina despediu-se deles e desceu no térreo do prédio, os outros na garagem. Joseph despediu-se dos filhos e da esposa com um beijo. — Me mande mensagem caso tenha algum problema em chegar, o.k? E mesmo que não tenha nenhum problema, me avise.
— O.k, prometo que mando. — Demi despediu-se dele com um selinho e entrou no carro dando partida.
NY
ASSOCIAÇÃO, 09:45 A.M
Joseph estacionou o carro no estacionamento do prédio, desligou o veiculo e soltou o ar que nem percebeu que estava prendendo. O transito estava um caos! Havia se esquecido de como era dirigir pelas ruas novaiorquinas logo cedo e assim que desceu do carro, esticou os braços e ajeitou sua postura. Ele pegou o elevador espelhado, encarrou o próprio reflexo em trajes sociais e sorriu satisfeito consigo mesmo. Aquelas roupas lhe caiam bem! As portas se abriram e com ela o sorriso das pessoas para Joseph, ele era bastante querido por todos. A boca secou de tantos cumprimentos, risadas e conversas que teve só com o pessoal da recepção! Antes de passar nos demais andares, ele pegou uma garrafinha d' água e iniciou o tour. As crianças do coral correram na direção dele, quase o derrubaram no chão e Joe passou algum tempinho falando com elas. Deu atenção para todas e seguiu andar acima! Ele perdeu-se no tempo, mas quando desceu deparou-se com uma verdadeira confusão. Pessoas se aglomeravam em circulo, uma mulher gritava e empurrava algo para Toby no meio do saguão. — PEGUE, EU NÃO POSSO FICAR COM ELE! — Joe conseguiu ouvir melhor conforme se aproximava e abriu caminho em meio as pessoas pedindo licença. Quando ele conseguiu alcança-los encarrou a mulher, depois olhou para Toby e por último para o cesto que estava coberto.
— Posso saber o que está acontecendo?
— Você é o homem da TV, não é? — A mulher perguntou e Joe voltou-se para ela mais uma vez.
— Acho que sim. — Ele esboçou um sorriso breve — Em que posso ajuda-la?
— Por favor, fique com ele. — Joseph arqueou uma das sobrancelhas e puxou o cobertor que cobria completamente o cesto. Havia um bebê lá dentro!
— Como disse? — Ele perguntou. A garganta estava seca, o coração batia acelerado e os olhos ardiam! Joseph entendia perfeitamente o que aquela mulher queria, mas parte dele não entendia.
— Eu não posso cuidar desse bebê, fique com ele. — Ela chorava silenciosamente e as palavras saiam de sua boca acompanhada por soluços contidos.
— Nós não somos um orfanato.
— Mas você pode fazer mais por ele, por favor. — Joseph olhou para Toby.
— Mas você pode fazer mais por ele, por favor. — Joseph olhou para Toby.
— Senhora, vamos conversar e tentar ajuda-la. O.k?
— Qual é o seu nome? — Joe perguntou para ela, mas seus olhos estavam focados no bebê. — Lola Hernandez.
— Qual é o seu nome? — Joe perguntou para ela, mas seus olhos estavam focados no bebê. — Lola Hernandez.
— Sra. Hernandez, por aqui. — Toby indicou o caminho e ela o seguiu; Joe os acompanhou logo depois.
A primeira coisa que Lola fez quando chegaram na sala de Toby foi colocar o cesto com o filho de lado e afastar-se o máximo dele! Joseph aproximou-se para observar o garotinho, ele tinha cabelos escuros e olhos castanhos iguais aos da mãe. — Ele nasceu sem os dois braços. — Ela disse antes que Joe pudesse perguntar algo. — Por isso estou aqui. — Joe voltou-se para ela — Eu vi você na televisão num festival de música, conseguiu arrecadar bastante dinheiro e sei que pode ajuda-lo.
— Por isso você não quer ele?
— Eu não estava preparada.
— Eu não estava preparada.
— Joseph, não deve confronta-la. — Toby disse calmamente.
— E acha que ele está?
— Louis tem mais chances sem mim.
— Está enganada, Lola. Você é a melhor chance que ele tem!
— É fácil pra você dizer isso, você...
— Louis tem mais chances sem mim.
— Está enganada, Lola. Você é a melhor chance que ele tem!
— É fácil pra você dizer isso, você...
— LOLA! — Joe virou-se para encarrar o rapaz ofegante e sujo da graxa parado na porta da sala. — O que pensa que está fazendo?
— Ele é a melhor chance que nosso filho tem.
— Você é o pai?
— Sim. — Toby entregou um copo d' água para ele.
— Você é o pai?
— Sim. — Toby entregou um copo d' água para ele.
— Você concorda com isso?
— Não, eu... — O rapaz bebeu todo o conteúdo do copo num único gole e respirou fundo. — Eu sai correndo atrás dela assim que percebi que ela havia saído. — Ele respondeu olhando de Toby para Joseph.
— Não, eu... — O rapaz bebeu todo o conteúdo do copo num único gole e respirou fundo. — Eu sai correndo atrás dela assim que percebi que ela havia saído. — Ele respondeu olhando de Toby para Joseph.
— Sinto muito se minha esposa causou confusão por aqui.
— Tudo bem, ela só está assustada. — Toby constatou isso ao aproximar-se dela e perceber o quanto ela tremia.
— Eu disse que daríamos um jeito, Lola.
— Como? — Ela ergueu os olhos cheios de lágrimas para encarrar o marido. — Me responde, Dan. Como?!
— Eu não sei! Mas nós vamos descobrir.
— Sentem-se vocês dois. — Joe pediu — Toby você poderia nos dar licença? — O rapaz assentiu.
— Estarei lá fora caso precise de mim. — Ele saiu e fechou a porta.
— Você vai ficar com ele?
— Lola, eu não posso ficar com seu filho. Você pode achar que ele tem chance sem você, mas ele não tem! Ele é apenas um bebê, não entende que é diferente dos outros, mas vai chegar um dia em que ele vai entender. Nesse dia ele vai precisar de você, vai precisar de vocês dois para enfrentar tudo isso. — Joe conteve suas lágrimas e sustentou o olhar dos dois. — Eu estaria mentindo se dissesse que vai ser fácil, mas ainda sim pode ser algo bom. O.k? Uma criança é sempre uma benção, independentemente de como ela seja. — Ele sorriu — Tenho três filhos: Sabrina, Samuel e Samanta. Eles são tudo pra mim! Não imagino um segundo se quer da minha vida sem eles e todas aquelas pequenas coisas que vem junto. O que quero dizer é que se vocês se permitirem, vão descobrir o quão maravilhoso é ser pai e mãe. Vão se apaixonar por isso, por essa criança e posso garantir que quase não sobrara tempo para vocês pensarem nas dificuldades! — Lola assentiu após algum tempo entre lágrimas e soluços enquanto Dan lhe abraçava. — Isso é um sim?
— Sim, eu... eu quero muito descobrir isso.
— Vamos fazer isso juntos, o.k? — Daniel beijou-lhe a testa — Juntos. — Ele olhou para Joe, seus olhos já transbordavam lágrimas. — Obrigado! — Joe sorriu e levantou-se.
— O Dr. Regbo irá cuidar para que o filho de vocês tenha toda assistência que precisar. Vou chama-lo e volto num instante. — Ao sair, ele respirou fundo e foi atrás de Toby.
Demetria estacionou o carro, encarrou a casa de Alycia pela janela e desceu do carro. Samuel já havia descido e ajudava Samanta que segurava sua pasta de desenhos. — Vem logo, Sammy! — A garotinha revirou os olhos após descer e ajeitar o vestido que usava.
— Você está mesmo com presa, não é mesmo? — Demi riu.
— Deixa sua irmã em paz, nós já chegamos. — Ela travou o carro e após ouvir o barulhinho do alarme, estendeu as mãos. — Venham, vamos atravessar. — Após darem as mãos eles atravessaram e chegaram ao portão da casa. Alycia estava com trajes de jardinagem, ela estava plantando novas flores e cantarolava uma música qualquer distraidamente.
— TIA! — A voz de Samanta chamou sua atenção e ela rapidamente virou-se para trás. Ficou surpresa ao ver as crianças e mais ainda quando viu Demi!
— Por favor, entrem. — Ela levantou-se, retirou as luvas e o chapéu. — Que surpresa! — Sorriu e foi ao encontro deles para cumprimenta-los. — É tão bom vê-los, como vocês estão?
— Estamos bem. — Samuel respondeu sorrindo — Edward está? Nós viemos falar com ele.
— Está lá na sala assistindo TV. Entrem, vão até lá e façam uma surpresa! Ele está mesmo precisando de vocês dois para anima-lo. — Alycia sorriu e as crianças entraram correndo. — Crescem tão rápido, não é mesmo? — Ela virou-se e encarrou Demi por alguns segundos. — Se você quiser ir...
— Nós podemos conversar? — Alycia arqueou uma das sobrancelhas ainda mais surpresa, mas assentiu e apontou para o balanço na varanda.
— É melhor nos sentarmos na sombra. — Demi assentiu e elas caminharam em silêncio até lá. — Devo dizer que estou surpresa por ter vindo, acho que você não é minha maior fã. — Ambas riram baixinho.
— Eu quero me desculpar por tudo. Pela implicância, os insultos e o...
— Tapa?
— Sim, o tapa. — Demi suspirou — Sinto vergonha pelas minhas atitudes, mas em algumas situações é difícil de controlar. Eu tive muitos problemas no passado, meus excessos de raiva causaram muitos estragos por ai e Joseph era o único que conseguia me colocar na linha! Perde-lo não é uma opção e sinto muito por enxergar você como alguém que estava tentando tira-lo de mim. — Demi disse cada palavra olhando nos olhos de Alycia, ela queria ter certeza de que não estava deixando passar nada.
— Está desculpada, Demi. — Ela sorriu aliviada — Não te culpo por me achar uma ameaça, Joseph é um homem apaixonante e eu no seu lugar talvez agisse da mesma forma.
— Talvez menos agressiva, não? — Ambas riram.
— Sim, talvez menos agressiva. — Alycia sorriu — Como vocês estão? A última vez que vi Joseph foi quando os garotos fugiram da escola e pelo que me lembro, as coisas estavam bem turbulentas.
— Ficaram ainda mais turbulentas. — Ela arregalou os olhos — Mas agora está tudo bem e estamos nos entendendo.
— Fico mais aliviada por saber que estão bem. — Alycia fez uma pausa — Confesso que fiquei com medo do que poderia acontecer com vocês por causa daquele Perez Hilton, ainda mais depois que ele me ligou e...
— Ele te ligou?
— Sim, quando vocês ainda estavam em Orlando. Ele queria saber se eu era amante do Joe, Toby pegou o telefone e disse umas boas para ele! Mesmo depois disso, fiquei com medo do meu nome sair nesse rolo todo. Não queria estar envolvida e causar problemas, lamento se em algum momento passei essa impressão.
— Ele também ligou para nossa filha, contou tudo e soltou nossos aúdios para ela. — Demi levou uma das mãos até a cabeça e suspirou. — Não havíamos contado ainda e ela ficou com muita raiva! Foi muito difícil lidar com ela e com Samuel. Até Samanta que não sabia de nada pagou o preço das mentiras e dos segredos, não quero isso novamente. — O toque do celular de Demi interrompeu o restante da conversa, ela pegou o aparelho que estava no bolso e sorriu ao ver o nome de Joseph brilhar na tela.
— Joseph?
— Sim, eu disse que ligaria quando chegasse e me esqueci completamente. — Ambas riram e Demi atendeu.
— Oi amor.
— Querida, você chegou? — Ele perguntou preocupado.
— Cheguei, me desculpe por não avisar. Você está bem?
— Estou bem. Como estão indo as coisas entre você e Alycia?
— Hm... acho que não vou dizer. — Demi o ouviu rir baixinho.
— Tudo bem, eu posso esperar para saber. — Ela pode ter um vislumbre do sorriso dele e por isso sorriu também. O choro de um bebê ao outro lado da linha se fez alto e Demi franziu o cenho.
— Tem um bebê com você?
— Sim é uma longa história. Nos vemos mais tarde? Preciso falar com você sobre um ensaio de fotos.
— Eu passo ai assim que acabar aqui, o.k?
— O.k, querida. Beijo!
— Beijo. — Demi respondeu e desligou.
— Um bebê? Não é algo que acontece com frequência. — Alycia comentou.
— Onde estávamos? — Demetria perguntou pensativa.
— Disse que não quer mentiras e segredos.
— Sim, exatamente! Você conhece Kevin?
— Irmão mais velho do Joe?
— Sim, ele mesmo. Kevin está nos orientando e as coisas só melhoraram desde que estamos nessa terapia de 100% honestidade.
— Eu estou muito feliz em saber disso. — Alycia sorriu — Joseph é um homem incrível e ama muito você, Demi. Acho que vocês tem muito o que conquistar juntos!
— Obrigada. — Demi agradeceu retribuindo o sorriso. -Pode parecer estranho, mas quero muito que sejamos amigas. — Ela fez uma pausa — Não quero que exista nenhum tipo de tensão entre nossos filhos e realmente lamento se magoei Edward com toda aquele história de tapa e tudo mais.
— Então esse era o motivo dele estar estranho uns tempos atrás? Não sabia que ele... espera, ele deve ter ouvido minha conversa com Toby.
— Crianças são assim mesmo. — Alycia concordou pensativa.
— Será um prazer ser sua amiga, Demi. — Ela respondeu de repente pegando Demetria de surpresa e ela sorriu claramente aliviada.
— Obrigada por essa chance, prometo que não irá se arrepender.
Edward pensou que seria apenas mais uma manhã tediosa, ele estava sentado de qualquer jeito no sofá e tinha uma tigela com sucrilhos parcialmente vazia em mãos enquanto assistia um desenho qualquer. — Com licença, por acaso você é o garoto que cabula aula? — Ed saltou do sofá e por muito pouco não derrubou seu café da manhã no chão.
— Samuel? Samanta? O que fazem aqui?
— Pensei que tivesse sentido nossa falta e viemos te ver, mas acho que estava enganado. — Sam fingiu uma careta de decepção e soltou um grito quando Edward pulou em cima dele o abraçando.
— É claro que senti sua falta, aquela escola é tão chata sem você.
— Eu ainda estou aqui. — Samanta acenou e apoiou uma das mãos na cintura.
— Oi Sammy. — Ed soltou Samuel e sorriu para ela. Sam olhou do amigo para Samanta e dela para Ed outra vez, sabia o quando ele gostava dela!
— Pode abraça-la. — Sam lhe deu um empurrãozinho e a garota riu baixo enquanto passava os braços em volta dele.
— É bom te ver! Como você está? — Ela perguntou ao partir o abraço — Samuel estava preocupado.
— Vamos sentar e eu conto tudo. — Eles se sentaram no sofá, Ed abaixou o volume da TV e começou a contar sobre como foram os dias na escola sem o amigo. — Foi estranho quando eu voltei, todo mundo ficava me olhando e comentando sobre termos saído sem ninguém ver. Vieram me perguntar como fizemos e se fomos atrás de garotas! — Eles riram, menos Samanta.
— Vocês foram atrás de mim, então isso deve valer.
— Ficaram me perguntando se você foi preso ou se estava de castigo.
— Mamãe disse que voltamos semana que vem.
— Você também, Sammy? — Ela assentiu — Ainda está chateada com tudo aquilo que aconteceu?
— Eu quero voltar, mas estou um pouquinho ansiosa. — Sammy fez uma careta.
— Podemos levar você no primeiro dia, assim vão ver que não se pode mexer com você. — Sam arqueou uma das sobrancelhas com o comentário do amigo. — O que acha, Sam?
— Eu acho uma ótima ideia! — Ambos sorriram.
— Alguma novidade? Tem algo de diferente nessa casa, só não sei dizer o que é. — Samanta comentou olhando em volta.
— Toby é o novo namorado da minha mãe e ele está passando alguns dias aqui. — Edward respondeu.
— E como está sendo?
— Ele é legal e minha mãe gosta muito dele, ela está feliz.
— E você está feliz?
— Ainda é estranho, sabe? Visitamos o papai sempre, mas ainda tenho medo de que se deixar Toby ser legal comigo... eu... não quero esquecer o meu pai! — Ele desabafou baixinho e cruzou os braços encolhendo-se. Samanta trocou olhares com Samuel e ambos abraçaram Edward.
— Você não vai esquecer seu pai, Ed. No começo é sempre difícil, mas aos poucos você se acostuma e vai perdendo o medo. Toby é apenas alguém novo e precisa de uma chance, o.k? Não fica triste. — Samanta depositou um beijo na bochecha dele e o garoto corou.
— Obrigado, Sammy. — Ele agradeceu no mesmo tom baixinho — Obrigado, Samuel. Vocês sãos melhores amigos que alguém poderia ter! — Eles continuaram abraçados e de repente um flash iluminou os três.
— Veja só, eles são tão fofos. — Demi sorriu boba com os três e Alycia mostrou o resultado da foto em seu celular.
— Mamãe! — Ed repreendeu piscando os olhos e ela riu.
— Depois me manda, vou revelar e colocar em uma moldura. — Ambas sorriram e Samuel observou com certo orgulho Demi interagindo com Alycia. — Crianças, eu preciso ir. Vocês vão ficar?
— Já vai, mamãe? — Samanta perguntou.
— Preciso falar com o papai e tenho ensaio, então preciso ir. — Demi suspirou — Mas chego antes do jantar em casa.
— Tia, tudo bem se ficarmos? — Sammy olhou para Alycia, os olhinhos brilhavam.
— Claro, Sammy.
— Então vamos ficar! — Samuel disse animado.
— É melhor eu ir ou vou acabar pegando transito. — Demetria despediu-se das crianças e por último de Alycia, ela fez questão de acompanha-la até o portão e acenou assim que Demi arrancou com o carro.
Joseph estava segurando o bebê no colo, ele estava sentado num dos bancos que havia na recepção e algumas mulheres lhe rodeavam para ver Louis. O garotinho era uma graça! Pele branca, cabelos pretos e olhos castanhos. Os traços delicados do rosto era uma mistura de Lola e Daniel, os jovens pais. Segurar aquele bebê trazia-lhe lembranças da última vez em que Demi esteve grávida, ele se lembrava perfeitamente de tudo e em partes não se orgulhava muito do comportamento que teve! Na época ele era assombrado pela incerteza de ser ou não pai de Samuel, mas mesmo assim havia tido boas lembranças. Algo que fez seus olhos brilharem foi lembrar-se das conversas que tinha com o filho no meio da noite, ele ainda estava na barriga de Demi, mas já sabia de muitas coisas! O pequeno balançou as perninhas e Joe estendeu uma das mãos pegando um de seus pézinhos numa brincadeira que arrancava pequenas risadinhas dele. — Então esse é o bebê? — A voz de Demetria o fez erguer os olhos para vê-la, ela estava atrás de uma mulher e pediu licença para que pudesse chegar perto dele. — Ele é lindo! — Ela sentou-se ao lado dele sorrindo — Oi amor. — Sussurrou e Joe virou-se igualmente sorrindo.
— Oi querida. — Demi lhe deu um selinho e voltou-se novamente para o pequeno.
— Agora sei o motivo de não atender o celular. — Ela afagou os cabelos do bebê com delicadeza e sorriu, eram incrivelmente macios ao toque. — De onde esse garotinho veio?
— Veio de pais desesperados, mas já está tudo bem. — Ela arqueou uma das sobrancelhas — A mãe não queria ficar com ele, mas o pai chegou e ficou claro que não concordava com ela. Lola só estava assustada, nós conversamos e agora eles terão assistência aqui, tudo o que precisarem!
— Aconselhou jovens pais?
— Está me chamando de velho?
— Não seja bobo, Joseph!
— Sim, eu só... disse que não seria fácil, mas que ainda sim podia ser bom. Entende? Ter pessoas que se importam fazem toda diferença e sei que será assim para ele.
— Entendo. — Demi respondeu ainda afagando os cabelos do garotinho, ele fechou os olhinhos e sorriu da forma que bebês fazem. — Vai ser um bom garoto e muito amado pelos pais.
— Assim espero. — Não demorou muito para que os pais aparecessem. Demi continuou sentada e observou de longe Joseph devolver o bebê aos pais, eles pareciam bem agradecidos tanto que abraçaram Joe e saíram de lá sorrindo. — Venha, vamos conversar na minha sala. — Ele estendeu uma das mãos para ela e sorriu.
— Sim, vamos. — Demetria segurou uma das mãos dele e eles caminharam sem pressa pelo corredor.
A sala de Joseph era bem iluminada e clean com paredes brancas, móveis modernos e retratos nas paredes. Demi sentou-se no sofá, bateu uma das mãos no lugar vago ao seu lado de Joe sentou-se ao lado dela rindo baixo. — Como foi com Alycia?
— Vai gostar de saber que somos amigas agora.
— Amigas? — Ele arqueou uma das sobrancelhas fingindo desconfiança e Demi o encarrou séria. — Estou apenas brincando, amor. Sabia que concertaria as coisas com ela e só posso dizer que estou muito orgulhoso de você! — Ele segurou-lhe uma das mãos e depositou um beijo nas costas da mesma.
— Alycia me contou que Perez ligou para ela.
— Ele ligou?!
— Ligou, Toby assumiu o controle da situação e acho que tem algo rolando entre eles. — Demi sorriu de forma maliciosa. — Enfim, percebi que ela teve uma oportunidade nas mãos e poderia muito bem fazer algo para se vingar, mas não fez. Ela é uma pessoa boa e acredito que vamos nos dar muito bem!
— Fico feliz por isso. — Joe sorriu — E as crianças?
— Veja você mesmo. — Demi lhe entregou o celular e ele viu a foto dos três abraçados no sofá. — Tão fofos! Não acha?
— Samuel está feliz, veja só o sorriso. — Ele comentou ainda nostálgico com as lembranças de quando o filho era apenas um bebê.
— Eles voltam as aulas na semana que vem e confesso que estou um pouco apreensiva.
— Vai dar tudo certo, Demi.
— Eu não vou estar aqui, então vai ter que me prometer que vai ficar de olho neles.
— Prometo. — Joe sorriu para tranquiliza-la e Demi suspirou aliviada.
— Obrigada. — Sussurrou o agradecimento e lhe deu um selinho.
— Você disse que precisava falar comigo sobre uma sessão de fotos, quando ficou sabendo?
— Hoje cedo, antes de você acordar. Que tal? Faz tempo desde nossas últimas fotos juntos.
— Eu acho que será maravilhoso.
— John também disse que querem me entrevistar para um artigo que fala sobre diferentes tipos de preconceito. — Demi sorriu.
— E você vai participar, não vai?
— Claro que vou, também terá outras pessoas e vai ler muito bom conhecer todas elas. — Antes que ela pudesse dizer alguma coisa, chegou uma notificação em seu celular e ela já imaginava quem seria. — Você precisa ir, não é mesmo?
— Sim, eu preciso. — Demi fez uma careta — O coreografo deve estar uma fera comigo!
— Coreografo? — Joe franziu o cenho — É isso mesmo que eu ouvi?
— Isso mesmo! — Ela levantou-se sorrindo — Mas nem adianta pedir que você só vai me ver dançar na turnê.
— E quem disse que eu ia pedir? — Demi o encarrou com uma das sobrancelhas arqueadas e Joseph mordeu o lábio.
— Você é má, Demetria Carpenter. Muito má! — Ele se levantou e aproximou-se dela rindo. — Esperarei ansiosamente, querida.
— Ótimo! — Ela sorriu — Me acompanha até o estacionamento?
— Claro. — Joe passou um dos braços em torno dos ombros dela e eles saíram caminhando juntos.
— Tudo bem, ela só está assustada. — Toby constatou isso ao aproximar-se dela e perceber o quanto ela tremia.
— Eu disse que daríamos um jeito, Lola.
— Como? — Ela ergueu os olhos cheios de lágrimas para encarrar o marido. — Me responde, Dan. Como?!
— Eu não sei! Mas nós vamos descobrir.
— Sentem-se vocês dois. — Joe pediu — Toby você poderia nos dar licença? — O rapaz assentiu.
— Estarei lá fora caso precise de mim. — Ele saiu e fechou a porta.
— Você vai ficar com ele?
— Lola, eu não posso ficar com seu filho. Você pode achar que ele tem chance sem você, mas ele não tem! Ele é apenas um bebê, não entende que é diferente dos outros, mas vai chegar um dia em que ele vai entender. Nesse dia ele vai precisar de você, vai precisar de vocês dois para enfrentar tudo isso. — Joe conteve suas lágrimas e sustentou o olhar dos dois. — Eu estaria mentindo se dissesse que vai ser fácil, mas ainda sim pode ser algo bom. O.k? Uma criança é sempre uma benção, independentemente de como ela seja. — Ele sorriu — Tenho três filhos: Sabrina, Samuel e Samanta. Eles são tudo pra mim! Não imagino um segundo se quer da minha vida sem eles e todas aquelas pequenas coisas que vem junto. O que quero dizer é que se vocês se permitirem, vão descobrir o quão maravilhoso é ser pai e mãe. Vão se apaixonar por isso, por essa criança e posso garantir que quase não sobrara tempo para vocês pensarem nas dificuldades! — Lola assentiu após algum tempo entre lágrimas e soluços enquanto Dan lhe abraçava. — Isso é um sim?
— Sim, eu... eu quero muito descobrir isso.
— Vamos fazer isso juntos, o.k? — Daniel beijou-lhe a testa — Juntos. — Ele olhou para Joe, seus olhos já transbordavam lágrimas. — Obrigado! — Joe sorriu e levantou-se.
— O Dr. Regbo irá cuidar para que o filho de vocês tenha toda assistência que precisar. Vou chama-lo e volto num instante. — Ao sair, ele respirou fundo e foi atrás de Toby.
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Demetria estacionou o carro, encarrou a casa de Alycia pela janela e desceu do carro. Samuel já havia descido e ajudava Samanta que segurava sua pasta de desenhos. — Vem logo, Sammy! — A garotinha revirou os olhos após descer e ajeitar o vestido que usava.
— Você está mesmo com presa, não é mesmo? — Demi riu.
— Deixa sua irmã em paz, nós já chegamos. — Ela travou o carro e após ouvir o barulhinho do alarme, estendeu as mãos. — Venham, vamos atravessar. — Após darem as mãos eles atravessaram e chegaram ao portão da casa. Alycia estava com trajes de jardinagem, ela estava plantando novas flores e cantarolava uma música qualquer distraidamente.
— TIA! — A voz de Samanta chamou sua atenção e ela rapidamente virou-se para trás. Ficou surpresa ao ver as crianças e mais ainda quando viu Demi!
— Por favor, entrem. — Ela levantou-se, retirou as luvas e o chapéu. — Que surpresa! — Sorriu e foi ao encontro deles para cumprimenta-los. — É tão bom vê-los, como vocês estão?
— Estamos bem. — Samuel respondeu sorrindo — Edward está? Nós viemos falar com ele.
— Está lá na sala assistindo TV. Entrem, vão até lá e façam uma surpresa! Ele está mesmo precisando de vocês dois para anima-lo. — Alycia sorriu e as crianças entraram correndo. — Crescem tão rápido, não é mesmo? — Ela virou-se e encarrou Demi por alguns segundos. — Se você quiser ir...
— Nós podemos conversar? — Alycia arqueou uma das sobrancelhas ainda mais surpresa, mas assentiu e apontou para o balanço na varanda.
— É melhor nos sentarmos na sombra. — Demi assentiu e elas caminharam em silêncio até lá. — Devo dizer que estou surpresa por ter vindo, acho que você não é minha maior fã. — Ambas riram baixinho.
— Eu quero me desculpar por tudo. Pela implicância, os insultos e o...
— Tapa?
— Sim, o tapa. — Demi suspirou — Sinto vergonha pelas minhas atitudes, mas em algumas situações é difícil de controlar. Eu tive muitos problemas no passado, meus excessos de raiva causaram muitos estragos por ai e Joseph era o único que conseguia me colocar na linha! Perde-lo não é uma opção e sinto muito por enxergar você como alguém que estava tentando tira-lo de mim. — Demi disse cada palavra olhando nos olhos de Alycia, ela queria ter certeza de que não estava deixando passar nada.
— Está desculpada, Demi. — Ela sorriu aliviada — Não te culpo por me achar uma ameaça, Joseph é um homem apaixonante e eu no seu lugar talvez agisse da mesma forma.
— Talvez menos agressiva, não? — Ambas riram.
— Sim, talvez menos agressiva. — Alycia sorriu — Como vocês estão? A última vez que vi Joseph foi quando os garotos fugiram da escola e pelo que me lembro, as coisas estavam bem turbulentas.
— Ficaram ainda mais turbulentas. — Ela arregalou os olhos — Mas agora está tudo bem e estamos nos entendendo.
— Fico mais aliviada por saber que estão bem. — Alycia fez uma pausa — Confesso que fiquei com medo do que poderia acontecer com vocês por causa daquele Perez Hilton, ainda mais depois que ele me ligou e...
— Ele te ligou?
— Sim, quando vocês ainda estavam em Orlando. Ele queria saber se eu era amante do Joe, Toby pegou o telefone e disse umas boas para ele! Mesmo depois disso, fiquei com medo do meu nome sair nesse rolo todo. Não queria estar envolvida e causar problemas, lamento se em algum momento passei essa impressão.
— Ele também ligou para nossa filha, contou tudo e soltou nossos aúdios para ela. — Demi levou uma das mãos até a cabeça e suspirou. — Não havíamos contado ainda e ela ficou com muita raiva! Foi muito difícil lidar com ela e com Samuel. Até Samanta que não sabia de nada pagou o preço das mentiras e dos segredos, não quero isso novamente. — O toque do celular de Demi interrompeu o restante da conversa, ela pegou o aparelho que estava no bolso e sorriu ao ver o nome de Joseph brilhar na tela.
— Joseph?
— Sim, eu disse que ligaria quando chegasse e me esqueci completamente. — Ambas riram e Demi atendeu.
— Oi amor.
— Querida, você chegou? — Ele perguntou preocupado.
— Cheguei, me desculpe por não avisar. Você está bem?
— Estou bem. Como estão indo as coisas entre você e Alycia?
— Hm... acho que não vou dizer. — Demi o ouviu rir baixinho.
— Tudo bem, eu posso esperar para saber. — Ela pode ter um vislumbre do sorriso dele e por isso sorriu também. O choro de um bebê ao outro lado da linha se fez alto e Demi franziu o cenho.
— Tem um bebê com você?
— Sim é uma longa história. Nos vemos mais tarde? Preciso falar com você sobre um ensaio de fotos.
— Eu passo ai assim que acabar aqui, o.k?
— O.k, querida. Beijo!
— Beijo. — Demi respondeu e desligou.
— Um bebê? Não é algo que acontece com frequência. — Alycia comentou.
— Onde estávamos? — Demetria perguntou pensativa.
— Disse que não quer mentiras e segredos.
— Sim, exatamente! Você conhece Kevin?
— Irmão mais velho do Joe?
— Sim, ele mesmo. Kevin está nos orientando e as coisas só melhoraram desde que estamos nessa terapia de 100% honestidade.
— Eu estou muito feliz em saber disso. — Alycia sorriu — Joseph é um homem incrível e ama muito você, Demi. Acho que vocês tem muito o que conquistar juntos!
— Obrigada. — Demi agradeceu retribuindo o sorriso. -Pode parecer estranho, mas quero muito que sejamos amigas. — Ela fez uma pausa — Não quero que exista nenhum tipo de tensão entre nossos filhos e realmente lamento se magoei Edward com toda aquele história de tapa e tudo mais.
— Então esse era o motivo dele estar estranho uns tempos atrás? Não sabia que ele... espera, ele deve ter ouvido minha conversa com Toby.
— Crianças são assim mesmo. — Alycia concordou pensativa.
— Será um prazer ser sua amiga, Demi. — Ela respondeu de repente pegando Demetria de surpresa e ela sorriu claramente aliviada.
— Obrigada por essa chance, prometo que não irá se arrepender.
Edward pensou que seria apenas mais uma manhã tediosa, ele estava sentado de qualquer jeito no sofá e tinha uma tigela com sucrilhos parcialmente vazia em mãos enquanto assistia um desenho qualquer. — Com licença, por acaso você é o garoto que cabula aula? — Ed saltou do sofá e por muito pouco não derrubou seu café da manhã no chão.
— Samuel? Samanta? O que fazem aqui?
— Pensei que tivesse sentido nossa falta e viemos te ver, mas acho que estava enganado. — Sam fingiu uma careta de decepção e soltou um grito quando Edward pulou em cima dele o abraçando.
— É claro que senti sua falta, aquela escola é tão chata sem você.
— Eu ainda estou aqui. — Samanta acenou e apoiou uma das mãos na cintura.
— Oi Sammy. — Ed soltou Samuel e sorriu para ela. Sam olhou do amigo para Samanta e dela para Ed outra vez, sabia o quando ele gostava dela!
— Pode abraça-la. — Sam lhe deu um empurrãozinho e a garota riu baixo enquanto passava os braços em volta dele.
— É bom te ver! Como você está? — Ela perguntou ao partir o abraço — Samuel estava preocupado.
— Vamos sentar e eu conto tudo. — Eles se sentaram no sofá, Ed abaixou o volume da TV e começou a contar sobre como foram os dias na escola sem o amigo. — Foi estranho quando eu voltei, todo mundo ficava me olhando e comentando sobre termos saído sem ninguém ver. Vieram me perguntar como fizemos e se fomos atrás de garotas! — Eles riram, menos Samanta.
— Vocês foram atrás de mim, então isso deve valer.
— Ficaram me perguntando se você foi preso ou se estava de castigo.
— Mamãe disse que voltamos semana que vem.
— Você também, Sammy? — Ela assentiu — Ainda está chateada com tudo aquilo que aconteceu?
— Eu quero voltar, mas estou um pouquinho ansiosa. — Sammy fez uma careta.
— Podemos levar você no primeiro dia, assim vão ver que não se pode mexer com você. — Sam arqueou uma das sobrancelhas com o comentário do amigo. — O que acha, Sam?
— Eu acho uma ótima ideia! — Ambos sorriram.
— Alguma novidade? Tem algo de diferente nessa casa, só não sei dizer o que é. — Samanta comentou olhando em volta.
— Toby é o novo namorado da minha mãe e ele está passando alguns dias aqui. — Edward respondeu.
— E como está sendo?
— Ele é legal e minha mãe gosta muito dele, ela está feliz.
— E você está feliz?
— Ainda é estranho, sabe? Visitamos o papai sempre, mas ainda tenho medo de que se deixar Toby ser legal comigo... eu... não quero esquecer o meu pai! — Ele desabafou baixinho e cruzou os braços encolhendo-se. Samanta trocou olhares com Samuel e ambos abraçaram Edward.
— Você não vai esquecer seu pai, Ed. No começo é sempre difícil, mas aos poucos você se acostuma e vai perdendo o medo. Toby é apenas alguém novo e precisa de uma chance, o.k? Não fica triste. — Samanta depositou um beijo na bochecha dele e o garoto corou.
— Obrigado, Sammy. — Ele agradeceu no mesmo tom baixinho — Obrigado, Samuel. Vocês sãos melhores amigos que alguém poderia ter! — Eles continuaram abraçados e de repente um flash iluminou os três.
— Veja só, eles são tão fofos. — Demi sorriu boba com os três e Alycia mostrou o resultado da foto em seu celular.
— Mamãe! — Ed repreendeu piscando os olhos e ela riu.
— Depois me manda, vou revelar e colocar em uma moldura. — Ambas sorriram e Samuel observou com certo orgulho Demi interagindo com Alycia. — Crianças, eu preciso ir. Vocês vão ficar?
— Já vai, mamãe? — Samanta perguntou.
— Preciso falar com o papai e tenho ensaio, então preciso ir. — Demi suspirou — Mas chego antes do jantar em casa.
— Tia, tudo bem se ficarmos? — Sammy olhou para Alycia, os olhinhos brilhavam.
— Claro, Sammy.
— Então vamos ficar! — Samuel disse animado.
— É melhor eu ir ou vou acabar pegando transito. — Demetria despediu-se das crianças e por último de Alycia, ela fez questão de acompanha-la até o portão e acenou assim que Demi arrancou com o carro.
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— Oi querida. — Demi lhe deu um selinho e voltou-se novamente para o pequeno.
— Agora sei o motivo de não atender o celular. — Ela afagou os cabelos do bebê com delicadeza e sorriu, eram incrivelmente macios ao toque. — De onde esse garotinho veio?
— Veio de pais desesperados, mas já está tudo bem. — Ela arqueou uma das sobrancelhas — A mãe não queria ficar com ele, mas o pai chegou e ficou claro que não concordava com ela. Lola só estava assustada, nós conversamos e agora eles terão assistência aqui, tudo o que precisarem!
— Aconselhou jovens pais?
— Está me chamando de velho?
— Não seja bobo, Joseph!
— Sim, eu só... disse que não seria fácil, mas que ainda sim podia ser bom. Entende? Ter pessoas que se importam fazem toda diferença e sei que será assim para ele.
— Entendo. — Demi respondeu ainda afagando os cabelos do garotinho, ele fechou os olhinhos e sorriu da forma que bebês fazem. — Vai ser um bom garoto e muito amado pelos pais.
— Assim espero. — Não demorou muito para que os pais aparecessem. Demi continuou sentada e observou de longe Joseph devolver o bebê aos pais, eles pareciam bem agradecidos tanto que abraçaram Joe e saíram de lá sorrindo. — Venha, vamos conversar na minha sala. — Ele estendeu uma das mãos para ela e sorriu.
— Sim, vamos. — Demetria segurou uma das mãos dele e eles caminharam sem pressa pelo corredor.
A sala de Joseph era bem iluminada e clean com paredes brancas, móveis modernos e retratos nas paredes. Demi sentou-se no sofá, bateu uma das mãos no lugar vago ao seu lado de Joe sentou-se ao lado dela rindo baixo. — Como foi com Alycia?
— Vai gostar de saber que somos amigas agora.
— Amigas? — Ele arqueou uma das sobrancelhas fingindo desconfiança e Demi o encarrou séria. — Estou apenas brincando, amor. Sabia que concertaria as coisas com ela e só posso dizer que estou muito orgulhoso de você! — Ele segurou-lhe uma das mãos e depositou um beijo nas costas da mesma.
— Alycia me contou que Perez ligou para ela.
— Ele ligou?!
— Ligou, Toby assumiu o controle da situação e acho que tem algo rolando entre eles. — Demi sorriu de forma maliciosa. — Enfim, percebi que ela teve uma oportunidade nas mãos e poderia muito bem fazer algo para se vingar, mas não fez. Ela é uma pessoa boa e acredito que vamos nos dar muito bem!
— Fico feliz por isso. — Joe sorriu — E as crianças?
— Veja você mesmo. — Demi lhe entregou o celular e ele viu a foto dos três abraçados no sofá. — Tão fofos! Não acha?
— Samuel está feliz, veja só o sorriso. — Ele comentou ainda nostálgico com as lembranças de quando o filho era apenas um bebê.
— Eles voltam as aulas na semana que vem e confesso que estou um pouco apreensiva.
— Vai dar tudo certo, Demi.
— Eu não vou estar aqui, então vai ter que me prometer que vai ficar de olho neles.
— Prometo. — Joe sorriu para tranquiliza-la e Demi suspirou aliviada.
— Obrigada. — Sussurrou o agradecimento e lhe deu um selinho.
— Você disse que precisava falar comigo sobre uma sessão de fotos, quando ficou sabendo?
— Hoje cedo, antes de você acordar. Que tal? Faz tempo desde nossas últimas fotos juntos.
— Eu acho que será maravilhoso.
— John também disse que querem me entrevistar para um artigo que fala sobre diferentes tipos de preconceito. — Demi sorriu.
— E você vai participar, não vai?
— Claro que vou, também terá outras pessoas e vai ler muito bom conhecer todas elas. — Antes que ela pudesse dizer alguma coisa, chegou uma notificação em seu celular e ela já imaginava quem seria. — Você precisa ir, não é mesmo?
— Sim, eu preciso. — Demi fez uma careta — O coreografo deve estar uma fera comigo!
— Coreografo? — Joe franziu o cenho — É isso mesmo que eu ouvi?
— Isso mesmo! — Ela levantou-se sorrindo — Mas nem adianta pedir que você só vai me ver dançar na turnê.
— E quem disse que eu ia pedir? — Demi o encarrou com uma das sobrancelhas arqueadas e Joseph mordeu o lábio.
— Você é má, Demetria Carpenter. Muito má! — Ele se levantou e aproximou-se dela rindo. — Esperarei ansiosamente, querida.
— Ótimo! — Ela sorriu — Me acompanha até o estacionamento?
— Claro. — Joe passou um dos braços em torno dos ombros dela e eles saíram caminhando juntos.
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postar esse capítulo depois de tanto tempo é como um sonho de princesa sendo realizado! rs
não foi fácil, insisti muito e quase desisti.
espero que de alguma forma gostem dele, tá bom?
responderei todos os comentários assim que puder, tenho muito que fazer ainda e também preciso começar a escrever o próximo capítulo.
eeeeeeeenfim, por hoje é só! vejo vocês em breve. bjs *
já assistiram stranger things? assistam e venham sofrer comigo